Foto: Timur Saglambilek/Pexels Muitas pessoas que são leigas quanto ao assunto sobre investimentos acabam não sabendo as diferenças entre imóveis físicos e FIIS. Ao olhar os nomes e relacionar ambos as mesmas operações, esse engano pode trazer dificuldades para quem está iniciando sua caminhada como um investidor. Contudo, muita calma nessa hora porque a confusão é muito comum.
De acordo com o analista financeiro Valtair Justino, o fato de ambos estarem relacionados ao setor imobiliário acaba trazendo uma ideia de equidade. Outro fator que acaba potencializando o erro é a ideia de receber aluguel, que é muito comum nas duas situações. Porém, enquanto no imóvel físico o proprietário recebe diretamente do inquilino, no FII o cotista recebe sua parte dos aluguéis coletados pelo fundo.
“Fundos imobiliários (FIIs) e imóveis físicos, de fato, têm a ver com o setor imobiliário, mas são diferentes. FIIs são veículos de investimento onde você compra cotas que representam uma fração de um conjunto de imóveis ou títulos imobiliários. Eles são negociados na bolsa de valores, o que garante liquidez diária. Já os imóveis físicos são propriedades tangíveis, como casas, apartamentos ou salas comerciais”, explica Valtair.
A verdade é que comprar imóveis físicos pode exigir uma grande operação financeira em um único ativo. Dessa forma, a aplicação pode ter mais riscos. Outro ponto que deve ser levado em consideração é que o imóvel pode se tornar mais difícil de ser negociado após uma compra, mesmo que aconteça uma valorização.
Em relação a melhor opção, Valtair acredita que na hora de escolher é necessário levar em conta o perfil do investidor e os seus objetivos. Para o especialista, os perfis podem variar, com os tradicionais preferindo a tangibilidade dos imóveis físicos, enquanto outros, principalmente os mais jovens, são atraídos pela simplicidade e liquidez dos FIIs.
“FIIs proporcionam maior liquidez e diversificação, sendo mais adequados para quem quer exposição ao setor imobiliário sem os desafios de administrar um imóvel. Já o imóvel físico pode ser interessante para quem busca maior controle sobre o bem e tem uma visão de longo prazo”, conta.
As principais diferenças entre FIIs e imóveis físicos para não esquecer!
- Liquidez: FIIs têm liquidez maior, pois você pode vender suas cotas a qualquer momento no mercado. Já um imóvel físico pode levar meses ou até anos para ser vendido;
- Diversificação: ao investir em FIIs, você normalmente estará diversificando o investimento entre vários imóveis ou títulos. Com imóveis físicos, a diversificação é mais difícil e cara;
- Custos: FIIs têm taxas de administração, mas não possuem gastos como IPTU, manutenção, entre outros, que você teria com um imóvel próprio.
