Foto: Christina Morillo/Pexels Uma empresa que declara ter padrões de governança corporativa está comunicando que possui valores, princípios, propósitos, papéis, regras e processos que regem o seu sistema de poder e de gestão.
Pode ser entendido como uma arquitetura que desenha e edifica uma organização a partir do uso de boas práticas reconhecidas pelo mercado, que serão os alicerces da estrutura, basicamente tendo em sua receita a transparência dos processos decisórios, de controle, de fiscalização e execução.
Para que isso ocorra, uma segregação funcional entre os órgãos representativos da propriedade e os de gestão precisam ser traçados, cabendo aos envolvidos compreenderem quando estão sentados na cadeira de dono, de administradores ou de executores.
Por isso, uma visão do organograma do negócio é uma característica fundamental de uma empresa que almeja mitigar riscos e se orientar pela boa governança.
Ao falar de boas práticas do mercado o que precisa ser compreendido é que de toda gestão se procede alguma prática, isto é, sempre irá existir decisão e ação. A pergunta motivadora é se a prática se dá de forma pensada.
Logo, as boas práticas de governança podem ser traduzidas como projetos de melhoria que não devem ficar no papel e, sim, substituir os maus hábitos ou aquelas condutas que geram riscos que não podem ser assumidos ou mitigados. A equação é simples, defender governança corporativa é colocar no cálculo as práticas que sejam boas e melhores para a organização.
Este cenário desloca a visão dos chamados projetos tradicionais e que aceitam a maturação do tempo, para exigência processos críticos e ágeis. Inevitável o caminho pelo qual líderes e gestores precisam se adaptar ao novo mundo, principalmente quando inteligência artificial com capacidade de gerar conteúdo e acervo de informações estão à disposição de quem quiser. Conselhos ágeis, diversificados e dinâmicos são parte das exigências desse cenário.
E pra quem é a governança corporativa? Em uma leitura mais tradicional ela é para gerar valor para o negócio, garantir sua perpetuidade e fomentar a sua sustentabilidade econômica.
Atualmente, a governança é vista para além, pois adere o interesse de todas as partes que se relacionam com a empresa (stakeholders), inclusive a partir de uma visão ambiental e social (perspectiva ESG).
