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Tecnologia

Transformando processos com BPMN e automação: rumo a uma cultura data driven

O BPMN melhora os processos, a comunicação e a automação, gerando dados padronizados e relatórios estratégicos, otimizando processos e aumentando a competitividade empresarial.

11/06/2024 18:30

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Transformando processos com BPMN e automação: rumo a uma cultura data driven

Transformando processos com BPMN e automação: rumo a uma cultura data driven

Há alguns anos, o termo "data driven" era utilizado apenas no meio da área de Tecnologia, e quase exclusivamente restrito à alta gestão. O mesmo se aplicava atermos como "overview", "workflow", "backlog", entre outros. Porém, é deconhecimento público e notório que a maioria das empresas já está inserida ou se encaminhando para uma cultura onde o setor de TI não é mais uma sala afastadados demais setores e que só serve para resolver problemas diversos, deconfiguração de wi-fi até reparos em cafeteiras. 

A TI agora tem uma participação integral, seja no setor de marketing, financeiro, recursos humanos e demais. E por quê? Bem, como mencionado acima, a tecnologia hoje é tida como um critério para o sucesso de uma empresa, independente de seu tamanho. De microempresas até multinacionais bilionárias, todas dependem da tecnologia e, claro, do uso de redes como um todo, sejam intranet ou internet. Apesar disso ser algo tão óbvio nos dias de hoje, é importante informar que o uso de estratégias de inovação não é algo tão recente assim. 

Segundo Porter (1998), "a inovação surge como um elemento fundamental da açãoe diferenciação das empresas". Ou seja, passamos por diversas fases de dados e informações. Segundo grandes empresas como SAP, IBM, Cesar School, Totvs ERP,entre outras, é passivo o entendimento de que estamos em uma nova era.

A era da Indústria 4.0, um projeto no âmbito da estratégia de alta tecnologia do governo alemão que promove a informatização da Manufatura. O objetivo é chegar à fábrica inteligente (Smart Manufacturing) que se caracteriza pela capacidade de adaptação, a eficiência dos recursos e ergonomia, bem como a integração de clientes e parceiros de negócios em processos de negócios e de valor.

Sua base tecnológica é composta por sistemas físicos/cibernéticos e a Internet das Coisas. Especialistas acreditam que a Indústria 4.0 ou a quarta revolução industrial poderia ser realizada dentro de uma década (SANTOS, 2015, p 12). E de fato, foi uma previsão adequada, hoje, temos a existência bem consolidada do uso de inteligências artificiais para várias ocasiões, seja para uso pessoal para acender alâmpada do seu quarto ou até mesmo para uso governamental ou empresarial comoanálise de dados de vários terabytes em tempo real.

Portanto, é compreensível que devemos ter softwares ou dispositivos que nos habilitem a acompanhar as tendências tecnológicas, para que possamos usufruir ao máximo desse poder, quase que onipotente, onisciente e onipresente, que é atecnologia e suas subdivisões. No entanto, sabemos que nem sempre conseguimos acompanhar, dada a velocidade das atualizações e inovações tecnológicas.

Desde 1965, com a apresentação da Lei de Moore por Gordon Moore, químico estadunidense e cofundador da Intel, que observou que "o número de transistoresem um chip tende a dobrar a cada ano", ficou claro o ritmo vertiginoso da evolução na computação eletrônica. Esta observação, feita em seu artigo "Cramming MoreComponents onto Integrated Circuits", destaca a tendência histórica da indústria demicrochips e processadores.

Entretanto, voltando o foco para o terceiro setor, é necessário não apenas ter conhecimento de tecnologias atualizadas e recentes, mas também saber utilizá-las da forma mais correta e precisa, para que não haja prejuízo no aproveitamento.

Otermo Data Driven, cunhado em 1976 pelo professor de Engenharia Mecânica da Universidade de Cornell, John A. Nesheim, para descrever o processo de usar dados para guiar as decisões de projeto e de manufatura, ganhou popularidade na última década. Atualmente, conseguimos adaptar não somente para a manufatura,mas também para serviços tecnológicos, sejam Business to Business (0B2B) ou Business to Consumer (B2C). 

Para que o conceito de Data Driven seja de fato aplicado, devemos utilizar todos os meios possíveis. A boa notícia é que, graças à inovação e globalização da internet, temos milhares de ferramentas disponíveis, embora isso também represente um desafio de escolha diante da quantidade de opções disponíveis.

Uma excelente opção é a utilização da ferramenta Business Process Modeland Notation (BPMN), desenvolvida e revisada pela empresa norte-americana Business Process Management Initiative (BPMI) em parceria com a Object ManagementGroup. É uma linguagem de modelagem gráfica que permite representar visualmente os processos de negócio de uma organização, que não são restritas para alguma área específica, e sim, utilizáveis por toda a empresa. O principal objetivo do BPMN é facilitar a comunicação e o entendimento entre as partes interessadas em um processo de negócio. 

Utilizando uma variedade de símbolos e elementos gráficos, o BPMN permite criar diagramas claros e precisos que capturam todos os aspectos essenciais de um processo, desde o início até a conclusão, entre eles, podemos mencionar eventos, conexões e atividades. Além disso, o BPMN também serve como uma base para a automação de processos, permitindo que as empresas implementem sistemas de gerenciamento de fluxo de trabalho e ferramentas de Business ProcessManagement (BPM).

Se aplicado da forma correta, será refletido em resultados concretos, ou seja, graças a ferramentas como BPMN, podemos ter dados fidedignos, padronizados e transparentes, para que posteriormente sejam retornados em relatórios. Esses relatórios fornecem insights valiosos que embasam tomadas de decisão informadas e estratégicas, evitando que as escolhas sejam baseadas apenas em intuições ou empirismo.

Diversas empresas fornecem como serviço esse modelo de negócio, dentre elas, Venki, Kissflow e Softexpert, sendo essa última, referência global na aplicação da ferramenta. E claro, também é essencial mencionar que a cultura Data Driven não se trata apenas de lucro ou prejuízo financeiro, mas também do tempo gasto com atividades manuais que podem ser automatizadas.

É algo de fato essencial para que possa diminuir erros humanos, e, mesmo com automação, sempre será necessário um humano qualificado para que possa entender como as áreas se relacionam e aplicar isso à ferramenta, tendo assim o máximo de aproveitamento possível. A junção de todos esses fatores, como inovação tecnológica, adaptação, tradição e qualificação, reflete na implementação da cultura Data Driven, fazendo assim que a empresa possa tomar as melhores decisões com base na realidade, objetividade e transparência, de modo que aumentará sua competitividade no mercado.

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