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*Gabarito 1º exame suficiência 2013 - Técnico*

luciano ricardo

Luciano Ricardo

Bronze DIVISÃO 4, Advogado(a)
há 11 anos Quarta-Feira | 8 maio 2013 | 19:46

30 DE ABRIL DE 2013

Faltam contadores para atender as demandas do IFRS

POSTADO POR: COMUNICAÇÃO CFC

A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal qualificado para atender a norma contábil internacional.

O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards), que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.

“São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento: entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”, aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de “health care”, hotelaria, embalagens e alimentos à procura de soluções para suas demonstrações financeiras.

o problema é que, apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes empresas e grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de pequeno porte se prepararam. Além disso, as faculdades de ciências contábeis ainda não adaptaram seus currículos, entre outras razões porque dependem de aprovação do Ministério da Educação para efetuar essas mudanças.

“As mais sérias oferecem cursos extracurriculares para tratar da IFRS e outras atualizações”, diz Lopes. “Fora isso, 100% dos profissionais que deixam os bancos universitários saem despreparados para lidar com as normas internacionais.”

Isso tem obrigado as empresas a disputar os poucos profissionais disponíveis a peso de ouro, afirma o diretor da LCC.

Ainda não existem pesquisas que apontem a valorização desses profissionais, mas é certo que os que detêm o conhecimento específico estão mais valorizados, afirma Lopes.

Até grandes empresas enfrentam o problema. A Unilever Brasil teve dificuldades, recentemente, para repor um profissional que deixou seu departamento de contabilidade, por absoluta escassez de mão de obra qualificada. A solução foi trazer um profissional de outra empresa, revela o diretor financeiro da Unilever Brasil, Milton Brandt.

“Vamos levar um tempo ainda treinando pessoas”, pondera Bruce Mescher, sócio-líder de Global IFRS and Offering Services (GIOS) da Deloitte. “O Brasil tem mais de um milhão de contadores e nem todos estão preparados”, afirma.

A consultoria tem oferecido treinamento para profissionais de várias empresas e ajudado seus clientes a encontrar técnicos capacitados para as normas internacionais. Por ironia, a empresa também acaba perdendo profissionais com conhecimentos de IFRS, que, no momento, são os mais requisitados do mercado, e recebem propostas tentadoras para trocar de emprego.

Para Marta Pelucio, professora do MBA em IFRS da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) da Universidade de São Paulo, a formação de profissionais é uma questão de tempo. “Muitos já estão sendo formados”, afirma. “Dentro de dez anos o mercado estará suprido. O problema é adaptar quem já atua”, comenta.

As dificuldades seriam menores se os contadores passassem por reciclagens periódicas, afirma Danilo Simões, sócio do Departamento de Práticas Profissionais da KPMG.

“Os auditores, para manter sua qualificação, precisam comprovar 40 horas de educação continuada por ano”, pondera. “Isso não é exigido dos contadores.”

Ele revela que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) já está pensando em adotar um sistema semelhante também.

A escassez de profissionais é tamanha que a KPMG programou para o final do ano passado e início deste dois eventos – um em São Paulo, outro no Rio de Janeiro – para debater os principais problemas das demonstrações de 2012. A ideia era atender duzentas pessoas, mas a consultoria foi obrigada a realizar mais dois encontros e acolher mais de quatrocentos interessados.

O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno é médio porte, é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender a suas necessidades mais urgentes.

Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para por a casa em ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de contabilidade interno apto a atender a todas as normas.

A contabilidade interna torna o acesso às informações mais ágil e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que é uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.

O problema fica mais sério porque as empresas que estão se internalizando agora “não são mais as grandes, mas as do segmento middle market, as médias”, diz, Ricardo Julio Rodil, sócio da Baker Tilly Brasil, empresa que presta serviços nas áreas de contabilidade, auditoria e consultoria em negócios justamente para o segmento das companhias de porte médio. Para elas, a contratação de profissionais capacitados torna-se mais difícil.

“As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar, a receber e fluxo de caixa, entre outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.

“No Brasil, falta convicção de que a IFRS é um conjunto de normas que ajuda a entender melhor o funcionamento da empresa”, complementa Rodil.

Para consultor, complexidade fiscal é maior problema

A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como problema mais sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS representa dificuldade hoje, pode deixar de ser em pouco tempo, na medida em que o mercado for adotando e se adaptando às regras. Mas para a complexidade fiscal não há solução fácil no horizonte.

“A carga tributária é um problema menor que a complexidade fiscal”, diz Milton Brandt, diretor financeiro da Unilever Brasil e diretor do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-SP).

A Unilever, como todas as grandes empresas instaladas no país, é obrigada a manter um contingente de dezenas, às vezes centenas de funcionários para atender às demandas do Fisco.

Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se por um lado o RTT facilitou as coisas, por outro criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para IFRS, a fiscal, com ajustes pelo RTT, e a global, que é usada nos reportes à matriz.”

Para quem chega ao país o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas desconhecem a legislação fiscal brasileira”, revela Kátia Abate, diretora de outsourcing da Baker Tilly Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normais locais, que são complexas e exigem que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças exige horas adicionais de dedicação.”

Para Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores, o país precisa de uma mudança cultural muito grande para adotar de vez a IFRS em 100% das empresas e acabar com o velho conceito predominante da contabilidade voltada para o Fisco.

Também favorável à adoção integral, Bruce Mescher, sócio-líder de Global IFRS and Offering Services da Deloitte afirma que pequenas e médias empresas não devem se omitir na adoção das normas, já que existe uma variante da IFRS, mais flexível, voltada exatamente para as PMEs. “É um desafio, mas a IFRS já é a linguagem desde 2010 no Brasil e em mais de 120 países.”

Marta Pelucio, professora do MBA em IFRS da Fipecafi, acredita que o foco intenso na questão fiscal faz com que os profissionais de contabilidade no Brasil sejam muito exigidos: têm de conhecer a fundo a questão fiscal e ainda são responsáveis pelas informações prestadas. Na Espanha, em visita de trabalho recente, descobriu que a profissão de contador nem sequer é regulamentada. Lá prevalece a interpretação de que os administradores são os responsáveis pelas demonstrações e demais informações financeiras. “É preciso simplificar urgentemente a norma para baixar o custo e facilitar a vida das empresas, exigindo menos contadores”, diz. (EB)

Julio Leonardo Moura

Julio Leonardo Moura

Bronze DIVISÃO 4, Analista Sistemas
há 11 anos Quarta-Feira | 8 maio 2013 | 20:05

Boa matéria Luciano!
Alguns dias atrás eu já tinha "cantado a pedra" sobre o IFRS aqui mesmo nesse fórum.
Fica a dica para todos!!!
Abraços

Julio Leonardo Moura
Bacharel em Sistemas de Informação
MBA em Gestão de Projetos
Técnico em Contabilidade
luciano ricardo

Luciano Ricardo

Bronze DIVISÃO 4, Advogado(a)
há 11 anos Quarta-Feira | 8 maio 2013 | 20:21

o Brasil precisando de contador!

CRC demorando para liberar o resultado do exame de suficiência!

Exame de suficiência com questões confusas e com duas resposta em

algumas questões.

Luciano Alves dos Santos

Luciano Alves dos Santos

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 11 anos Quinta-Feira | 9 maio 2013 | 12:15

Renata, eu que dizer o seguinte: se anular 02 questões vc entra para a lista dos que acertaram 25 e eu somo mais, passo para 30 acertos e acertos e concerteza(comcerveja) 30 garafinhas para eu e os amigos.

Como há anos não estudava, fiz um investimento em três livros e, sozinho estudei todas as noites durante dois meses, dias variados.

Mi

Mi

Bronze DIVISÃO 1, Não Informado
há 11 anos Quinta-Feira | 9 maio 2013 | 16:22

Boa tarde,

Se vocês fizerem a pesquisa avançada e colocar a data de amanhã, verão que o Diário Oficial de amanhã já está disponível, e mais uma vez nada de resultado.

Alguém chegou a ligar ou mandar e-mail para verificar se eles tem um previsão?

Fábio Luiz Muller

Fábio Luiz Muller

Prata DIVISÃO 3, Técnico Contabilidade
há 11 anos Quinta-Feira | 9 maio 2013 | 16:33

Mi,
a publicação de 10/05/2013, somente está disponível para o TRF (Diário da Justiça Federal da Primeira Região)!
Temos de Aguardar amanha para realmente saber se vai ser publicado ou não!

Minha opinião: dia 23/05/2013 sai a publicação!

Att,

Fábio Luiz Müller
Técnico em Contabilidade
Aline S. Silva

Aline S. Silva

Prata DIVISÃO 2, Técnico Contabilidade
há 11 anos Quinta-Feira | 9 maio 2013 | 16:36

Mi
Mandei um email ontem, e a resposta foi:

"O prazo para divulgação é de 60 dias, por favor aguarde"

ACREDITEM!!!! qual é a dificuldade deles??? sei que esta no prazo, mas ô povinho demorado....

Mas na minha opinião também só vai sair no final de Maio...

Mi

Mi

Bronze DIVISÃO 1, Não Informado
há 11 anos Quinta-Feira | 9 maio 2013 | 17:07

Fabio, entendi, não sabia que disponibilizavam só para o TRF.

Aline, imaginei que eles iriam responder isso.

Eu já estou apostando que será mesmo só dia 23/05, para que nos próximos não tenham essa cobrança de que o resultado saia antes.

Eu nunca vi um prazo tão longo pra divulgar um resultado de questões fechadas!

Joathan Lustosa Pinto

Joathan Lustosa Pinto

Bronze DIVISÃO 4, Contador(a)
há 11 anos Quinta-Feira | 9 maio 2013 | 17:20

Mi, o TRF já tem publicação para o dia 10/05 porque eles são mais rápidos (diga-se, organizados). Mas do outros órgãos, fundações, conselhos etc, costuma ser publicado na madrugada do mesmo dia.

Ou seja, só amanhã cedinho.

Abraço.

Luciano Alves dos Santos

Luciano Alves dos Santos

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 11 anos Quinta-Feira | 9 maio 2013 | 21:42

O prazo nós sabemos: em até 60 dias, "até", pode ser amanhã ou dia 22, vamos aguardar e se preparar para eventuais ajuizamentos de ação. Até a presente data alguém sabe quantos fizeram a prova? - foram mais de 7 mil inscritos, mas quantos realmente fizeram?.

então "até".

Paulo Lopes

Paulo Lopes

Bronze DIVISÃO 4, Coordenador(a)
há 11 anos Sexta-Feira | 10 maio 2013 | 13:23

Renata,
7.3. Será considerado aprovado o examinado que acertar, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do total das questões, ou seja, 25 (vinte e cinco) pontos.
7.4. Em hipótese nenhuma, devido à anulação de qualquer questão, a prova deixará de valer em sua totalidade 50 pontos.



Se vc fez menos de 25 pontos, estará reprovada, mas, se com o gabarito oficial vc fez os 25 pontos estará aprovada. Do contrario se estiver aguardando anulação de 2 questões, continuará com a mesma pontuação.

Mário Gomes

Mário Gomes

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 11 anos Sexta-Feira | 10 maio 2013 | 13:49

Informamos que a prova jamais deixa de valer 50 pontos e que as questões anuladas pontuam todos os examinados.

Por gentileza ler o item 7 Edital Exame de Suficiência n.º 1/2013.


Atenciosamente,



Exame de Suficiência

Departamento de Exames - DEPEX

Coordenadoria de Desenvolvimento Profissional

http://www.cfc.org.br | @Oculto | +55 Oculto

Rodrigo de Souza Soares

Rodrigo de Souza Soares

Ouro DIVISÃO 2, Auxiliar Contabilidade
há 11 anos Sexta-Feira | 10 maio 2013 | 13:54

Paulo, discordo de você, se anular alguma questão todos ganhão o ponto.


Somente será beneficiado caso aja anulação de algumas questão, o usuário que não tenha acertado a mesma.

Ex:

Acertei 23 pontos e, 3 questão foram anuladas, mas das 3 questão anuladas acertei 2, sendo assim só irei me beneficiar apenas de 1 ponto, totalizando 24 pontos.

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William Shakespeare

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Ricardo Helber Garcia

Ricardo Helber Garcia

Prata DIVISÃO 1, Técnico Contabilidade
há 11 anos Sábado | 11 maio 2013 | 08:35

É meus amigos mais uma semana que se foi!!! Agora ja não acredito que sairá antes do prazo. Tomara que eu esteja errado, mas liguei ontem no CFC e eles responderam categoricamente que devemos aguardar até o dia 23, pode ser que seja um blefe, mas de qualquer forma se sair na próxima semana será uma surpresa, pelo menos pra mim. Mesmo assim, cabe a nossa torcida !!!

NATHAN LUIZ SANT ANNA ESTEVÃO

Nathan Luiz Sant Anna Estevão

Bronze DIVISÃO 4, Técnico Contabilidade
há 11 anos Segunda-Feira | 13 maio 2013 | 13:59

Aline S. Silva, concordo com você... este exame nós todos cobramos muito e sem sombra de dúvida (acredito) que eles vão liberar o gabarito no dia 23/05 (quinta-feira da próxima semana) para que nas próximas edições que estão por vir não haja a mesma cobrança que nesta houve. Abs.

Nathan Estevão
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