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ARTIGO DE ECONOMIA

Distinção de ocupações a partir da Inteligência Artificial

Neste artigo, o especialista discute sobre o impacto da Inteligência Artificial nas profissões.

27/12/2022 13:30

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Distinção de ocupações a partir da Inteligência Artificial

Distinção de ocupações a partir da Inteligência Artificial Foto: Gerd Altmann/Pixabay

Segundo Yuval Harari, um dos maiores pensadores contemporâneos, não sabemos como será o mundo do trabalho em 2050. 

Podemos inferir que será como o atual. Podemos, contudo, trazer a realidade da Inteligência Artificial (IA) e projetar que as tarefas atuais serão realizadas por algoritmos. 

Esta proposição do pensador pode ser uma pista do que acontecerá no futuro do mundo do trabalho. Há outras inquietações quanto ao uso da tecnologia aplicada nas tarefas dos humanos. 

É bom lembrar, como o próprio Harari faz, que as promessas de substituição de mão de obra humana por novas tecnologias já têm idade avançada. 

Nos primórdios das revoluções Industrial e computacional antes e pós-guerra diziam sobre a substituição dos humanos. Um trem foi capaz de eliminar o transporte por carroças, mas não eliminou a distribuição e aplicação de humanos na logística da época (e atual).

Os sistemas oriundos das primeiras máquinas computacionais, como os tabuladores de dados, para folha de pagamentos foram substituídos por sistemas complexos de cálculos para pagamentos. 

No entanto, as pessoas continuam atuando nesta tarefa de realizar o pagamento de funcionários. Ou você conhece algum departamento de pessoal que opere totalmente automatizado, dispensando humanos? 

A discussão é tão velha, quanto boa. Poderíamos pensar que o escritório de contabilidade possa funcionar human less. A questão não é apenas operacional, vai além. Como seria o planejamento e organização de informações (sensíveis) dos clientes se fossem apenas aplicadas regras frias à operação dos clientes?

Há uma faixa de decisões que nós, humanos, – este texto é escrito por um humano, que permite a tomada de decisão pelo sentimento. Isso não está na lista dos algoritmos. 

A forma que trataremos um tema com um empreendedor, poderá ser semelhante a outro. Todavia, não será exatamente igual. Esta abordagem humanizada é nosso diferencial, pelo menos ainda.

Em sala de aula uso o exemplo do livro 21 lições do século 21, Harari (Companhia das Letras, 2018): Você está programando um carro autômato. Precisa decidir o critério de acidentes para o algoritmo. Você usaria a idade? A quantidade de pessoas afetadas? A probabilidade de sobrevivência? Nenhuma hipótese inclui o condutor do veículo autômato? 

Em uma estrada há uma família no ponto de ônibus, um barranco de 50 metros de altura no outro lado da pista. Vem em sua direção dois caminhões que estão em ultrapassagem. Não há como frear. 

Qual a decisão que aplicaríamos no algoritmo? 

Nesta situação extrema a tecnologia nos ajuda ou atrapalha quando a decisão seria sensível aos sentimentos. Os critérios previamente estabelecidos são dilemas na programação dos algoritmos. Estes dilemas devem ser superados ou seguiremos pelas mãos humanas.

Vamos continuar nossa conversa sobre este tema? Me procure no Instagram ou LinkedIn por @mauronegruni.

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