Foto: Abdullahi Sow/Pexels Há uma demanda por profissionais em alta no mercado mundial, os profissionais que conhecem muito bem um negócio e que dominam a tecnologia da informação. Digo isso com base em evidências do próprio Fórum Econômico Mundial (2020).
Os dados compilados dão conta de redução de ocupação nas áreas menos digitais (ou digitalizadas) e maior ocupação para áreas afetadas pela transformação digital.
No pano de fundo das carreiras está a tecnologia digital e isso não será supresso. O uso massivo da tecnologia digital, uso o termo digital para estabelecer que não há apenas tecnologia no âmbito digital, está em todas as áreas.
Por exemplo, se há uma tecnologia capaz de melhorar a produção de óleo nas oliveiras por cruzamento de espécies, a edificação dos genes capazes de atingir o objetivo foi feita em laboratório equipado com muita tecnologia digital, computacional.
Os profissionais, em qualquer área do conhecimento, estão sendo desafiados a incorporar nas suas rotinas o uso de tecnologias digitais. Propor melhorias nos programas de transformação digital e obtenção de novos resultados. Os resultados geralmente são medidos pelo aspecto econômico. Sem dúvida que é importante.
Porém, não são apenas os econômicos que melhoram com a transformação digital. Por exemplo, num hospital onde circulam milhares de papéis no cenário convencional, terá menor chance de proliferação de agentes nocivos se as informações não dependem dos meios físicos.
A transformação digital vai muito além do exame estar em PDF e o profissional de saúde acessá-lo pelo celular. A mentalidade da gestão e das equipes também estarão associadas à gestão digital.
Aprovações por fluxos seguros, acessos autorizados e restritos de informações sensíveis, múltiplos pontos de coletas/atualizações de informações, gestão partilhada e padronizada de responsabilidades, entre tantos outros ganhos, são características dos projetos de transformação digital.
Os projetos de transformação digital requerem profissionais de múltiplas capacitações. Sua base está calcada na interdisciplinaridade, mas o que não poderá faltar é o engajamento com tecnologias digitais.
Profissionais de backoficce, por exemplo, são desafiados a compreender as lógicas dos sistemas nas organizações que passam pelo processo de transformação. Fazer suas próprias consultas nas bases de dados dos sistemas é requisito básico numa organização pós transformação.
O uso de dados corporativos que não se multiplicam em planilhas de setor em setor é uma métrica importante, pois se a informação necessita visões distintas o Business Intelligence é a ferramenta ideal.
Ao analisar as demandas por vagas anunciadas, especialmente no LinkedIn, nos deparamos com a busca de profissionais que tratam com naturalidade os temas da tecnologia digital, bem como da área fim.
É comum a apresentação de vagas cuja formação é numa área técnica e os demais requisitos apontam para outra. Por exemplo, auditor de compliance de TI, com formação em economia ou contabilidade. Do outro lado, um analista tributário que tenha sólidos conhecimentos em Linguagem de Consulta Estruturada (SQL).
A demanda por profissionais está nas pessoas multidisciplinares capazes de mitigar seus medos e ousam propor caminhos. Estes caminhos muitas vezes são experimentos que poderão ou não permitir o atingimento das proposições. O erro vira experiência de falha e a vida segue até o próximo passo de transformação.
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