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Controle de estoque empresa de sucatas

Jean Verlig

Jean Verlig

Iniciante DIVISÃO 2, Perito(a)
há 2 dias Quarta-Feira | 10 julho 2024 | 16:22

Um cliente resolveu regularizar a empresa, porém ele trabalha com um galpão de sucata eletrônica. É impossível fazer inventário inicial, o galpão está abarrotado de sucata de todo tipo, sem o mínimo de organização. Fora isso, ele compra a sucata por "lotes", ou seja, ele chega em um ferro velho por exemplo, pesa algumas coisas, coloca outra no bolo, e oferta um preço para o vendedor, depois que chega no galpão ele separa para vender as coisas. Por exemplo, ele compra um lote de 20 notebooks, sem saber se funcionam ou não, no galpão ele separa em bateria, tela, placas, HD's, etc. Ou seja, não tem como dividir nada em uma nota de entrada, e ela nunca será condizente com a de saída, porque muitas vezes ele nem faz ideia do que comprou e quando, mal mal do que vende porque entregam uma ordem de serviço organizada dos lugares que fazem a compra final. O que fazer nesse caso? Lanço notas de entrada no próprio cnpj sem movimentar estoque com valores presumidos e nunca faço inventário?

Visitante não registrado

Iniciante DIVISÃO 1
há 1 dia Quarta-Feira | 10 julho 2024 | 17:51

Muito obrigado pela pergunta. Que Deus continue abençoando seu trabalho e trazendo sucesso.

Na situação descrita, devido à impossibilidade de realizar um inventário inicial preciso e à natureza dos lotes de sucata adquiridos, é recomendável utilizar métodos de avaliação que atendam aos Princípios Contábeis Brasileiros (NBC TG 16) e à legislação fiscal (Lei nº 6.404/76 e Decreto-Lei nº 1.598/77). Pode-se adotar o método de avaliação de custo médio ponderado, estimando os valores das entradas com base em critérios razoáveis e documentados, mantendo registros detalhados para futuras auditorias e fiscalizações.

Espero que esta resposta tenha esclarecido sua dúvida!

LUCIANO DE OLIVEIRA, ADVOGADO (@dr.luciano.adv)
Especialista em Direito Tribuário, Empresarial e do Trabalho
instagram https://www.instagram.com/dr.luciano.adv
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Alisson Felipe Machado

Alisson Felipe Machado

Prata DIVISÃO 2, Coordenador(a) Fiscal
há 1 dia Quarta-Feira | 10 julho 2024 | 18:03

Pensando no ponto de vista fiscal, imagino que deva dar tratamento similar a aquisição de veículos par desmanche, assim sendo, o correto seria emitir uma nota de entrada do produto que ele adquiriu, ainda que seja para desmontar depois, com o ncm e descrição do que ele efetivamente adquiriu, por exemplo 20 notebooks usados valor R$ 100,00 cada. Entrada com CFOP 1102, e se possível identificando o vendedor. 

E depois efetuar o desmonte, registrar em estoque os bens originados no desmonte individualmente mensurando na melhor maneira possível o custo de cada item, sem que ultrapasse o valor total da aquisição original. E sempre deixar registrado em algum lugar qual bem deu origem a qual pois como os itens nas vendas são diferentes das entradas tem de ter esse registro para fins de fiscalização.

E assim vai mantendo o inventario, registrando a entrada de tudo que adquirir, e ao desmanchar baixa a aquisição original e da entrada nos itens que são oriundos do desmonte.

E na venda revender mediante CFOP 5102 se forem partes uteis, como peças e afins e 5949, tratando como sucata o que não for útil, como restos de partes plásticas, metais, .

Quanto ao que já existe hoje em estoque, eu emitiria uma nota de entrada com CFOP 1949 para registrar o que for identificável e possível de mensurar o custo estimado, assim esses movimentam o estoque na entrada e na saída trata como o citado acima.
O resto que não for identificável eu não registraria na entrada e orientaria de vender como sucata sem movimentar estoque com NF 5949.

Cordialmente,

Alisson F. Machado
Consultor Tributário
CRC/PR: 082254/O
email:  [email protected]

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