CONTABILIDADE DE DESCONTO DE CHEQUES PRE DATADOS

Boa Tarde
Ele vendeu uma mercadoria, emitiu a NFe porém recebeu com cheque pré-datado.
Ele foi até o banco e descontou esse cheque, como garantia o banco segura o cheque para a data combinado entre as partes, dessa forma esse cheque só será compensado na data que foi combinada, e caso o cheque volte (não seja pago) o valor é descontado do meu cliente. Seria uma especie de empréstimo? De que forma eu contabilizo essa operação.
Por exemplo: No dia 10/02 vendeu a mercadoria no valor de R$100.000,00 recebeu em cheque para 10/10. Foi até o banco e descontou o cheque o banco cobrou as despesas e depositou o valor liquido de 95.000,00.
A baixa nas  divida do cliente só será feita na data que o cheque for realmente compensado, correto? Considerando que o cheque pode não ser pago.

Marcely, 

pela venda
Debito  ( ativo )   contas a recber
credito ( DRE )    receita     100.000,00

pelo desconto do cheque

Debito ( ativo )     banco     95.000,00
debito ( dre )      desp. bancariaÇ>   5.000,00
credito>   ativo  - cc redutora   - dpl ]/ ch descontado    100.000,00

caso o cheque seja compensado
debito: ativo  - cc redutora   - dpl ]/ ch descontado      100.000,00
credito:  contas a recber        100.000,00

caso o cheque nao seja compensado e cobrado da empresa
debito: ativo  - cc redutora   - dpl ]/ ch descontado      100.000,00
credito:   banco        100.000,00
o saldo de contas a receber continua com os  R$ 100.000,00  já que a divida nao foi paga

Márlus

Marlus, 

Bom dia!

Peço licença para poder apresentar um pequeno complemento com base no que adotamos aqui no escritório: nós utilizamos a interpretação de que o valor liberado pelo banco é um passivo financeiro, classificado no passivo circulante no subgrupo empréstimos. Os casos que tivemos foram situações análogas à descrita pelo colega (desconto de duplicatas em bancos ou antecipação de recebíveis de cartão de crédito)

Anteriormente nós utilizávamos a conta redutora do ativo, mas vimos várias interpretações na ótica da convergência para normas internacionais apontando que o reconhecimento como passivo atende melhor o postulado da primazia da essência sobre a forma e a prudência.

Com relação aos lançamentos nós fazemos da mesma maneira, só mudamos a classificação de redutora do ativo para passivo.