A palavra "resiliente" tem sido frequentemente usada como um elogio nos negócios e no mundo corporativo. É considerado um traço altamente valorizado em líderes e funcionários, uma característica que permite que eles superem desafios e se adaptem a circunstâncias difíceis. Mas a resiliência não é uma bala de prata universal para todos os problemas, e pode até ter consequências negativas.
Em primeiro lugar, a resiliência não é a única ou mesmo a melhor forma de lidar com adversidades. Às vezes, é melhor abandonar um projeto ou ideia que não está funcionando, em vez de se apegar a ela com resiliência obstinada.
Em outras ocasiões, a resiliência pode levar ao excesso de trabalho, ao esgotamento e à falta de empatia pelos outros. Além disso, a cultura corporativa que exalta a resiliência pode colocar pressão adicional sobre os funcionários para "seguir em frente" e "não desistir", mesmo quando eles precisam de apoio e cuidado.
Em vez de simplesmente louvar a resiliência, precisamos de uma abordagem mais holística para lidar com desafios. Isso significa reconhecer a importância da vulnerabilidade, da empatia e do cuidado pessoal, bem como da resiliência. Precisamos de líderes que sejam capazes de mostrar vulnerabilidade e pedir ajuda quando precisarem, bem como de apoiar seus funcionários em seus momentos de necessidade. Isso pode ajudar a criar uma cultura mais saudável e sustentável para todos.
Em resumo, a resiliência não é sempre um elogio positivo e não é uma solução única para todos os problemas. Devemos nos esforçar para cultivar uma ampla gama de habilidades de enfrentamento que incluem a vulnerabilidade, a empatia e o autocuidado, bem como a resiliência, para que possamos prosperar diante da adversidade sem sacrificar nosso bem-estar ou o de outras pessoas.