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Amortização Marcas e Patentes

Sandra Cristina Schultz

Sandra Cristina Schultz

Bronze DIVISÃO 5, Técnico Contabilidade
há 10 anos Quinta-Feira | 22 agosto 2013 | 09:53

Bom dia!

Sempre contabilizei a marca do registro da empresa em conta do ativo, mas fiquei na seguinte dúvida:

O registro da marca tem um prazo de 10 anos, nunca amortizei estes valores. Isto só vai acumulando? Qual a melhor maneira de corrigir?

No caso, tem o registro do INPI e os honorários pelo pagamento e acompanhamento das taxas. Só o registro no INPI, deve ser imobilizado?


Breno Souza

Breno Souza

Bronze DIVISÃO 3, Analista Contabilidade
há 10 anos Segunda-Feira | 26 agosto 2013 | 10:24

Prezada Sandra, bom dia!

De acordo com a Resolução CFC 1303/10, art. 89 o ativo intangível que possui vida útil definida deve ser amortizado. Segue o texto:

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado (ver itens 97 a 106), enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado (ver itens 107 a 110). Os exemplos incluídos nesta Norma ilustram a determinação da vida útil de diferentes ativos intangíveis e a sua posterior contabilização com base na determinação da vida útil.


Os gastos que citou integram o valor dos custos do intangível (art. 26, 27 e 28), mas segundo o art. 71 da Resolução supracitada os gastos com o intangível reconhecidos inicialmente como despesa não deve ser contabilizado como seu custo posteriormente.

Quanto à amortização, creio que deverá ser feito um ajuste mesmo, reconhecendo o que não era amortizado antes. Mas não sei se há algo melhor a fazer.

Bom, são minhas colocações a partir da minha análise.

Espero que ajude!

Sandra Cristina Schultz

Sandra Cristina Schultz

Bronze DIVISÃO 5, Técnico Contabilidade
há 10 anos Quarta-Feira | 11 setembro 2013 | 14:44

Boa tarde, Breno!

Ajudou sim, mas um auditor me informou que agora não imobiliza mais marcas e patentes, só se você comprar a marca de terceiros.

Alguém sabe algo a respeito disso. Se sim, qual o embasamento legal.

Grata

Breno Souza

Breno Souza

Bronze DIVISÃO 3, Analista Contabilidade
há 10 anos Quarta-Feira | 11 setembro 2013 | 23:05

Prezada Sandra,

Realmente não podemos mais contabilizar como ativo nenhum ágio gerado internamente, isso porque é muito difícil identificar o retorno e custo correto deste ativo. O CPC 04, que é o que trata de ativos intangíveis, diz no item 47 que "o ágio gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo". Este Pronunciamento foi regulamentado pela Resolução CFC n° 1303/2010.

Abraço.

Sandra Cristina Schultz

Sandra Cristina Schultz

Bronze DIVISÃO 5, Técnico Contabilidade
há 10 anos Quinta-Feira | 12 setembro 2013 | 09:04

Bom dia Breno!

Ainda não compreendi bem. Segundo o auditor, lançaria o gasto com marcas e patentes como despesa, mas fiquei na dúvida se o correto é lançar no ativo intangível, e se for o caso fazer a amortização.


Espero sua ajuda,

Grata.

Breno Souza

Breno Souza

Bronze DIVISÃO 3, Analista Contabilidade
há 10 anos Quinta-Feira | 12 setembro 2013 | 12:36

Boa tarde!

Antes da adoção das IFRS poderíamos lançar estes gastos com ativo intangível gerado internamente no ativo, porém a nova norma não permite isso, os gastos devem ser contabilizados direto em despesa, inclusive as de P&D.
Se você comprou a marca você pode contabilizar essas despesas no ativo intangível, mas se essa marca foi criada internamente, não.

Breno Souza

Breno Souza

Bronze DIVISÃO 3, Analista Contabilidade
há 10 anos Quinta-Feira | 12 setembro 2013 | 17:46

Sandra, não sei.

Eu vi um questionário da FIPECAFI na época do início da adoção que dizia que os custos com intangível poderiam ser contabilizados (Tópico 1.5.6 "PERGUNTAS E RESPOSTAS – NOVA LEI DAS S/A - LEI 11.638/07" disponível em https://www.cfc.fipecafi.org/faq/faq.pdf‎), ou seja, antes a norma permitia fazer assim, hoje, não mais.
Acho que é algo para pesquisar melhor. Caso eu encontre algo, postarei aqui, mas creio eu que neste caso a decisão está mais para a empresa, aí é só deixar bem explícito na nota explicativa o porquê da decisão (deixar ou não no ativo).
Mas o mais prudente captar mais conselhos, ouvir mais pessoas acerca disso.

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