A cada dia que passa, o dinheiro vem ficando escasso no nosso País, logo administrá-lo de forma correta passa a ser imprescindível. Isso ocorre porque as taxas de juros são o preço do dinheiro. E como afirma a "Lei da Oferta e da Procura", excesso de procura por uma mercadoria tendem a aumentar os preços da mesma, enquanto excessos de oferta tendem a reduzir seus preços. Assim, para o governo manter as taxas de juros altas (as mais altas taxas de juros do mundo), de acordo com à lei supracitada, o mesmo tem que utilizar seus instrumentos de política monetária (open-market, compulsório e redesconto) para tirar dinheiro da economia. Pois com menos dinheiro em circulação, os juros (preço do dinheiro) sobem. Vale frisar que o dinheiro é uma mercadoria também e com isso sofre os efeitos da "Lei da Oferta e da Procura". Por isso que pode-se observar as pessoas, de um modo geral, dizerem que estão sem dinheiro, que o mesmo sumiu. Isso é a pura verdade.
Além dos juros altos, o Brasil não cresce e nem desenvolve o suficiente para absorver as pessoas que chegam anualmente ao mercado de trabalho. Com isso, novamente observa-se a "Lei da Oferta de da Procura": mais pessoas procurando emprego acima da capacidade de geração dos mesmos, os salários diminuem. E para completar a situação, o governo cada vez mais cria novos impostos. Com isso, a renda disponível diminui ainda mais. Assim, ter consciência do padrão de vida que pode levar, planejar um orçamento de gastos pessoais, adequando as despesas às receitas, de modo a gastar menos do que ganha ou no máximo, o que se ganha, passa a ser importante para uma melhor qualidade de vida. Não que dinheiro trás felicidade, mas que se o consumidor o utilizá-lo de modo correto, ele atende suas necessidades e desejos e usufrui os bens e serviços adquiridos sem se endividar nos cartões de créditos, nos cheques especiais, nas financeiras entre outras fontes de financiamento. Esporadicamente, as despesas podem ultrapassar as receitas, mas isso não pode ser uma constante. Passada a situação atípica, as despesas devem novamente ser adequadas às receitas.
Complementando que foi dito anteriormente, se o individuo gasta menos do que ganha, ela forma uma poupança e em situações emergenciais o mesmo pode despoupar ao invés de entrar em financiamentos com juros altos. Logo, a importância de gastar menos do que recebe torna-se cada vez mais importante. Com o que sobra, o indivíduo deve procurar onde melhor aplicar seus recursos. O primeiro passo é conhecer o seu perfil de aplicador: se ele é mais conservador e não gosta decorrer riscos, o mesmo deverá procurar aplicações que paguem menos, porém são mais seguras, como a caderneta de poupança (possui uma garantia de R$ 20 mil por CPF caso o banco quebre) ou um fundo de renda fixa; se ele é do tipo mais ousado, poderá aplicar em fundos de renda variável (ações), que podem pagar mais no longo prazo, mas sofre muita oscilação no curto prazo. Mas independente do perfil, o indivíduo não deve concentrar suas aplicações em um só tipo. É importante diversificar, pois os riscos são reduzidos.
Em suma, o indivíduo deve fazer um orçamento, anotar diariamente suas despesas e procurar adequá-las ao orçamento planejado. Deve revisá-lo periodicamente. Com relação às aplicações, quem é mais conservador deve concentrar maior parte da sua poupança em aplicações mais seguras e quem é mais ousado pode correr mais risco ações. Mas o importante é diversificar. Prezado leitor e consumidor: valorize seu dinheiro! Utilize-o de modo racional e tenha uma melhor qualidade de vida! Hoje em dia existem muito livros e sites que orientam os consumidores na elaboração de orçamentos e nas aplicações financeiras.
Fernando Antônio Agra Santos é formado em economia pela UFAL, Doutor em Economia Aplicada pela UFV-MG e Professor |Universitário em Juiz de Fora - MG ([email protected])