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2 Dúvidas:Mercadoria uso/consumo e aumento capital

Priscilla Ribeiro

Priscilla Ribeiro

Prata DIVISÃO 3, Contador(a)
há 16 anos Quarta-Feira | 5 dezembro 2007 | 16:05

1. Como deve proceder com a contabilização de material de uso e consumo? E como comprovar a baixa? Através de emissão de NF? Por exemplo uma panificadora q compra as sacolas de plásticos p/ os clientes levarem os pães.

2. Como eu faço a contabilização de aumento de capital qndo um sócio transfere suas quotas para o outro, além de aumentá-las simultaneamente?
Por exemplo: O capital é de 20.000, divididos: Aguinaldo tem 8.000 e Joaquim 12.000. Aguinaldo transfere suas quotas para Luciana. E o capital q era de 20.000 fica aumentado integralizado em + 20.000. E fica dividido: Joaquim c/ 24.000 e Luciana c/ 16.000.

Adriano Guedes

Adriano Guedes

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 16 anos Quinta-Feira | 6 dezembro 2007 | 08:11

Indo de embalo na Primeira dúvida da Priscilla, eu tenho uma empresa no ramo de funilaria, eu dou entrada no livro de entrada nos materias que ele utiliza para desenvolver o serviço, tipo lixas, massas, tintas e etc, já que também será dificil de controlar a baixa disso.



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Adriano Guedes - Contador
[email protected]
A.B Guedes Assessoria Contábil
Site: https://www.abguedes.com.br
Thiago de Souza Oliveira

Thiago de Souza Oliveira

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 16 anos Quinta-Feira | 6 dezembro 2007 | 08:55

Se fosse controlar o estoque de material de uso/consumo, eu usaria o método PEPS, para o mesmo, já que pela Média Ponderável, nao me seria conveniente. Mas ainda acho melhor a contabilização diretamente em despesas, já que é difícil controlar a baixa disso...

Saulo Heusi
Usuário VIP

Saulo Heusi

Usuário VIP , Não Informado
há 16 anos Quinta-Feira | 6 dezembro 2007 | 09:40

Bom dia Priscilla,

Na mesma ordem colocada por você;

01 - O controle de material de uso e consumo se dá por intermédio das Requisições de Saídas do Almoxarifado e não dos Estoques. Eu explico.

Quando o material adquirido para uso e consumo for de valor irrelevante e em pequenas quantidades, ou seja, quando deva ser totalmente usado em curto espaço de tempo, não há a necessidade do controle do consumo. Nestes casos, é aconselhável que o referido material seja registrado pelo valor contábil em contas de custos ou despesas (Contas de Resultado).

Por outro lado, se o material adquirido para uso e consumo for em grande quantidade e o valor total da aquisição for proporcionalmente relevante, o ideal é que se registre na conta de "Almoxarifado" no "Ativo Circulante". Na medida em que for sendo usado deve ser reconhecido como custos ou despesas, levando-se a débito de conta específica e a crédito da conta "Almoxarifado".

A baixa pela saída do Almoxarifado para uso e consumo pode ser dada com base em requisições ou, pelo total periódico (diário ou mensal), com base em estimativa.

02 - Capital Social. A transferência das quotas pela cessão ou venda se registra contabilmente levando-se o valor transferido a débito e a crédito da conta "Capital Social Subscrito". Vale dizer que o histórico será o responsável pelas informações que cabem no caso.

Assim, se o Aguinaldo vende suas quotas no valor de R$ 8.000,00 para Luciana, você levará a débito e a crédito da conta Capital Social Subscrito o mesmo valor e no histórico dirá sobre a transação.

As operações mencionadas por você devem ser contabilizadas assim:

Luciana - pela compra das quotas de Aguinaldo
D - Capital Social Subscrito (PL)
C - Capital Social Subscrito (PL) - 8.000,00

Luciana - pela integralização de novas quotas
D - Caixa ou Bancos Conta Movimento (AC)
C - Capital Social Subscrito (PL) - 8.000,00

Joaquim - pela integralização de novas quotas
D - Caixa ou Bancos Conta Movimento (AC)
C - Capital Social Subscrito (PL) - 12.000,00

Formação do Capital Social (anterior)
Aguinaldo...8.000,00
Joaquim...12.000,00
Total....... 20.000,00

Formação do Capital Social (atual)
Luciana......8.000,00 adquiridos do Aguinaldo
Luciana......8.000,00 integralizados pelo aumento
Joaquim....12.000,00 já integralizados anteriormente
Joaquim....12.000,00 integralizados pelo aumento
Total........ 40.000,00

...

Marcos Vinícius Souza

Marcos Vinícius Souza

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 14 anos Sexta-Feira | 11 junho 2010 | 11:26

Bom Dia Saulo

pelo exemplo acima, tenho uma dúvida.

Não há alteração do valor total do capital, apenas transferencia de cotas, como contabilizo?

joão tem 1.000 e recebe mais 500 de maria, ficando com 1500.
sendo assim maria passa de 1.000 para 500.

no exemplo acima.
não consigo fazer este lançamento, pois o programa no aceita a mesma origem e aplicação.
D - Capital Social Subscrito (PL)
C - Capital Social Subscrito (PL)

se puder me ajudar.

sds

Marcos

Marcos Vinícius Souza
Analista Contábil
Saulo Heusi
Usuário VIP

Saulo Heusi

Usuário VIP , Não Informado
há 14 anos Domingo | 13 junho 2010 | 17:35

Boa tarde Marcos,

Se seu programa não aceita débito e crédito na mesma conta, você pode criar uma conta transitória que lhe permita registrar a "mudança de percentuais" no Quadro Societário da empresa. Nestes termos os registro contábeis ficariam assim:

D - Conta transitória
C - Capital Social Subscrito - 500,00

D - Capital Social Subscrito
C - Conta Transitória - 500,00

No histórico você indicará os nomes dos sócios envolvidos na operação, o número do NIRE e Protocolo da Alteração Contratual que ordenou a mudança, bem como a data da sessão que registrou o ato na Junta Comercial.

...

Paulo Henrique de Castro Ferreira
Consultor Especial

Paulo Henrique de Castro Ferreira

Consultor Especial , Contador(a)
há 13 anos Sexta-Feira | 6 maio 2011 | 08:17

Bom dia Priscilla.

Quanto ao primeiro questionamento o melhor é lançar direto como despesa e caso seja de seu interesse alocar o valor do custo unitário da sacola a um ou outro item que vc venda.

Quanto ao segundo questionamento a primeira coisa a ser feita é uma organização no seu Plano de contas, no que se refere ao grupo do PL.

Acredito eu que seu plano de contas esteja configurado da seguinte maneira:

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.
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2.3 - Patrimônio Liquido
2.3.1 – Capital Social Subscrito
2.3.1.001 – Capital Social Subscrito ------- 20000,00 C
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.
.

Então vamos criar dentro do grupo Capital Social Subscrito (CSS) as seguintes contas:

Agnaldo e Joaquim. Seu novo plano de contas ficaria assim:

.
.
.
2.3 - Patrimônio Liquido
2.3.1 – Capital Social Subscrito
2.3.1.001 – Capital Social Subscrito ------- 20000,00 C
2.3.1.002 – Agnaldo
2.3.1.003 – Joaquim
.
.
.

Então faremos a transferência para as contas criadas dos saldos conforme estão listadas (e teoricamente constariam do contrato social da empresa):

D – CCS
C – Agnaldo
Vr. R$ 8000,00

D – CCS
C – Joaquim
Vr. R$ 12000,00

Sendo assim os saldos seriam como os descritos abaixo:

.
.
.
2.3 - Patrimônio Liquido
2.3.1 – Capital Social Subscrito
2.3.1.001 – Capital Social Subscrito ------------- 0,00
2.3.1.002 – Agnaldo ---------------------------- 8000,00 C
2.3.1.003 – Joaquim ---------------------------- 12000,00 C
.
.
.

Como mostrado por nossa amiga Priscilla o Agnaldo simplesmente cede suas cotas a Luciana, sendo assim entendo que não houve por parte do mesmo nenhum recebimento.

Agora vamos criar no mesmo grupo do CCS a conta Luciana. Nosso novo plano de contas ficaria assim:
.
.
.
2.3 - Patrimônio Liquido
2.3.1 – Capital Social Subscrito
2.3.1.001 – Capital Social Subscrito ------------- 0,00
2.3.1.002 – Agnaldo ---------------------------- 8000,00 C
2.3.1.003 – Joaquim ---------------------------- 12000,00 C
2.3.1.004 – Luciana
.
.
.

Agora procederemos a cessão do capital de Agnaldo a Luciana:

D – Agnaldo
C – Luciana
VR – R$ 8000,00

Depois de feito este procedimento vamos ao aumento do Capital:

D – caixa/banco/estoque/imobilizado/investimento
C – Joaquim
Vr – R$ 12000,00

D – caixa/banco/estoque/imobilizado/investimento
C – Luciana
Vr – R$ 8000,00

Cabe ressaltar que os R$ 8000,00 aqui lançados se referem ao desembolso de Luciana para o caixa da empresa. Se ela pagou algum valor a Agnaldo é um acordo entre eles. Se o dinheiro do acordo dos dois (se houve a transação) passar pelo caixa da empresa há um outro tipo de lançamento que explicarei mais abaixo.
Sendo assim o Plano de Contas ficaria assim marcado:

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.
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2.3 - Patrimônio Liquido
2.3.1 – Capital Social Subscrito
2.3.1.001 – Capital Social Subscrito --------------- 0,00
2.3.1.002 – Agnaldo ---------------------------------- 0,00 C
2.3.1.003 – Joaquim ----------------------------- 24.000,00 C
2.3.1.004 – Luciana ------------------------------16.000,00 C
.
.
.

Agora vamos mudar o cenário da situação. Suponhamos que Agnaldo cedesse para Luciana as cotas, mas em contrapartida ele exigi-se o dinheiro que ele investiu da empresa, mas Joaquim não quer diminuir o Capital Social. Supondo ainda que depois de avaliado por profissional habilitado (logicamente um contador) o valor de sua cota fosse avaliado em R$ 10000,00.

Considerando que as contas Agnaldo, Joaquim e Luciana foram criadas e os saldos implantados nas contas Agnaldo e Joaquim.

Agora vamos efetuar o pagamento da cota de Agnaldo:

D – Ações de Tesouraria (PL) -- 8000,00
D – Outras Reservas (PL) ------------- 2000,00
C – caixa / banco ---------------- 10000,00

A conta “Outras Reservas”, está no grupo Reservas de Lucros

Agora procederemos a transferência das cotas de Agnaldo para Luciana.

D – Agnaldo
C – Luciana
Vr. R$ 8000,00

Neste caso Luciana, vai ter que investir no capital da empresa, além de aumentar o capital, sendo assim o investimento ficará assim configurado:

D - caixa/banco/estoque/imobilizado/investimento
C - Ações de Tesouraria (PL)
Vr – 8000,00

Neste caso não apliquei o valor de R$ 10000,00; convencionando-se que as partes acordaram em vender as cotas pelo valor antigo.

Semelhante ao primeiro caso procederemos ao aumento do Capital:

D – caixa/banco/estoque/imobilizado/investimento
C – Joaquim
Vr – R$ 12000,00

D – caixa/banco/estoque/imobilizado/investimento
C – Luciana
Vr – R$ 8000,00

Nosso plano de contas Final ficaria assim:

.
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2.3 - Patrimônio Liquido
2.3.1 – Capital Social Subscrito
2.3.1.001 – Capital Social Subscrito --------------- 0,00
2.3.1.002 – Agnaldo ---------------------------------- 0,00 C
2.3.1.003 – Joaquim ----------------------------- 24.000,00 C
2.3.1.004 – Luciana ------------------------------16.000,00 C
2.3.2 – Ações em Tesouraria
2.3.1.001 – Ações em Tesouraria ------------------- 0,00
2.3.3 – Reservas de Lucros
2.3.3.001 – Outras Reservas ---------------------- 2000,00 D
.
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Agora gostaria de verificar junto aos amigos do fórum se o ágil obtido por Agnaldo tem que ser tributado pelo IR.

Grato a todos.

Atenciosamente.

Paulo Henrique de C. Ferreira
Contador CRC MG 106412/O - Perito Contábil CNPC 087 - Avaliador Imobiliário CNAI 23358
Avaliação de empresas e processos de transferência societária;
Especialista em 3º Setor e em fusões, cisões e incorporações;
https://www.psce.com.br
Atenção: não dou consultorias por telefone! Somente por e-mail ou via whatsapp (audio ou mensagem)
Marcos Vinicius Araujo Moura Silva

Marcos Vinicius Araujo Moura Silva

Ouro DIVISÃO 2, Contador(a)
há 11 anos Quinta-Feira | 26 julho 2012 | 09:53

Prezada Mara Cristina,

Sugiro que você dê uma lida no post desta mesma sala do nosso colega Saulo Heusi do dia 06 de Dezembro de 2007, pois, creio que irá sanar suas duvidas. Caso contrario, detalhe-as.

At.
Marcos Vinicius

Paulo Henrique de Castro Ferreira
Consultor Especial

Paulo Henrique de Castro Ferreira

Consultor Especial , Contador(a)
há 11 anos Quinta-Feira | 26 julho 2012 | 13:17

Bom dia Mara.

O que você quer saber exatamente?

Atenciosamente.

Paulo Henrique de C. Ferreira
Contador CRC MG 106412/O - Perito Contábil CNPC 087 - Avaliador Imobiliário CNAI 23358
Avaliação de empresas e processos de transferência societária;
Especialista em 3º Setor e em fusões, cisões e incorporações;
https://www.psce.com.br
Atenção: não dou consultorias por telefone! Somente por e-mail ou via whatsapp (audio ou mensagem)

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