Conta Transitória

Bom dia, meu cliente troca duplicatas junto a uma Factoring, onde é feito um contrato obtendo as despesas de juros, IOF e serviços prestados.
Mas o credito desse desconto entra parcialmente no Banco, conforme o cliente vai precisando ele liga para o banco disponibilizar o valor, ou seja uma duplicata de R$175.240,40 tem os seguintes lançamentos.

D- 16.567,59 Juros
D- 216,25 Prestação Serviço
D- 1.006,02 IOF
D-157.450,54 Crédito desc. dupl (esse valor entra picado no banco)

C-175.240,40 - Factoring

Minha duvida é, o crédito de desconto de duplicata entra parcialmente na conta do banco, conforme solicitado pelo cliente.
Para que eu faça esse lançamento acredito que tenho que criar uma conta transitória, para que eu lance o valor do contrato justificando a entrada picada no banco.

Onde e como crio essa conta transitória, ela tem que ficar com o saldo zerado?

Nubia

Pelo que eu entendi esta conta pode ser criada nas duplicatas a receber mesmo e você pode ir baixando conforme os valores forem caindo no banco.

Att.

Boa Noite Núbia,

Deve ser feito um controle de desconto de duplicatas, pois a mesma irá afetar a conta de Duplicatas a Receber.

Esse controle é feito pela conta DESCONTO DE DUPLICATAS (conta redutora do ativo)Assim, quando o valor é creditado no banco, mesmo que parcialmente, deverá ser registrado contra a conta redutora, dentro do grupo de Clientes no Ativo:

D (-)Desconto de Duplicatas
C Banco

No histórico detalhe a duplicata e cliente a qual o desconto se refere, para auxiliar o controle.
A baixa na conta DESCONTO DE DUPLICATAS é feito quando o cliente paga a duplicata no seu vencimento (que no caso esse recebimento entra para a empresa Factoring), o lançamento será:

D Clientes
C (-)Duplicatas Descontadas


Espero ter ajudado.
Abraços.

Bom dia à todos,

Esta operação de "Duplicatas Descontadas" deve ser classificada em conta do Passivo Circulante.

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38, quando uma entidade transferir um ativo financeiro, deverá avaliar até que ponto ela retém os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro. Nesse caso, se a entidade:

transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, a entidade deve desreconhecer o ativo financeiro e reconhecer separadamente como ativos ou passivos quaisquer direitos e obrigações criados ou retidos com a transferência; ou
retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, a entidade deve continuar a reconhecer o ativo financeiro.
Portanto, nessa nova ótica, quando a empresa transfere a terceiros um ativo financeiro, desconto de duplicatas por exemplo, esta somente poderá baixá-lo de sua contabilidade quando (e se) transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro. Caso contrário, a entidade deve manter os instrumentos financeiros no Ativo e tratar o valor recebido como empréstimo.

O que se busca agora é a essência da operação. Desta forma, as parcelas recebidas nas operações de desconto de duplicatas, quando não houver a transferência dos riscos e benefícios da propriedade, devem ser registradas no Passivo, sob a rubrica "Empréstimos a Pagar-Desconto de Duplicatas". Já a duplicata ficará no Ativo até que ela seja baixada por recebimento ou perda no recebimento de créditos.

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