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A Contabilometria (2)

É imperativo que um trabalho de pesquisa evite o estabelecimento de juízos de valores pessoais, e que procure dar ênfase ao referir-se a fenômenos observáveis, passíveis de confrontação empírica, privilegiando as características do objeto estudado.

21/01/2012 11:39

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A Contabilometria (2)

De acordo com Heidegger (1969, p.36) "nas ciências se realiza, no plano das idéias, uma aproximação daquilo que é essencial em todas as coisas". Sendo assim, a iniciação e aplicação científicas têm o propósito de ampliar o horizonte de crítica do pesquisador para além do óbvio. E, para tal, torna-se necessário conhecer os fundamentos científicos que objetivam a organização do conhecimento e, essa organização do conhecimento fornece a base para o trabalho científico.

É imperativo que um trabalho de pesquisa evite o estabelecimento de juízos de valores pessoais, e que procure dar ênfase ao referir-se a fenômenos observáveis, passíveis de confrontação empírica, privilegiando as características do objeto estudado. Que privilegie casos representativos e passíveis de generalização.

A delimitação do objeto deve ser clara e precisa, rejeitando ambiguidades. Logo, no tratamento puramente estratégico dos dados e informações, há que se tomarem certos cuidados, agir com determinada cautela. É que a suposta facilidade de interpretação de certas partes dos cenários traz implícitos alguns riscos, o maior deles, a tendência redutora dos fatos.

Mesmo assim, é possível construir hipóteses para a montagem da análise de cenários com o objetivo de projetar as possibilidades da empresa diante de seus concorrentes e diante das variáveis exógenas (que não controla diretamente) aos modelos de projeção dos dados econômicos, administrativos e contábeis, por exemplo: equações de minimização de custos, projeção de preços dos equilíbrios, os pontos dos equilíbrios entre receitas marginais e custos marginais, os coeficientes de participação de capitais de terceiros, coeficientes de endividamento, as elasticidades-preço das demandas, as funções que explicam as demandas, as projeções dos níveis ótimos das produções, a composição e evolução patrimonial, os cálculos das propensões marginais a consumir dos clientes, divisões dos mercados, preferências dos consumidores, inovações tecnológicas, qualidade, reações cruzadas e concorrência direta entre empresas.

Os cenários são normalmente concebidos em três dimensões de análise: otimista, realista e pessimista. O objetivo destes não pode ser outro se não a montagem de estratégias e táticas que possibilitarão a maximização de oportunidades e possibilidades, a minimização de riscos e o favorecimento da projeção do foco e velocidade das mudanças nos cenários econômicos e institucionais. Deve-se lembrar que projetar não significa prever, adivinhar.

Os cenários devem ser elaborados para dotar os planejadores das estratégias e táticas empresariais de capacidades para que entendam as possibilidades comerciais que se apresentarão nos diferentes e complexos cenários. Ou seja, os cenários devem expor possibilidades (não certezas) sobre ambientes tão diversos quanto complexos, exemplo, mudanças nos campos: contábeis, tecnológicos, sociais, macroeconômicos, microeconômicos, demográficos, políticos, legais, e das relações exteriores (entre países e empresas).

Não existe técnica (ou prática) sem teoria. A técnica é o resultado do estudo para dominar a ciência (existem conhecimentos básicos mundialmente aceitos e consolidados). As técnicas variam porque os efeitos ou resultados podem ser escolhidos: um profissional ou escola de pensamento prefere o efeito "A", outro escolhe o "B".

Essa evolução técnico-científica expressa o desenvolvimento das sociedades na busca pela Verdade e entendimento da Natureza (Universo). As Ciências são o resultado desse processo social, que é também material.

Não existe Ciência sem aprendizagem, a aprendizagem é resultante da observação e imitação, antes da reflexão e do desenvolvimento intelectual.

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