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CONTABILIDADE

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Depósito Não Identificado

JAIR CONDOTTO JUNIOR

Jair Condotto Junior

Bronze DIVISÃO 4, Auxiliar Contabilidade
há 16 anos Terça-Feira | 19 fevereiro 2008 | 08:25

Bom dia a todos

No extrato bancário da empresa ques estou fazendo escrituração contábil, existem alguns (poucos) depósitos não identificados. A empresa diz que também não conseguiu identificar, e sugestionou que eu considerasse como receitas não operacionais ou outras receitas eventuais, e as tributasse normalmente.

Há alguma restrição quanto a operação acima?

Estou começando como contador a pouco tempo, e peço o parecer de todos mais experientes, aconselhando a melhor maneira de me proceder quanto a questão acima

Obrigado

PAULO DA COSTA MACHADO

Paulo da Costa Machado

Ouro DIVISÃO 1, Contador(a)
há 16 anos Terça-Feira | 19 fevereiro 2008 | 08:48

Olá, Jair e Thiago: Deve se levar em conta que nem todos os créditos na conta corrente provém de receita operacional. Por isso sugiro que vc faça o lançamento: (D) Bancos C/Movtº e (C) Créditos a identificar.

Quando o jogo termina o peão e o rei vão prá mesma caixa.
Francisco Délio

Francisco Délio

Prata DIVISÃO 3, Gerente Contabilidade
há 16 anos Terça-Feira | 19 fevereiro 2008 | 09:06

Corretíssima a resposta do Paulo, com relação à contabilização dessa operação. Somente complementando, essa conta Créditos a identificar deve ser analisada periodicamente na tentativa de averiguar ou identificar os valores ora lançados.

Como ela é uma conta do Ativo, que recebe lançamentos a crédito, acaba "poluindo" o balanço patrimonial.

Os valores lançados nessa conta, quando não identificados, aí sim devem ser apropriados a uma conta de Receita não operacional, como colocado pelo Jair.

Francisco Délio
Saulo Heusi
Usuário VIP

Saulo Heusi

Usuário VIP , Não Informado
há 16 anos Terça-Feira | 19 fevereiro 2008 | 11:52

Bom dia,

Eu abomino totalmente a idéia de se registrar contabilmente os fatos acima citados como "Créditos a Identificar". Abrir uma conta nestes termos e com este título, é o mesmo que se concordar em lançar nesta conta os "Créditos que ninguém sabe de onde vieram".

Em uma contabilidade diária, que você precisa de respostas imediatas e não as tem, é até aceitável, desde que dentro pouquíssimo tempo esta conta seja zerada. Em contabilidade mensal, sem a obrigação dos balanços diários, é simplesmente inconcebível.

Isto não existe. Qualquer auditoria por mais precária que seja, irá desclassificar os lançamentos. Ninguém recebe dinheiro sem saber de onde veio. O Banco sabe a origem exata de cada crédito efetuado em conta corrente de seus clientes, e (se não ele) o próprio cliente sabe.

Você não deve (nem pode) criar contas com base no fato de não saber do que se trata. Imagine o usuário da contabilidade se deparar com saldo em conta cujo título pode ser interpretado como "este saldo a empresa não sabe de onde veio".

Tenha certeza de que alguém sabe a origem do dinheiro que não caiu do céu diretamente na conta da empresa. A contabilidade tem a obrigação de exigir a informação e o cliente de fornecê-la, sob pena de sofrer a paralisação dos serviços contratados

...

PAULO DA COSTA MACHADO

Paulo da Costa Machado

Ouro DIVISÃO 1, Contador(a)
há 16 anos Terça-Feira | 19 fevereiro 2008 | 13:47

Olá, Quando fiz a sugestão acima foi no sentido de que não podemos ignorar o fato contábil, ou seja: O crédito ocorrido em conta corrente bancária. Em momento nenhum entrei no mérito de que tal fato fosse certo ou errado e simplesmente porque a contabilidade é dinâmica e carece de um lançamento para cada fato. A atitude de identificar o mais rápido possível a origem do crédito certamente é do credor, até para saber se o mesmo deve ou não ser tributado. Desta forma, certamente, este deverá ser um lançamento transitório. Sabemos que na prática, muitas vezes a retórica não funciona.

Quando o jogo termina o peão e o rei vão prá mesma caixa.
Luis Fernando

Luis Fernando

Bronze DIVISÃO 5, Não Informado
há 16 anos Terça-Feira | 19 fevereiro 2008 | 14:09

Infelizmente isso é comum.

Não sabem sobre dinheiro que entra na conta, não lembram a que se destina determinado cheque emitido.

Daí temos que criar artificios pra contabilizar essas movimentações.

Francisco Délio

Francisco Délio

Prata DIVISÃO 3, Gerente Contabilidade
há 16 anos Terça-Feira | 19 fevereiro 2008 | 16:41

A despeito de todos os comentários já elencados acerca do assunto, cabe destacar que as sugestões de contabilização da operação supra, não quis em momento algum ferir ou adotar alguma prática que afetasse os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Respeito e congratulo o Saulo pela opinião aqui esboçada, quando se posiciona totalmente contrário à contabilização mencionada.

Entretanto, existem determinados momentos no ambiente da Contabilidade em que o nosso tempo é extremamente escasso, casos de final de mês em que estamos "atolados", face ao fechamento mensal.

Quem trabalha em grandes companhias, bem sabe da "pressão que é para fecharmos as Demonstrações contábeis no 3º dia útil do mês seguinte. Essa é uma época em que, os poucos fios de cabelos que nos restam, decidem, infelizmente, nos abandonar.

Por essas e outras, não podemos ficar aguardando que o banco identifique pequenas quantias, para proceder com o fechamento mensal, levando-se em conta que os ajustes necessários serão efetuados no mês seguinte. Evidentemente, que valores elevados podem e devem ser identificados dentro do próprio mês.

Quando ratifiquei a opinião do Paulo, apenas levei em conta, essa ótica, em que precisamos tomar decisões cada vez mais rápidas.

Por fim, entendo que qualquer contabilista, concatenado com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, sem sombra de dúvida, também tenha o mesmo pensamento que o amigo Saulo.

Nesse sentido, estamos imbuidos do profissionalismo que devemos ter para cumprir com as nossas metas, sejam elas de cunho pessoais ou empresariais.

Abraços a todos,

Francisco Délio
Eusebio Luis Pinto Junior

Eusebio Luis Pinto Junior

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 16 anos Sexta-Feira | 22 fevereiro 2008 | 09:09

Jair,

Enfrente este problema na empresa que trabalho atualmente, a solução dada já foi citada acima pelos nossos colegas.
Foi criada uma conta no ativo (abaixo de Bancos cta Movimento) chamada "DEPÓSITOS NÃO IDENTIFICADOS", sendo assim todo e qualquer valor que não sabemos a origem creditamos lá, até que ele seja identificado.

Espero ter ajudado.

bom dia a todos

Eusebio Luis

M Messias Santos

M Messias Santos

Ouro DIVISÃO 1, Técnico Contabilidade
há 16 anos Sexta-Feira | 22 fevereiro 2008 | 10:27

Se as contas a receber e a pagar estão corretas, então estes depósitos não se refere a creditos a receber e nem a descontos concedidos. E como a própria empresa diz que não consegue identificar, porque empurrar o problema com a barriga classificando em uma conta ativa ou passiva? Se todas as demais contas do Ativo e Passivo estão conciliadas e com seus saldos corretos, eu Faria:

Entradas em extratos não identificados

D-Banco
C-Receita

Saidas em extratos não identificados

D-Despesa
C-Banco

Neste caso, no LALUR, somaria as despesas a base de cálculo do IRPJ e CSLL.

Só sei que nada sei.
Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
frases do Mestre dos Mestres-SÓCRATES
robelyo

Robelyo

Prata DIVISÃO 2, Analista Contabilidade
há 16 anos Domingo | 23 março 2008 | 02:30

Tenho um caso parecido
Na empresa que atuo existem cheques depositados de clientes a serem liberados (os depositos bloqueados por até 5 dias), eu somente lançaria os mesmos no dia da libeação mas o financeiro exige que seja registrado no dia da movimentãção dele!
O que acontece, eu criei uma conta no AC identificada CHEQUES A LIBERAR antes dos ADIANTAMENTOS onde registro esses depositos D - essa conta e C - o cliente que efetuou o deposito... com a liberação, faço o seguinte lçto: D - BCO e C - CHEQUES A LIBERAR. Tem alguma restrição pra isso?
É errado?

robelyo

Robelyo

Prata DIVISÃO 2, Analista Contabilidade
há 16 anos Segunda-Feira | 24 março 2008 | 10:55

Bom dia
acredito que me expressei mal
a conta Cheques a comensar (PC) eu a uso sempre em casos de emitirmos cheques pagando a nossos fornecedores e o mesmo cheque é a prazo, isso é normal, mantenho o controle dessa conta diário pra nao fugir do controle nosso aqui.
Esse outro caso é diferente... o cliente nos deposita em cheques mas como o cheque é de outro banco, geralmente vem bloqueados por até 05 dias úteis, aparece o deposito no extrato bancário mas com o * indicando que o mesmo está bloqueado, como o financeiro quer que figure esse depósito no dia em que o mesmo foi ocorrido, eu faço o seguinte:
D - Cheques a receber (AC) antes de Adiantamentos de salários
C - Cliente (que efetuou o deposito com cheque.
A minha dúvida é: POsso fazer isso? Já que a conta CHEQUES A RECEBER se refere a cheques em cobrança, acredito que é normal. Estou correto?

Saulo Heusi
Usuário VIP

Saulo Heusi

Usuário VIP , Não Informado
há 16 anos Segunda-Feira | 24 março 2008 | 17:52

Boa tarde Robélyo

A forma correta da classificação de "Cheques a compensar" já figurantes de seu extrato bancário, é exatamente a que você mencionou.

Isto porque a partir do instante em que o cliente paga a duplicata ou a Nota Fiscal que lhe devia com a emissão de um cheque, passa dever apenas o cheque.

Naturalmente enquanto ainda não compensado e creditado em sua Conta Corrente Bancária, este cheque deve constar como não recebido na conta "Cheques a Receber".

A partir do instante em que a compensação bancária ocorre, o valor é creditado em sua conta e o lançamento contábil se dará levando-se a débito da conta "Bancos Conta Movimento" e a crédito da conta "Cheques a Receber.

...

edson ubiratan de oliveira

Edson Ubiratan de Oliveira

Bronze DIVISÃO 2, Técnico Contabilidade
há 16 anos Segunda-Feira | 1 setembro 2008 | 11:19

BOM DIA
No meu caso é o seguinte á empresa que estou contabilizando ela esta em processo de fusão porem apareceu no extrato bancário valores autos de recebimento e está identificado como cobrança á crédito no banco.
Criei uma conta no ATIVO CIRCULANTE

DEPOSITO À IDENTIFICAR:

DEBITO : Banco
CREDITO: Depositos á identificar

Como que eu posso baixar está conta pois ela´vai ficar estourada e a pessoa responsavel por essa identificação não sabe á origem desse recurso.

Claudio Rufino
Moderador

Claudio Rufino

Moderador , Contador(a)
há 16 anos Segunda-Feira | 1 setembro 2008 | 11:22

Edson, bom dia.

Mas é impressionante, como é que alguém(responsável pelo setor financeiro), não sabe a origem de um depósito vultoso?

Gentileza rever melhor a questão a fim de que de posse de maiores informações, alguém aqui no Forum possa te ajudar.

Sds.

Empresário, seja prudente, contrate profissional habilitado
Professor de Contabilidade
https://www.fcscontabeis.com.br
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Sandro Ferreira

Sandro Ferreira

Bronze DIVISÃO 4, Auxiliar Contabilidade
há 14 anos Segunda-Feira | 22 novembro 2010 | 17:28

Pessoal voces poderiam me informar como escrituro
deposito bloqueado? Segue exemplo de como eu contabilizo.
Quando bloq.n/extrato.
D- Deposito bloqueado
c- Clientes
Quando desbloqueado.
D-Banco
C-Deposito bloqueado
E também tenho outra dúvida. Esta conta ficaria classificada no grupo
sintético da conta clientes? Pois, e assim que tenho em meu plano de contas.
No aguardo. Abraços.

Fernando Sales

Fernando Sales

Bronze DIVISÃO 1, Coordenador(a) Controladoria
há 14 anos Segunda-Feira | 27 dezembro 2010 | 09:21

Claudio,

Isso acontece mesmo, trabalho em uma rede de hotéis e o valor não intendificados são muitos e procuramos de varias maneiras e as vezes não encontramos quem fez este deposito.

E este valor fica na conta de não indentificados por 6 meses após é baixado para receitas.

Atenciosamente

Vicente Carlos Lloria Villena

Vicente Carlos Lloria Villena

Prata DIVISÃO 2, Gerente Contabilidade
há 13 anos Terça-Feira | 11 janeiro 2011 | 14:10

Boa tarde,

Aqui em nossa empresa os depósitos que entram na nossa conta corrente são provenientes de clientes, então lançamos os depósitos não identificados como Adiantamento de Clientes (PC) e entramos em contato com o Banco para que nos informe a origem dos referidos depósitos, para que possamos fazer o ajuste.

Vicente Villena

MILTON VIANA PEREIRA

Milton Viana Pereira

Bronze DIVISÃO 4, Contador(a)
há 13 anos Quinta-Feira | 23 junho 2011 | 16:33

Tenho uma situação complicada, se alguém puder me ajudar!!!
Faço a contabilidade de duas empresas do mesmo dono e ambas tem conta no mesmo banco.
Aconteceu o Seguinte:
- A empresa 1, recebeu uma quantia sgnificativa em dinheiro
- O socio solicitou ao gerente que fizesse aplicação em fundos de renda fixa e variável.
Agora olha o que aconteceu:
- O Gerente fez as aplicações, porém primeiro transferiu o dinheiro para a empresa 2 e fez as aplicaçãoes,
- o socio viu o erro, entrou em contato com o banco que após 5 dias do acontecido, fez o resgate, transferiu novamente para a empresa 1 assim fez as aplicações corretamente.

Minhas dúvidas:

- Nestes 5 dias que o dineiro ficou em posse da empresa 2, tivemos rendimentos e IR.
- Deverei tributá-los na empresa 2 (mesmo tendo como prova o erro do banco)? ou deverei tributar na empresa 1?

Hugo Ribeiro
Moderador

Hugo Ribeiro

Moderador , Contador(a)
há 13 anos Quinta-Feira | 23 junho 2011 | 16:43

Milton, boa tarde.

Independentemente do erro do gerente, fato concreto é que a empresa 2 teve aplicação financeira em seu nome com as demais consequências (Rendimentos, IRRF).

Dessa forma, sugiro solicitar junto ao banco aviso de débito-crédito informando tratar-se de operação equivocada, documento tal que serviria para contabilização e que justificaria entrada de numerário na empresa 2, onde voce contabilizaria em conta do passivo circulante.

Os rendimentos e o IRRF deverão ser contabilizadas na empresa 2, pois será dessa forma que o banco informará à SRF.

Att
Hugo.

Hugo Ribeiro - Cristalina Goiás
[email protected]
S.

S.

Bronze DIVISÃO 2, Não Informado
há 12 anos Sexta-Feira | 13 janeiro 2012 | 15:57

Boa tarde!

É a primeira vez que utilizo o portal.

Minha duvida condiz com o corpo dessa discusão.

Estou prestando serviço em uma empresa o qual a contabilidade esta toda atrasada de 2009 a 2011. Diante de tantas dificuldades em encontrar as documentações e conciliar as mesmas, uma esta me preoculpando muito.

Depois que fechamos a conciliação bancária verifiquei no extratos muitos (em grande escala) débitos e créditos o qual não havia documentos no movimento e nenhuma outra informação a respeito uma vez que o financeiro fazia um controle precario do que paga e recebe (isso desde os primordios de 2009) - estamos digitando todo o movimento.

Estou precisando de fechar o balanço de 2009 para iniciar os trabalhos de 2010 e 2011 e preciso de alguma forma dar uma solução contabil para esses valores porém o tempo esta correndo contra mim, esses valores até podem ser analisados mais criteriosamente porém não posso esperar para iniciar os outros anos, isso me atrasaria muito.

Verifiquei a sujestão em lançar esses débitos e creditos em contas a identificar (patrimoniais). Gostaria de saber se no meu caso posso virar o balanço para o proximo ano com esses saldos e se isso podera trazer algum risco para a empresa - Ressalto que esse procedimento a empresa esta ciente uma vez que não houve contabilidade na época para apurar o resultado e isso esta sendo feito agora.

Agradeço muito quem puder me ajudar para que mesmo diante de uma situação bem complicada tenha resguardado e feito da forma menos honerosa possivel.

Obrigada!

Jakline Stofel

Rafael Vieira da Silva

Rafael Vieira da Silva

Bronze DIVISÃO 3, Analista Contabilidade
há 12 anos Domingo | 15 janeiro 2012 | 11:55

Bom dia Jair e Thiago,

Realmente esses "depósitos não identificados" prejudicam bastante os saldos
patrimoniais, na maioria das vezes, são de origem de recebimento de vendas, desta forma, lhe aconselho lançar esses créditos na conta de duplicatas a receber, e na medida em que forem conciliadas as demais contas contábeis, os valores que não se tratarem de duplicatas serão identificados.

Rafael Vieira da Silva
Analista Contábil - Pleno
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