Já teve aquela sensação de passar todo dia no mesmo lugar, mas então você para, olha e “Shazam”, tem um prédio prontinho ali. “Ué..Como isso foi parar ai?”
Esses dias vivenciei algo bem parecido. No local onde eu trabalho, existem, pelo menos, quatro estacionamentos bem próximos à empresa, com mais ou menos a mesma faixa de preço e mesmo número de clientes.
Certo dia, eis que surge um novo “cara” ali na esquina, cobrando metade do preço. Adivinhem o que aconteceu?
Sim, isso mesmo. Todo mundo correu para o novo estacionamento.
Então fiquei “matutando” na cabeça. Como cobrar metade do preço com a mesma estrutura e serviço?
Será que ali existia um monopólio?
“Comércio abusivo que consiste em um indivíduo ou grupo tornar-se único possuidor de determinado produto para, na falta de competidores, poder vendê-lo por preço exorbitante.”
Será que agora existe uma concorrência predatória?
“... oferecer preços abaixo do mercado, ou até abaixo dos custos. O competidor que faz isso tenta inviabilizar o negócio de seu concorrente apostando que, embora perca dinheiro, seu concorrente perderá mais ou terá menos fôlego para suportar as perdas.”
Ou será que esse novo estacionamento apenas está praticando o preço justo?
“O preço justo é aquele que paga a linha produtiva visando a preservação do meio ambiente e o bem estar do homem. Se o mercado fosse regulado por essa maneira, até mesmo a distribuição de renda seria mais equilibrada.”
Tentei procurar matérias que explicassem essa queda nos valores, especificamente na cidade e bairro do acontecimento. Enfim, não encontrei algo que me convencesse a formar uma opinião em definitivo.
Mas era só deixar com Newton que as respostas viriam. Ação e reação!
A questão é que a nova concorrência tirou as empresas ali estabelecidas da zona de conforto.
Logo, os estacionamentos foram equiparando os preços.
Ora, você não baixa o preço simplesmente porque o seu concorrente baixou. Afinal, você está no mercado há tempos e sabe o valor do seu produto.
Mais alguns dias se passaram e alguns dos antigos estacionamentos baixaram o preço ainda mais. Olha Newton ai outra vez.
Mas o que o novo estacionamento fez? Nada. Manteve o mesmo preço.
Surpreendentemente os consu...Não, não, hoje os consumidores não foram correndo para o antigo estacionamento que agora é mais barato.
Por quê?
Se todos baixaram o preço agora, porque não o fizeram antes? Ou então, porque não procuraram diferenciais que fizessem com que os consumidores não saíssem correndo na primeira oportunidade.
Empresas acreditem, nós consumidores do século XXI, sabemos identificar quando se trata de leilão.
São situações como essa que a cada dia vão quebrando o famoso ditado “ em time que está ganhando não se mexe”, pois isso não ocorre só no mercado, ocorre em todos os lugares a toda hora.
Nenhuma empresa vai trocar aquele colaborador fundamental por outro mais barato, assim como não vai bancar aquele que quer se garantir por tempo de casa.
O mercado está cada vez mais exigente e informado. E como se isso não fosse o bastante, a concorrência está cada vez mais invasiva e criativa. O mundo quer mais, você quer mais, todos nós sempre queremos mais. Não é à toa que não ficamos satisfeitos em acender o fogo com dois gravetos.
E aí? Vai continuar sentado esperando o novo “cara” ali da esquina?
