O filme original “Jurassic Park” (ou “O Parque dos Dinossauros” na tradução tupiniquim), de 1993, foi um marco na história do cinema.
Ainda que tenha sido uma adaptação de um livro escrito por Michael Crichton, muito do sucesso dessa obra prima cinematográfica se dá pelo brilhantismo do diretor Steven Spielberg que, junto com a sua equipe, trouxe vários efeitos visuais inéditos para a época, aliando efeitos práticos com imagens digitalizadas que até hoje ainda são de tirar o fôlego, mesmo quase trinta anos depois.
No entanto, apesar da genialidade técnica dos efeitos visuais, o filme também contava com uma história empolgante e muito curiosa, que envolvia não apenas ficção científica, mas também debates sobre clonagem, ética e filosofia.
Isso tudo combinado criou uma máquina de fazer dinheiro para os estúdios, que garantiram mais cinco sequências, tendo sido a última, intitulada “Jurassic World: Domínio” lançada recentemente nos cinemas.
Em um filme com tantas nuances, é normal que alguns detalhes passem desapercebidos pelo público em geral e um ponto que costuma não ser muito observado é o dos aspectos empresariais que envolvem a história.
Afinal de contas, não podemos esquecer que todo o enredo dos seis filmes se iniciou com a criação de um negócio, uma empresa, que é o Jurassic Park que dá nome à saga.
Pensando nisso, nesse artigo vamos falar sobre algumas lições empresariais que podemos aprender com os acertos e erros de John Hammond, personagem que, no primeiro filme, criou o famigerado Parque dos Dinossauros.
Se prepare para todos os cenários
Se planejar é importante em qualquer empreendimento, especialmente quando o seu negócio envolve criar atrações familiares onde crianças irão conviver com algumas das criaturas mais perigosas que já habitaram a superfície terrestre.
Durante o primeiro filme, três cientistas são chamados para atestar a segurança do parque antes de abrirem as portas ao público. Infelizmente, as coisas não saem como planejado e o empreendimento é todo destruído.
No quarto filme, Jurassic World, temos uma situação ainda pior, onde o parque já estava inaugurado, com vários hóspedes, e uma série de erros, que não haviam sido previstos e para os quais não havia um plano de contingência funcional, ocorrem, acabando mais uma vez com o negócio e deixando várias pessoas mortas ou feridas.
Com certeza, com um bom planejamento, essas falhas poderiam ter sido evitadas ou, pelo menos, minimizadas.
Na sua empresa, é importante planejar as atividades e buscar identificar possíveis pontos de atenção, antecipando cenários e criando planos de contingência para aqueles mais preocupantes.
Obviamente, nenhum gestor tem uma bola de cristal para prever o futuro, mas quanto mais cuidado se tiver no planejamento, melhor tende a ser a execução.
Tenha sempre um bom controle
Quando um dos seus principais produtos é um T-Rex de aproximadamente sete toneladas, ter um controle rígido sobre as suas operações é questão de sobrevivência, literalmente.
Entretanto, implantar um sistema de controle requer muito planejamento e cuidado, o que foi negligenciado por John Hammond, que queria inaugurar o seu parque o mais cedo possível. O resultado desse descaso com o controle fez com que o negócio afundasse.
No mundo real, muitas empresas também quebram por falta de controle. Ainda que você não tenha um bando de velociraptors sedentos por sangue, a atividade empresarial é, em sua própria natureza, de risco. Especialmente em tempos de crise financeira, onde o mercado se encontra cada vez mais instável, técnicas de controle interno e compliance podem garantir a sobrevivência do seu negócio.
Cuidado com a espionagem insdustrial
Toda empresa de sucesso possui os seus segredos, seus pontos fortes que fazem com que ela se destaque dos concorrentes. Imagine, por exemplo, quanto vale a fórmula da Coca-cola ou os algoritmos secretos do Google.
No seu Parque dos Dinossauros, Hammond também tinha segredos sobre a clonagem de animais pré-históricos, obtidos através de anos e anos de muita pesquisa e investimento. Os seus concorrentes sabiam disso e, como bons vilões de filmes, fizeram de tudo para roubar essas informações.
Infelizmente, essa prática de espionagem industrial não é exclusividade das produções hollywoodianas. Muitas empresas do mundo real já tiveram suas informações roubadas seja por vazamentos, hackers ou até mesmo funcionários mal-intencionados que vendem esses segredos para os concorrentes.
Portanto, mais uma vez destacamos a importância do controle interno como ferramenta para evitar que esse tipo de coisa aconteça no seu negócio. Crie sempre ferramentas que dificultem o vazamento de dados sigilosos.