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Balanços reais ou fictícios?

A estupidez do Governo ainda silencia grande parte da população brasileira, que aos poucos tem se manifestado nas praças públicas. É hora dos empresários e contadores darem-se as mãos e “gritar”.

17/09/2013 15:59

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Balanços reais ou fictícios?

Hilário Franco, contador, professor e autor de diversos livros na área da contabilidade, resumiu que a finalidade da contabilidade é estudar e controlar o patrimônio para fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

A finalidade não é somente para as empresas privadas, mas também para as públicas e mistas. A geração de informações autênticas depende da habilidade do profissional e do interesse daqueles que detém o poder sobre os destinos da empresa, que não deveriam influenciar negativamente.

O Governo é o principal fiscal da contabilidade, especialmente quando se trata das informações que impactam na geração e arrecadação dos tributos. Na contramão estão os empresários que, em função da pesada carga tributária imposta em nosso país e que cresce a cada ano que passa, exigem formas criativas de redução.

Essa rigorosidade do Governo deixa de existir quando se trata de processar a contabilidade das empresas públicas e mistas, como foi o caso da Petrobras. Para adulterar números e mostrar ao povo uma realidade fictícia, o Governo exigiu que a Petrobras não retrate mais R$ 70 bilhões de variação cambial. Ainda aumentou a distribuição de dividendos aos acionistas, dos quais o principal é a União. Este artifício foi batizado pela imprensa de “contabilidade criativa”.

No intuito de contribuir com a transformação das demonstrações contábeis transparentes, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) editou a Resolução 1.445/2013, que definiu regras claras para a denúncia, por parte do contador, de operações suspeitas de “lavagem de dinheiro” dos clientes. A intenção é boa e certamente irá valorizar a classe contábil, mas inicialmente não é assim que os contadores estão interpretando.

São regras duras para os empresários contábeis que têm, a cada ano que passa, reduzidos os ganhos e agora deverão abrir mão de parte da sua carteira de clientes ou correr o risco de perder o patrimônio pessoal.

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