Criptomoedas estão no radar dos brasileiros: 52% pretendem comprar ou usar o ativo financeiro que ganha cada vez mais fama em território nacional.
Este dado faz parte da nova pesquisa do Capterra, plataforma de comparação de softwares, sobre a adoção de criptomoedas no Brasil.
O levantamento online, que entrevistou 999 pessoas de todo o País entre os dias 4 e 5 de outubro de 2021, mostrou ainda uma população informada sobre o assunto. Isso porque todos os entrevistados declararam possuir conhecimento, em algum nível, sobre criptomoedas.
"A acelerada valorização do Bitcoin em 2020 bem como as declarações de importantes personalidades, como Elon Musk, sobre o assunto parecem ter sido importantes impulsionadores de novos investidores em criptomoedas", afirma Marcela Gava, analista responsável pelo estudo.
Segundo a analista, a pandemia também teve papel central nesse movimento: "Mais da metade dos investidores entrevistados pelo Capterra declararam que tiveram mais tempo para pesquisar sobre o assunto durante o confinamento".
O estudo mostrou ainda que o Brasil possui a maior taxa de adoção de criptomoedas (37%) em relação a outros mercados em que o Capterra está presente –o Brasil foi o único representante latino-americano na análise. Em seguida ao País, está a Espanha (27%) e, no outro extremo, a Alemanha (16%).
Falta de informação impede investimento em cripto
Entre os entrevistados que ainda não investiram em criptomoedas, o Capterra também investigou quais os motivos. A falta de conhecimento parece ser um dos principais impeditivos para a tomada de ação.
No caso de quem ainda não investiu mas pretende fazê-lo, a falta de conhecimento sobre o assunto (52%) aparece em primeiro lugar, seguido pela preocupação com segurança e privacidade (44%)
Já os que não pretendem investir em criptomoedas consideram muito arriscado (40%) e depois disseram que a falta de conhecimento é o segundo fator que os impede de adquirir criptomoedas (39%).
Brasileiros aprovam a implementação de uma CBDC
Os brasileiros veem com bons olhos a implementação de uma moeda digital pelo Banco Central (CBDC), o Real digital, segundo dados do Capterra. Na análise, 66% dos entrevistados disseram que uma CBDC brasileira é algo bom para si e para a economia em geral.
Mesmo com o otimismo elevado em torno da moeda digital, a iniciativa não está isenta de preocupação. Isso porque 70% declararam possuir algum tipo de receio com o lançamento de uma CBDC.
Apesar da boa (e antecipada) reputação do Real digital, quando as pessoas entrevistadas pelo Capterra visualizam o sistema monetário brasileiro em um futuro próximo, 4 de cada 10 creem que o padrão de moeda ideal são as criptomoedas.