Ao ler um comentário postado em uma lista de discussão, fiquei a analisar o que de fato esta pessoa estava se referindo ao criticar que os profissionais não viam a contabilidade como um “sacerdócio” e sim visando só o lucro financeiro.
Pois bem, entendo que se fizer uma pesquisa séria, irão descobrir que a grande maioria entrou na contabilidade como segunda opção, por já estar trabalhando em escritório, ser uma faculdade mais barata e de mais amplo campo de retorno financeiro. A contabilidade concebida por Luca Pacioli (para quem não sabe foi teólogo, dentre outras profissões), criou a contabilidade “moderna” poética e vigente até hoje em alguns aspectos. A contabilidade se modernizou mais ainda, exigiu dos profissionais formações específicas em diversas áreas dentro do contexto contábil, principalmente nas áreas de tributos e planejamento, vasta necessidade de investimento pessoal, aprendizado, tempo e estrutura, não sobrou tempo para ficarmos só na contabilidade “poética” infelizmente.
Vejo todos que entram nesta área visando, o crescimento financeiro , acompanhado de um crescimento profissional e o bem-estar familiar e isto em nossa área não se faz com poema, até os atuais educadores são em sua maioria consultores, não vivem somente de ministrar aulas.
Para se destacar e sobreviver mata-se um leão por dia, essa é a nossa realidade, portanto senhores: guarda livros, teóricos, profissionais contábeis de autoajuda, arregacem as mangas da camisa e incentivem o aprendizado profissional, divulguem materiais de aprendizado, isto que precisamos, pois o que vejo hoje são pessoas que viajam em discussões teóricas e infindáveis blá , blá, blá sem colocar o lado prático da coisa, com isso quem sabe não possamos ter mais profissionais devidamente preparados sobrando tempo para o estudo do “sacerdócio” contábil.