Pode-se dizer, de certo modo, que esses índices complementam o cenário analítico iniciado pelos índices de liquidez/solvência.
Os índices de endividamento se aprofundam no sentido de analisar o peso dos capitais de terceiros na entidade.
Índice de Participação de Capitais de Terceiros ou Grau de Endividamento
Esse índice revela o quanto o capital de terceiro representa nas origens de recursos, em comparação com os capitais próprios.
Fórmula - Exigível Total / Patrimônio Líquido
Quanto menor o índice, de certa forma podemos dizer que melhor para a entidade.
Isso porquê um alto grau de dependência de capitais de terceiros pode limitar a autonomia da entidade na tomada de decisão.
Exemplo:
Um índice de 1,3 revela que os capitais de terceiros superam os capitais próprios em 30%
Por outro lado, um índice de 0,50 demonstra que os capitais próprios equivalem ao dobro dos capitais de terceiros.
Índice de Composição do Endividamento
Apresenta o peso da dívida de curto prazo em relação ao total das obrigações.
Fórmula - Passivo Circulante / Exigível Total
Em termos de administração financeira, quanto menor o índice melhor. Isso porquê a entidade tem melhor tranquilidade para utilizar suas disponibilidades no curto prazo.
Exemplo:
Um índice de 1 revela que 100% das obrigações são de curto prazo. Dependendo do valor dessas obrigações, a entidade pode ter sua administração comprometida no curto prazo.
Por outro lado, um índice de 0,50 demonstra que 50% da dívida da entidade é de curto prazo. Percentual consideravelmente mais favorável que o anterior.
Índice de Endividamento Geral
A utilidade desse índice está em apresentar o quanto da dívida total da entidade pode ser liquidado com a totalidade de seu ativo.
Fórmula - Exigível Total / Ativo Total
Quanto menor o índice melhor.
Exemplo:
Acima de 1 significa que a entidade não tem condições de saldar todas suas obrigações com todo seu ativo.
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Índices de Análise de Demonstrações Contábeis - Parte 1 - índices de Liquidez