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REFORMA TRIBUTÁRIA

Reforma Tributária 2025: restando um ano da transição, como alinhar estratégia, planejamento e orçamento?

Transição para a Reforma Tributária exige planejamento e adaptação

15/01/2025 18:00

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Reforma tributária: empresas precisam se preparar para 2026

Reforma Tributária 2025: restando um ano da transição, como alinhar estratégia, planejamento e orçamento? Foto: Antoni Shkraba/Pexels

A Reforma Tributária tem sido um dos assuntos mais discutidos no meio corporativo, e não é por menos. Com o período de transição batendo à porta em 2026, muitas empresas ainda não estão preparadas para lidar com o impacto das mudanças fiscais. Isso pode gerar desafios significativos, desde a revisão de processos internos até a definição de um orçamento estratégico para 2025.

Estamos chegando à virada do ano, um momento crucial para as empresas seguirem avaliando os impactos das mudanças trazidas pela Reforma Tributária. Essa análise é indispensável para evitar custos inesperados e garantir a manutenção da competitividade em um cenário fiscal em constante transformação. A grande questão é: as empresas estão realmente preparadas para se adaptar e transformar essas mudanças em oportunidades de crescimento?

De acordo com um estudo recente da Systax, mais de 60% das empresas acreditam que serão diretamente impactadas pelas novas regras tributárias. Não é à toa. A Reforma, com a implementação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) , representa uma mudança estrutural profunda que afetará desde a precificação , até a reestruturação das operações.

É importante lembrar que as mudanças trazidas pela Reforma Tributária vão muito além do impacto na carga tributária. Áreas como tecnologia da informação (TI), jurídico, logística, compras e outras precisam estar atentas, pois serão diretamente afetadas. Contratos de longo prazo e operações recorrentes devem ser revisados para evitar conflitos futuros com os novos tributos e suas alíquotas.

Além disso, ajustes em sistemas e processos internos, bem como a contratação de consultorias especializadas para mapear os impactos, são despesas que precisam ser cuidadosamente planejadas nos orçamentos dos próximos anos, especialmente em 2025.

Outro ponto crítico é a alta demanda por prestadores de serviços especializados nesse segmento. A oferta limitada de consultorias, combinada com a concentração de demanda em algumas regiões, pode levar à escassez de profissionais qualificados e à elevação dos custos desses serviços. Para as empresas que deixam a adequação para a última hora, o preço pode ser ainda mais alto, comprometendo o equilíbrio financeiro e a eficiência operacional. Sem falar nas multas pesadas que poderão ser aplicadas às companhias que não estiverem em conformidade quando os novos tributos começarem a vigorar.

A transformação digital na área fiscal já vinha ganhando força nos últimos anos, mas a Reforma Tributária deve acelerar esse processo de forma decisiva. Em um cenário de transição, a tecnologia deixa de ser um diferencial estratégico e passa a ser indispensável para enfrentar as complexidades de atuar com dois regimes tributários.

Ferramentas de automação de processos, inteligência artificial e análise de dados permitem agilizar o mapeamento dos impactos para ajustar processos internos e garantir conformidade com agilidade e precisão. Além disso, possibilitam o monitoramento contínuo das mudanças regulatórias, reduzindo riscos e ampliando a eficiência das áreas envolvidas.

Mais do que cumprir prazos ou evitar erros, a aplicação dessas tecnologias integra diferentes setores da empresa, centraliza informações e gera insights estratégicos. Isso não apenas facilita a adaptação às novas exigências, mas também impulsiona a eficiência operacional, reduz custos e fortalece a competitividade em um ambiente de constantes transformações.

Outro ponto crucial é a necessidade de revisar o planejamento estratégico à luz das mudanças estruturais no sistema tributário. A tributação no destino e o fim da diferenciação entre bens e serviços demandam ajustes significativos, especialmente na estratégia comercial e na gestão financeira. Incorporar previsões de alíquotas e bases tributárias desde já é uma atitude prudente para mitigar turbulências orçamentárias em 2025.

Ignorar essas implicações pode levar a atrasos, custos extras e perda de competitividade. Para se manterem à frente, as empresas precisam agir agora e já prever em seus orçamentos investimento em tecnologia, consultorias especializadas e revisão de processos. Embora o cenário futuro seja desafiador, quem se antecipar estará melhor posicionado para transformar as mudanças em oportunidades de crescimento, inovação e consolidação no mercado.

Por: Thais Borges, diretora comercial e de marketing da Systax, empresa que desenvolve soluções tecnológicas voltadas para o mercado tributário.

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