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O que ainda falta para você decidir?

Decisões têm a ver com escolhas e consequências, portanto, trazem alegrias e tristezas, ônus e bônus, motivo pelo qual devem ser avaliadas e amadurecidas.

17/03/2014 10:35

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O que ainda falta para você decidir?

Há pouco mais de seis meses, eu tomei uma decisão que mudou a minha forma de ver a vida e encarar o mundo. Depois de trinta e cinco anos de bons serviços prestados para empresas de médio e grande porte, decidi apostar em mim mesmo como empreendedor, consultor, treinador e palestrante, ou seja, decidi ser o meu próprio patrão.

Simples assim? Claro que não. Tomar decisões requer conhecimento, iniciativa, análise dos prós e contras. No meu caso, foram quase dois anos de amadurecimento. Se eu soubesse que seria tão simples, teria decidido há mais tempo, mas como diz um amigo meu, o tempo não dá saltos.

Decisões têm a ver com escolhas e consequências, portanto, trazem alegrias e tristezas, ônus e bônus, motivo pelo qual devem ser avaliadas e amadurecidas. O fato é que não há como subir na vida sem fazer escolhas, sem pagar o preço, sem colocar a cara para bater, sem tomar um único caminho.

A questão é que, por mais que você avalie as consequências, nunca saberá, pelo menos de início, se foi uma boa ou péssima decisão. Você saberá sim, no final, e no final, pode não ter sido uma boa escolha. Como diria Peter Drucker, nosso grande guru, “no começo de um projeto, podemos fazer tudo, mas não sabemos nada; no final do projeto, sabemos tudo, mas não podemos fazer nada”.

Segundo Paul Schoemaker, diretor do Mack Center for Technological Innovation da Wharton School, a base do processo para a tomada de decisão é a correta identificação do problema para evitar armadilhas psicológicas com as quais as pessoas se deparam o tempo todo.

De fato, as armadilhas psicológicas tendem a contribuir para a procrastinação das decisões uma vez que estão baseadas, geralmente, em emoções e estas, por sua vez, são fruto da sua personalidade (comportamento) moldada por alguns fatores como biologia, linguagem, cultura e história pessoal que tendem a interferir diretamente na sua forma de ver, avaliar e decidir as coisas.

Em geral, mais de oitenta por cento das decisões são tomadas de forma irracional, ou seja, baseadas em emoções, o que contribui para o índice cada vez maior de erros e, por vezes, a resultados catastróficos, em todas as esferas da sociedade e, principalmente, nos negócios.

O que fazer, então? Você deve fracionar a decisão em quatros etapas para torna-la mais racional e aplicável na sua vida pessoal e profissional. Vejamos:

Qual é o problema? Identificar e delimitar o problema é o primeiro passo e, talvez, o mais importante. Quando estamos envolvidos no problema, dificilmente, conseguimos enquadra-lo da maneira correta, portanto, na maioria das vezes, precisamos de ajuda para encontrar a sua verdadeira origem. Lembre-se: nossas dúvidas são traidoras e os nossos modelos mentais são limitados, razão pela qual temos dificuldade em enxergar a melhor solução.

Quais são as informações que você tem e das quais ainda precisa? Metas ambiciosas demandam maiores riscos e devem ser avaliadas com mais cautela, portanto, precisam de fatos e dados consistentes para análise. Em geral, o ser humano tende a acreditar e a tomar decisões com base em informações que leem e ouvem com mais frequência, o que, nem sempre, é positivo.

Análise e Conclusões: Excesso de confiança, histórico de fatos e dados comprovados, tudo isso pode ter ocorrido com base em circunstâncias diferentes, portanto, nem tudo pode ser comprovado e, por mais que você se informe, sobrará ainda uma boa dose de juízo de valor que envolverá risco; sem risco não há decisão nem evolução.

Aprenda com a experiência: quanto mais você decide, mais você quebra a cara e, portanto, mais você aprende. Quando você não decide, mais tempo você leva para crescer e se desenvolver como ser humano e profissional. Maturidade só vem com o tempo, com escolhas e consequências, com decisões certas e erradas, com a própria vontade de mudar os acontecimentos, por livre e espontânea iniciativa.

Como diz o próprio Schoemaker, ser criativo é romper o enquadramento que nos limita, desafiar nossos modelos mentais e procurar conhecer os modelos mentais da outra parte, caso contrário, nunca tomaremos uma decisão que nos agrade.

Pense nisso e empreenda mais e melhor!

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