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Dinheiro em Caixa

Eduardo Oliveira

Eduardo Oliveira

Bronze DIVISÃO 4, Artista
há 10 anos Segunda-Feira | 4 agosto 2014 | 18:38

Pessoal,

Estou com uma dúvida de um amigo que está tentando negociar algumas melhorias com o seu sócio na empresa.
O diálogo entre os sócios está sendo desenvolvido, resumidamente, em cima dos assuntos, aumento de salário e
dinheiro repassado para o caixa.

O que este amigo me perguntou é se existe alguma regra contábil ou pelo menos de bom senso em relação ao valor
que se deve repassar ao caixa de uma empresa mensalmente.
Existe alguma porcentagem mínima ou algum cálculo que ajude a encontrar este equilíbrio?

Trocando em miúdos, este amigo está achando que está sendo repassado uma valor muito alto para o caixa desta empresa e acredita que este "excesso" poderia contribuir para o aumento de seus salários, por exemplo.

Até onde eu sei, não há previsão coletiva de investimentos que obriguem este acúmulo "acelerado" de rendimentos em caixa.

Obrigado.
Eduardo Oliveira



Claudio Rufino
Moderador

Claudio Rufino

Moderador , Contador(a)
há 10 anos Segunda-Feira | 4 agosto 2014 | 20:22

Eduardo Oliveira.

Estimado, sua interação está confusa, pois:

1 - o que amigo quer dizer com " Trocando em miúdos, este amigo está achando que está sendo repassado uma valor muito alto para o caixa desta empresa e acredita que este "excesso" poderia contribuir para o aumento de seus salários, por exemplo. ";

2 - os valores que se refere sua interação é oriundo do quê?

Se tivermos mais subsídios da interação, melhor alguém poderá ajuda-lo.

Saudações.

Empresário, seja prudente, contrate profissional habilitado
Professor de Contabilidade
https://www.fcscontabeis.com.br
https://www.facebook.com/fcscontabeis
http://professorclaudiorufino.blogspot.com/
Eduardo Oliveira

Eduardo Oliveira

Bronze DIVISÃO 4, Artista
há 10 anos Segunda-Feira | 4 agosto 2014 | 21:34

Claudio, obrigado pela sua intervenção.

Carrego comigo conhecimentos contábeis muito superficiais e talvez seja este um dos obstáculos que ainda enfrento ao tentar transcrever corretamente as dúvidas que me aparecem.

Vou tentar ser um pouco mais prático - e acredito que me desenvolvo melhor assim - tentando exemplificar esta situação.

Sócio A e Sócio B.
Ambos com o mesmo salário.

O Sócio A argumenta que o salário da dupla está congelado a um bom tempo e portanto está requisitando um aumento salarial para ambos.
O Sócio B não acredita que deva haver este reajuste e argumenta que o mais importante seria focar em repassar todo o lucro líquido da empresa para o caixa da mesma.

O Sócio A quer buscar argumentos para requisitar - de maneira inteligente - este aumento salarial.
O que tenho de informação é que o lucro líquido desta empresa sempre alcança uma média equivalente a 6 vezes a soma dos salários destes sócios. Todo este dinheiro é destinado ao caixa da empresa, que hoje equivale mais ou menos a 50% de seu patrimônio líquido.

O que o Sócio A está buscando entender é se existe algum comparativo que possa lhe dar argumentos para discutir este reajuste salarial.
Por exemplo. É aconselhável que o caixa da empresa tenha - pelo menos - o equivalente a X% do patrimônio líquido da mesma e que o repasse mensal seja - sempre que possível - na porcentagem de Y% de seu lucro líquido ou algo do tipo..
* considerando que esta empresa não tem previsões de investimento nenhum a curto prazo que justifique o acúmulo acelerado de lucros para investimentos em algum outro setor. Tudo opera cotidianamente bem e normal.

Não sei se consegui me expressar melhor desta vez ou mesmo se esta dúvida tem algum fundamento.
Caso não tenha sido claro ou identifiquem a impropriedade desta dúvida, sem ressentimentos para cancelar essa postagem, rsrs.

Obrigado mais uma vez pela atenção de vocês.





Claudio Rufino
Moderador

Claudio Rufino

Moderador , Contador(a)
há 10 anos Segunda-Feira | 4 agosto 2014 | 22:11

Perfeito,

Vamos falar na linguagem contábil, salario dos sócios quer dizer "Pro-labore" [ Pro-labore significa em latim “pelo trabalho” e corresponde à remuneração deste administrador [ou destes] por seu trabalho na empresa.].

Desde que a empresa possua saúde financeira, não possui débitos tributários, é mister que os sócios que nesta militem receba seus haveres, logo é concebível que entre ambos seja determinado quanto cada um vai receber, via de regra e mais saudável é que o sócio que mais trabalha na empresa tenha seu pro-labore maior do que aquele sócio que apenas aparece por lá vez em quando, concorda comigo?

Mas tratando de sua indagação, o que se espera de qualquer empresa é que esta apresente lucros, lucros estes que nada mais é o retorno do investimento feito pelos sócios, logo tais lucros devem ser atribuídos aos mesmos.

Já pensou em argumentar que a demanda de trabalho e a dedicação para aumentar os lucros da empresa não seria um álibi para que ambos possam ter seus pro-labores aumentados?

E, que vantagem há em manter um caixa/banco da empresa com valor vultoso?

O ideal é que do lucro auferido nas operações e encerramentos de cada período, pelo menos 30% seja aplicado na empresa para que esta possa dar maior resultado positivo aos sócios e, os 70% sejam distribuídos.

Bom é isso, vamos interagindo por aqui e esperando que demais colegas possam entrar no debate.

Bons estudos!

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Professor de Contabilidade
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Eduardo Oliveira

Eduardo Oliveira

Bronze DIVISÃO 4, Artista
há 10 anos Terça-Feira | 5 agosto 2014 | 00:17

Cláudio, mais uma vez, muito obrigado pelo seu tempo.

O que mais se destaca - ao meu ver - em debates como este, é entender que a lógica nem sempre pode ser tão clara aos nossos olhos mas, ainda sim, se põe como um dos melhores caminhos a se seguir.

Realmente faz todo sentido essa sua linha de pensamento e que, ao meu ver, é um baita de um argumento. Se você aplica um capital a uma empresa, você o faz pensando num retorno financeiro, óbvio. Se você dedica a um trabalho, você o faz almejando uma recompensa.

Aplicar um capital a uma entidade esperando que somente ela cresça, funciona, mas não para uma empresa privada. Para uma ONG, talvez, acredito que este pensamento pode ser mais de caráter altruísta. Investimento é rendimento.

Vamos ver se surgem novos companheiros para complementar esta nossa conversa. De qualquer maneira, seus comentários já sanaram as minhas dúvidas.

Um forte abraço.




João Barbosa dos Santos

João Barbosa dos Santos

Prata DIVISÃO 3, Técnico Contabilidade
há 10 anos Terça-Feira | 5 agosto 2014 | 09:45

Bom dia, Eduardo Oliveira !Bom dia, Claudio Rufino !

E a todos os amigos que estiverem lendo o tópico!

Estou aceitando o convite do colega Claudio para participar do debate,porque é precisamente a interpretação dos fatos contábeis uma das maiores dificuldades que se apresentam no dia a dia dos profissionais de Contabilidade e Administração.E prezado Eduardo,o conselho desse velho contabilista(tenho 40 anos de atuação na área), é sempre a fazer referências dos eventos da maneira mais técnica possível,como a correção feita pelo colega Cláudio,em relação a diferenciação entre Salários e Pro-Labore. é fundamental o trato correto das nomenclaturas,porque todas as orientações,informações e leis,tratam sempre pelos nomes técnicos.


Sucesso!

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