Tenho certeza que você já ouviu falar sobre Inteligência Artificial (IA) e como ela tem se desenvolvido mais rápido do que o ser humano imaginava.
A mais conhecida de todas é o ChatGPT, da empresa OpenAI. Se você ainda não acessou, eu aconselho fortemente acessar e fazer perguntas aleatórias a ela, os resultados são surpreendentes.
Mas tenha em mente que o ChatGPT tem apenas acesso às informações produzidas até setembro de 2021, portanto não está atualizado.
A evolução da Inteligência Artificial tem preocupado os maiores cientistas do mundo, isso é tão sério que o próprio Elon Musk está militando contra as inteligências artificiais, afirmando que elas saíram do controle e em breve a humanidade terá problemas.
Mas ele não foi o primeiro a trazer essa tese.
Ray Kurzweil em seu livro “A Singularidade está Próxima”, escrito em 2005, já alertava sobre o problema.
Ray Kurzweil é um engenheiro que avançou radicalmente nos campos da tecnologia de fala, texto e áudio. Ele é reverenciado por seus textos sobre o avanço da tecnologia, os limites da biologia e o futuro da espécie humana.
Segundo sua tese, a Inteligência Artificial vai tornar o ser humano obsoleto, uma vez que a capacidade computacional de processamento está dobrando a cada dois anos.
Desde 2005, Ray afirma que a tecnologia se fundirá com o corpo humano, transformando os equipamentos em partes do corpo humano e a singularidade resultará em mudanças tão rápidas e disruptivas em diversas áreas, incluindo a medicina, com nano robôs injetados em nossas correntes sanguíneas, capazes de curar doenças assim que elas aparecerem, trazendo maior longevidade para a raça humana.
Ray sugere, ainda, que essas tecnologias avançadas tornarão tão integradas às nossas vidas, que não haverá distinção entre o que é natural e o que é artificial.
Mas com isso vêm as questões filosóficas e éticas: até que ponto a fusão da tecnologia com o corpo humano é benéfica?
A primeira reflexão que quero trazer a você, contador, é em relação ao seu livre arbítrio. Você se submeterá a ter nano robôs dentro de sua corrente sanguínea em nome da longevidade?
Você aceitará ter nano robôs dentro do seu cérebro acelerando seu poder de processamento de informações? E se sim, quanto desses pensamentos verdadeiramente serão seus ou induzidos pelo programador?
Outra reflexão é em relação à privacidade e à proteção de seus dados pessoais. Como manteremos nossa privacidade e nossos dados protegidos, se perderemos o controle sobre o que é compartilhado com a “nuvem” ou a empresa controladora desses nano robôs?
E a terceira e última reflexão é: o ser humano se tornará obsoleto?
Não sei se você, contador, sabe, mas sua profissão está com os dias contados, desculpe o trocadilho.
Toda profissão que for passível de automação, será substituída por uma Inteligência Artificial que é muito mais eficiente e não precisa descansar, trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana.
E como continuar relevante em um mundo que será dominado pela Inteligência Artificial?
Existe uma pesquisa científica que aponta que 65% dos estudantes que estão hoje no ensino médio, trabalharão em profissões que sequer existem hoje.
Pode parecer estranho, mas antes de 2014 ninguém imaginou a existência do Uber, ser motorista de aplicativo era uma profissão que não existia.
Assim, para que você, contador, não se torne obsoleto, precisa estudar coisas novas e oferecer aos seus clientes novos serviços e aqui eu sugiro que estude a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) porque esta sim, será uma demanda crescente mesmo com o uso das inteligências artificiais, vez que precisaremos proteger os acessos e garantir a segurança de nossos dados pessoais de posse das empresas controladoras das inteligências artificiais.