Temos conosco aquela máxima herdada dos nossos antecessores que nossos filhos devem, assim que concluírem o ensino médio, ingressar em uma faculdade e depois de formados conseguirem um bom emprego em grandes empresas ou no setor público, é esse o pensamento e plano da maioria dos brasileiros, sendo que nos esquecemos que o que adquirimos na faculdade são conhecimentos técnicos específicos de determinada área de atuação para a economia, e que esses conhecimentos podem ser explorados de forma empreendedora. Diferentemente do Brasil, alguns países como Canadá e Estados Unidos incentivam e estimulam o empreendedorismo entre seus jovens desde cedo, assim que ingressam na faculdade ou até mesmo ainda no colégio com matérias de planejamento financeiro entre outras, e quando esses jovens saem da faculdade tem uma visão bem mais ampla do que simplesmente conseguir um emprego, que possivelmente limitará sua renda por um longo período e muitas vezes lhe fará insatisfeito como profissional por pensar que você trabalha para outra pessoa ganhar dinheiro.
Quando se chega nesse estágio, esse profissional olha para o lado e vê que tem uma pessoa que, aparentemente sem nenhuma formação superior, está trabalhando de forma autônoma, vendendo salgados com caldo de cana em uma praça e que através de uma rápida observação do seu movimento de venda consegue perceber que aquele negócio aparenta ser bem rentável. É sabido afirmar que na grande maioria dos negócios informais não existe um análise mercadológica antes da sua implantação, não existe um plano de negócio e na sua maioria, surgiu através de uma necessidade financeira ocasionada pelo desemprego. Daí aquele negócio foi dando certo e quando vê esse vendedor de salgados tem uma renda superior ao profissional que cursou por anos a faculdade e trabalha como empregado na iniciativa privada ou pública. Claro que esse profissional autônomo para ter sucesso tem que, mesmo sem conhecimento teórico, praticar princípios básicos e essenciais da administração, contabilidades, economia porém acima de tudo ele teve a coragem de investir o pouco recurso que lhe sobrara em um negócio que dificilmente alguém com formação superior investiria, pois para muito, vender salgados ou qualquer outra atividade similar é se rebaixar ao que sua formação pode lhe proporcionar, sem lembrar que quem faz o sucesso é o próprio profissional, independente de como ele atue, sempre seguindo os princípios éticos e legais.