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Economia

A importância da educação econômico-financeira no empoderamento feminino

A educação economico-financeira brasileira ainda é baixa, e com relação às mulheres deve ganhar mais visibilidade tendo em vista a recente inserção da mulher nas questões economico-financeiras.

08/05/2017 08:22

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A importância da educação econômico-financeira no empoderamento feminino

O nível de educação financeira  da população brasileira é ainda baixo, inferência tal apresentada pelo grupo de trabalho instituído pela Deliberação Coremec n. 3/2007, baseada nas pesquisas realizadas pelo Instituto Data Popular.

Ressalta-se, que a educação financeira das mulheres além de recente, manteve-se estável nos períodos de 2013, 2014 e 2015, conforme apresentado no II Fórum de Cidadania Financeira – Indicador de Educação Financeira 2015.

Para entender o quão recente é a inserção das mulheres no contexto financeiro, segue abaixo alguns dos principais eventos ocorridos:

Em 1879 – o governo autoriza as mulheres a estudarem em instituições de ensino superior

Em 1932 – nova legislação eleitoral incluindo as mulheres ao direito de votar

Em 1951 – aprovada pela Organização Internacional do Trabalho a igualdade de remuneração entre trabalho masculino e feminino para a função igual

Em 1974 – aprovada a lei de igualdade de oportunidades de crédito

Em consonância com esta cronologia, estão os dados apresentados pelo Serasa Consumidor, que através de um estudo sobre o comportamento financeiro da mulher, chegou à conclusão que apesar das mulheres terem uma renda média menor que a dos homens, elas comprometem menos a renda com dívidas e são menos inadimplentes. Observando de forma um pouco mais detalhada, temos que a mulher utiliza mais o cartão de crédito do que os homens, e nas demais operações de crédito e financiamento os homens são maioria. Ora, salto aos olhos o quão recente é o acesso da mulher às operações de crédito o qual teve início em 1974 através do cartão de crédito.

Considerando, ainda, que o tripé da educação financeira é composto por: atitude, conhecimento e comportamento, ao fazermos uma correlação entre a cronologia e os dados de pesquisa e conclusões apresentados pelo Serasa Consumidor, quando observamos os indicadores de Educação Financeira 2015 apresentado no II Fórum de Cidadania Financeira:

EDUCAÇÃO FINANCEIRA POR GÊNERO
             
  H-2013 H-2014 H-2015 M-2013 M-2014 M-2015
Atitude 6,4 6,3 6,4 6,2 6,3 6,2
Conhecimento 7,7 7,5 7,8 7,3 7,3 7,5
Comportamento 5,7 5,6 5,5 5,7 5,6 5,4
Educação Financeira 6,4 6,3 6,3 6,2 6,2 6,2


Podemos inferir que, a mulher intuitivamente já demonstra atitudes e comportamentos mais desenvolvidos que os homens, apesar de se manterem em níveis menores de conhecimentos sobre economia e finanças.

Observa-se, portanto, que a mulher precisa aprimorar os conhecimentos para, assim, otimizar a utilização das ferramentas econômico-financeiras.

Considerando que estamos na Era do Conhecimento, cujo desafio é provocar as pessoas à reflexão e busca de novas alternativas, a divulgação de conceitos e conhecimento sobre economia e finanças empodera a mulher a gerir seu próprio negócio, identificar oportunidades antes não vistas, estabelecer relacionamentos de interdependência, e assumir, assim, um novo papel na sociedade e se tornar mais competitiva no âmbito de adquiri competências, podendo, assim, organizar as finanças domésticas, planejar e controlar os compromissos, estabelecer metas financeiras, poupar e investir de forma mais efetiva. E por fim, trazendo o sentimento de inserção plena nas questões econômico-financeiras.

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