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Qual a sua mentalidade na hora das compras?

Temos um desafio diário de sempre repensar em qualquer gasto e verificar se o mesmo está suprindo nossas necessidades, uma parte muito pequena da população se dispõe a abrir mão de coisas supérfluas pra alcançar uma tranquilidade financeira.

13/01/2014 13:53

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Qual a sua mentalidade na hora das compras?

Uma situação muito comum de se ver é a forma como as pessoas mentalmente se preparam pra fazer uma compra. Uma pessoa que quer adquirir um veículo, por exemplo, começa a pesquisar os modelos e ao invés de entender as suas necessidades e estudar o mercado, geralmente partem para o modo de pensar seguinte: "posso gastar R$50.000 quais as melhores opções nesta faixa".

Essa é uma situação comum, e na hora que a pessoa se dispõe a comprar um veículo na faixa de R$50.000,00 dificilmente ela mudará de ideia e pegará um de R$30.000,00, por mais que este segundo atenda todas as suas necessidades perfeitamente... E isso geralmente acontece com tudo (apartamentos, TVs, aparelhos, etc.) E o pior de tudo é que estes "orçamentos" que fazemos geralmente são balizados pelo máximo que podemos gastar com base na nossa renda e não na nossa necessidade.    Se uma pessoa quer economizar dinheiro ou o que for, por que está balizando com base na sua renda? Deveria sempre ser na base da sua necessidade.

Outro exemplo pra ilustrar: você recebe uma proposta para morar em outra cidade e ganhar R$5.000,00, decide ir e agora precisa procurar um apartamento nesta cidade... Provavelmente irá usar o número mágico 30% do salário e procurar algo na faixa de R$1.500.

Se, depois de uns anos, você é promovido e precisa ir pra outra cidade ganhando R$10.000,00, adivinha o que vai acontecer? Ao invés de ir pra um apartamento do mesmo padrão (digamos que custe também por volta de R$1.500,00), provavelmente vai aproveitar a mudança para subir o padrão e pegar um apto de 30% da sua renda atual, ou uns R$3000,00.

Contudo, existem dois cenários a serem considerados, partindo do pressuposto de que quando falamos em necessidades, está incluso status, conforto, segurança, desempenho, etc... Se você era infeliz no apartamento de R$1.500,00 e uma mudança para o de R$3.000,00 fez muita diferença na sua vida então está tudo certo e sua decisão foi bem tomada - supriu uma necessidade real com base no aumento que você ganhou. Porém, se o apartamento de R$1.500,00 te atendia bem, você provavelmente não será mais feliz (ou ganhará muito pouco) no novo. Além da óbvia perda de R$1.500,00 que poderiam ir pra outras coisas (incluindo poupar), provavelmente você vai se sentir mal se algum dia tiver que se mudar para um apartamento de padrão mais baixo, por exemplo, ir pra um de R$2.000,00, que antes seria legal, agora vai te fazer mal...

Sabemos que o segundo cenário acontece com muito mais frequência, e essas mudanças vão sendo feitas em vários aspectos da vida, um dia perceberá que está ganhando R$20.000,00 e não está poupando nada, talvez com dívidas, e com um custo de vida muito alto, uma vez que se acostuma com determinado padrão, é muito mais difícil voltar atrás.

Não há nada de errado em querer luxo, status, ou o que for de diferencial. Contanto que você esteja suprindo uma necessidade (seja ela considerada fútil pela sociedade ou não). O problema é gastar dinheiro com coisas que você de fato não precisa, porque não fez uma compra alinhada com suas vontades e necessidades, e sim com base no que outros enxergam como necessidades ou um número arbitrário de orçamento. 

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