Infelizmente muitos responderam afirmativamente à questão que intitula este texto, mesmo que, não com palavras audíveis, mas com atitudes ensurdecedoras. E são essas mesmas pessoas que vivem mais frustradas com seus trabalhos e/ou empregos (é, são coisas diferentes) e são os próprios líderes, geralmente, nessa situação. Nas faculdades e universidades os futuros administradores aprendem, teoricamente, a importância e valor do capital intelectual nas organizações.
Aprendem, ou deveriam aprender que investir em seu pessoal é tão promissor quanto investir em equipamentos e tecnologia para a execução da atividade laboral. No entanto, quando falamos em investimento, não nos referimos apenas a boas remunerações financeiras, mas, principalmente, a investimento de tempo para simplesmente ouvir seus colaboradores. Não fazendo o trabalho de um psicólogo, mas prestando atenção nos gestos e expressões diárias que dizem muito sobre a pessoa que vende boa parte de sua vida ao patrão.
Francamente, somos a geração Y. Quando não estamos satisfeitos com algo (leia-se: trabalho) simplesmente saímos dali e se, por motivo de força maior, não pudermos sair não teremos o mesmo rendimento. Imagine agora a bola de neve que se desenvolve, pois, o colaborador não rende o quanto se esperava por não estar feliz, daí o líder o pressiona mais ainda acreditando fazer a coisa certa, e tudo isso vai se intensificando à medida que o tempo passa e nenhum dos lados obtém êxito! Gastam suas energias (e dinheiro) e o resultado todos já sabem: mais uma demissão iminente.
Simplesmente esquecem o que aprenderam, os líderes (se é que aprenderam), na academia sobre administração de pessoas. O colaborador não é máquina (é sério?!), não basta pagar um bom salário (bom?) e de vez em quando dar tapinhas nas costas. Tem que fazê-lo sentir-se a parte mais importante de seu projeto que ele é. Faça-o ver que serão suas atitudes que irão contribuir para a ascensão de todos na organização.
Desde a faxineira até o mais alto escalão, todos tem ambições particulares que devem ser estimuladas sabiamente. Ficar de birra porque o funcionário chegou dez ou quinze minutos atrasado faz tanto sentido quanto exigir que ele fique um pouco mais numa sexta-feira à tarde. Isso pode até ter funcionado um dia, mas, acredite, esta filosofia está defasada. A geração Y é livre e se você não perceber isso a tempo vai ficar sozinho.
Edjailson Silva