Foto: Ketut Subiyanto/Pexels No mercado de trabalho, as chamadas “soft skills”, ou habilidades comportamentais, assumem um papel de protagonista entre perfis profissionais ao mesmo nível em termos de competências e experiências. Como uma dessas habilidades, a proatividade representa um grande valor agregado que permite responder aos estímulos com um olhar crítico, avaliando criativamente todas as soluções possíveis.
Felipe Iotti, gerente executivo de RH da Gi Group Holding, explica que o termo geralmente se refere à capacidade de antecipar problemas, planejar o trabalho e lidar com crises de forma adequada. Para desenvolvê-la, segundo ele, é preciso começar a pensar de forma inovadora, criativa e além dos padrões, agir com conhecimento e investir em energia nas atividades profissionais que deseja desempenhar dentro da empresa. “Um profissional proativo demonstra que conhece a estrutura do seu local de trabalho, e que possui dedicação e comprometimento com o ofício. Desta forma, ele gera admiração e reconhecimento por parte dos colegas e seus superiores.”
Iotti ressalta que é necessário estar em constante aprendizado e se adiantar às tendências do mercado em que deseja atuar. Além disso, as empresas podem realizar ações simples que colaborem para o desenvolvimento dessa habilidade na equipe e, consequentemente, auxiliar profissionais a se destacarem no mundo do trabalho:
- Impulsionar a equipe: a proatividade deve estar presente em todos os níveis de cargos, desde o estagiário ao presidente de uma organização. Neste sentido, um gestor com cargo de responsabilidade deve aproveitar o papel de líder para impulsionar uma atitude proativa entre seus colaboradores. Desta forma, ele estabelece uma relação de confiança e integra cada membro da equipe;
- Criar um ambiente estimulante: de forma geral, profissionais são mais proativos quando sentem que seu trabalho faz a diferença e que há um propósito para aquela tarefa. Para construir essa confiança no local de trabalho, as pessoas devem entender como suas atividades contribuem para o crescimento da instituição e como seu trabalho impacta a vida de outras pessoas. “A comunicação direta e transparente contribui para que estes se sintam mais seguros sobre o trabalho que estão exercendo, isso pode ser realizado por meio de feedbacks e orientações a fim de incentivá-los ao constante aprendizado. Além disso, a autonomia dá aos colaboradores um senso de propósito, uma vez que estes têm o controle do próprio tempo e de suas responsabilidades”, reforça o executivo;
- Palestras e treinamentos: um profissional deve investir constantemente em si mesmo e em conhecimento por meio de graduações e cursos profissionalizantes. Porém, a empresa também pode promover palestras e treinamentos aos colaboradores, seja relacionado a um tema específico para cada área de atuação ou abordando temas do cotidiano e convidando profissionais externos para realizar essas apresentações;
- Implementação de novas ferramentas: aas empresas devem implementar ferramentas, sejam tecnológicas ou mesmo dinâmicas em grupo, que estimulem a criatividade e a motivação dos funcionários. Estes devem ser incentivados a trabalharem em iniciativas de formas independentes e em grupo trazendo maior segurança ao colaborador. Com isso, também é possível realizar a aproximação da equipe e até mesmo descobrir novas qualificações dos participantes;
- Recompensa para colaboradores: as recompensas também são uma maneira de incentivar os comportamentos proativos. Elas não se limitam a benefícios monetários, mas sim qualquer coisa que faça o colaborador se sentir motivado, como por exemplo um dia de folga ou premiações.
“Os benefícios da habilidade tanto para o profissional quanto para a empresa são claros. Para o colaborador, a proatividade se estende também para a vida pessoal, uma vez que ao solucionar desafios no trabalho ele pode adequar a estratégia para adversidades da vida. Já para a empresa as vantagens estão relacionadas diretamente ao bom fluxo de operações, otimização de tempo e melhor aproveitamento da equipe. Em resumo, focar na proatividade é um investimento ganha-ganha para ambos”, finaliza Felipe Iotti.
