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Montar escritorio para horas vagas, é ético?

Tiago  de Lannes

Tiago de Lannes

Ouro DIVISÃO 1, Contador(a)
há 12 anos Domingo | 14 agosto 2011 | 11:37

Olá pessoal, gostaria das opiniões de vocês.

É ético um funcionário que trabalha em um escritório de contabilidade no horário comercial, montar um escritório contábil para trabalhar nas suas horas vagas? Isso porque ele estaria fazendo concorrência ao seu empregador.
Sei que no horário livre dele ele tem direito de fazer o que quiser mas caracteriza-se como concorrência ao seu empregador.


Gostaria da opinião de vocês sobre o assunto

Rogerio de Souza Santos

Rogerio de Souza Santos

Ouro DIVISÃO 1, Técnico Contabilidade
há 12 anos Segunda-Feira | 15 agosto 2011 | 14:07

Mateus,

Eu entendo que anti-ético não é, agora, que ele será um concorrente para com o seu empregador, isto não tenho dúvidas; se uma pessoa o procura p/abrir uma empresa em virtude dele trabalhar em um escritório do seu empregador, claro que ele mesmo vai querer fazer o trabalho e não levar para o lugar onde trabalha de empregado.
Mas cada caso é um caso, vai do entendimento dos dois,( empresa e empregado).

Rogerio de Souza Santos
Thiago de Souza Oliveira

Thiago de Souza Oliveira

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 12 anos Segunda-Feira | 15 agosto 2011 | 14:39

Anti-etico não é, já que você também é um contabilista. Agora que é concorrencia para seu empregador, isso é sim. Vai de cada um, eu particulament enão faria, até por que a estrutura para ter-se um escritório é complexa (infelizmente) e merece dedicação a todo momento.

Até +

Hugo Ribeiro
Moderador

Hugo Ribeiro

Moderador , Contador(a)
há 12 anos Segunda-Feira | 15 agosto 2011 | 21:20

Mateus, boa noite.

Não considero ética a atitude.

Sempre parto do princípio de que o "bolo" é grande o suficiente para que possa ser repartido.

Dessa forma, o ideal no meu ponto de vista seria participar ao empregador sobre qual percentual ganharia sobre os honorários, caso angariasse clientes para a carteira do escritório, levando em conta que este já têm uma estrutura montada.

Numa eventual dissolução, poderia deixar claro que havendo interesse do cliente, levaria a contabilidade contigo.

Dessa forma, a transparência e fidelidade sempre terão peso maior ante a omissão, que mais cedo ou mais tarde, acabará descoberta.

Para bons profissionais, a parceria é hoje uma realidade em escritórios de contabilidade.

Att
Hugo.

Hugo Ribeiro - Cristalina Goiás
[email protected]
FERNANDA SANTOS

Fernanda Santos

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 16 agosto 2011 | 15:16

Concordo com os Sr Hugo. Vale lembrar, conforme afirma o capítulo IV do Código de Ética Profissional do Contabilista: Art. 9º – A conduta do Contabilista com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe.

NELSON DOMINGOS DA SILVA NETO

Nelson Domingos da Silva Neto

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 16 agosto 2011 | 15:31

Também concordo com o Hugo, deveria haver um acordo entre ambas as partes, pois teria que analisar a oportunidade assim dada pelo empregador, uma situação diferente seria se vc trabalhasse uma empresa como contador dela e conseguisse outras empresas de pequeno porte, sem atrapalhar a principal.

Abraços a todos

Nelson Domingos
Contador


"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
Chico Xavier...
GILBERTO OLGADO
Consultor Especial

Gilberto Olgado

Consultor Especial , Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 17 agosto 2011 | 09:42

Bom dia à todos !

Ser anti-ético seria abrir o escritório sem que o empregador soubesse, você deve participar à ele dizendo das suas intenções e que não irá prejudicar o escritório e nem atrapalhar ser trabalho, mas isso ele precisa concordar ou não, é de seu livre arbítrio.

A ética parte do princípio da transparência, da conduta do profissional respeitando os colegas de trabalho.

Neste seu caso, você já tem um compromisso de trabalho que merece respeito e sua conduta deve ser de não interferir ou prejudicar seu empregador.

Havendo respeito e confiança de ambas as partes, cada um respeitando o trabalho do outro e os clientes, sem que haja assédio por por ambas as partes, não há o menor problema.

À partir do momento que ambas as partes conversarem e concordarem que um trabalho pode atrapalhar o outro, deve haver o concenso e você deve escolher qual caminho à seguir.

A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração...
" VIVA INTENSAMENTE CADA MINUTO "
Thiago de Souza Oliveira

Thiago de Souza Oliveira

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 12 anos Quarta-Feira | 17 agosto 2011 | 11:21

Só acredito que seria anti-ético, a partir do momento em que você começar a "puxar" clientes do seu empregador... Se sua carteira de clientes for distinta da do seu empregador, acredito que não há falta de ética, já que são negócios totalmente paralelos, apesar de ser a mesma atividade...

É algo para se pensar...

Um Abraço a todos...

clodoaldo ferraz ramiro

Clodoaldo Ferraz Ramiro

Bronze DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Segunda-Feira | 29 agosto 2011 | 11:16

Bom dia, caros colegas !!!

Faço minhas as colocações do nobre colega Hugo Ribeiro, de forma inteligente tem contribuido para o conhecimento de todos os participantes deste forum ... Parabéns à todos.

Andre Luis de Carvalho Bittencourt

Andre Luis de Carvalho Bittencourt

Bronze DIVISÃO 4, Auditor(a)
há 12 anos Terça-Feira | 6 setembro 2011 | 11:45

A habitualidade na negociação que importe atos de concorrência desleal ao empregador se configura em motivo para a dispensa por justa causa.

Para prevenir atos desta natureza é importante que o empregador insira uma cláusula de confidencialidade e não concorrência nos contratos de trabalho.

A manutenção de escritório com as mesmas atividades, sem o conhecimento do empregador poderá ensejar a despedida.

Também, por parte do empregador, as providências devem ser adotadas tão logo tenha conhecimento da ocorrência, como advertência por escrito e suspensão.

Abaixo texto acerca do tema:

O Tribunal Superior do Trabalho (TST), com base no artigo 482, alínea "c", da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) , restabeleceu a dispensa por justa causa de um ex-gerente da companhia. O caso consta na página do TST na internet.

Segundo o ministro Brito Pereira, relator da questão na SDI-1, o empregado que, sem o conhecimento patronal, passa a atuar no mesmo ramo de atividade, incorre na previsão do artigo da CLT sobre a irregularidade, não sendo necessária, inclusive, a comprovação de efetivo prejuízo da empresa para a caracterização da justa causa.

"Basta o prejuízo em potencial que decorre da possibilidade de o empregado desviar clientes da empresa em que trabalha para aquela da qual é titular", afirmou Brito Pereira.

A posição adotada pelo TST decorre do reconhecimento da confiança entre patrão e empregado como elemento indispensável do contrato de trabalho. No momento em que o trabalhador passa a ser concorrente do empregador, explica o ministro, ocorre a perda de confiança, que autoriza o desligamento por justa causa.

Alan Nascimento

Alan Nascimento

Bronze DIVISÃO 3, Analista Financeiro
há 12 anos Sexta-Feira | 18 maio 2012 | 13:40

Caro Tiago, de fato não é anti ético, pois acredito que o sol brilhe à todos.
Uma situação a ser avaliada é que deve haver um motivo realmente importante para que ele queira abrir o seu escritório, seja ele por uma futura independência ou talvez por melhores condições de trabalho,realização de uma sonho, ou até mesmo por salário.
Tudo isso sendo avaliado o empregador poderá compor talvez uma proposta de melhorias ao colaborador caso queira que o mesmo continue na empresa, pois nem sempre o empregador nota que o profissional está descontente com o ambiente ou com a remuneração.
Após avaliado o motivo pelas partes, sendo em caso de realização pessoal e profissional do funcionário nada mais justo - caso o funcionário seja muito bom - que o patrão o apoie em sua decisão, pois se ele tem o escritório dele foi porque um dia ele atuava em um quando pensou em abri-lo. Caso alguém tenha apoiado-o e hora de retribuir a alguém e caso não tenha tido apoio sabe o quanto teria sido bom uma ajuda de seu antigo chefe, ou pelo menos a aprovação.

ANDREIA FERREIRA DE BARROS GOMES

Andreia Ferreira de Barros Gomes

Bronze DIVISÃO 4, Contador(a)
há 12 anos Sexta-Feira | 18 maio 2012 | 13:58

Eu não acho anti-ético, por que eu tenho um escritório meu e trabalho em outro.Eu sei muito bem dividir as coisas.Não peguei e nem pretendo pegar nenhum cliente do escritório que trabalho, pois os meus clientes eu consigo sem atrapalhar o do escritório que trabalho.

Rogerio de Souza Santos

Rogerio de Souza Santos

Ouro DIVISÃO 1, Técnico Contabilidade
há 12 anos Segunda-Feira | 21 maio 2012 | 09:15

Andreia,

Eu concordo com você, desde que você dê conta e não faça concorrência desleal com os seus colegas; resumindo, desde que não prejudique seus colegas. Eu penso que esta sua fase é provisória, no futuro talvez você não precise, não dê conta ou não queira mais trabalhar nos dois locais.

Felicidades e um abraço,

Rogerio de Souza Santos
Irismendes de Jesus Oliveira

Irismendes de Jesus Oliveira

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 12 anos Segunda-Feira | 21 maio 2012 | 19:32

Tenho amigos que fizeram o seguinte entraram de socio no escritorio em que trabalhavam, assim os mesmos aproveitaram a estrutura que ja tinha no escritorio, hoje dividem os lucros de acordo com as cotas de cada um e tão se dando muito bem. acho que vc deveria fazer o mesmo.

luiz sergio da silva

Luiz Sergio da Silva

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 12 anos Segunda-Feira | 21 maio 2012 | 20:20

Caro Tiago
Na minha opinião, não ha nada melhor que um bom diálogo, acridito que de uma forma ou outra os clientes do empregado vão tomar algum tempo no horario comercial e a produtividade não será a mesma, pois, todos sabemos das responsabilides que caem sobre nós são grandes e vai chegar um hora que não vai dar mais para conciliar os dois serviços.
Espero ter ajudado.

LUIZ SERGIO DA SILVA
CONTADOR
PONTA GROSSA - PARANA
Marcos A. Canavezzi
Articulista

Marcos A. Canavezzi

Articulista , Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 22 maio 2012 | 10:47

Saudações,

Assunto antiguinho, mas me chama a a atenção a decisão do TST colocada logo acima. É tipico das empresas tomar o empregado como coisa ou posse remontando aos tempos da cultura escravista do período colonial e imperial do Brasil. A alínea C do artigo 482 da CLT, é bem retrato dessa cultura horrenda e arcaica. É como se a vida particular dos empregados fosse da conta do empregador. Chocante!
Todos sabemos que a CLT fora promulgada poucas décadas depois da Libertação do Escravos, muito pouco tempo decorrido para se mudar o caldo cultural empresarial daquele tempo. Essa falhas da CLT perduram até hoje e abrangem vários campos do comportamento social, como a ética que é questão desse post.
Não é antiético abrir um escritório nas horas vagas. Antiético é atacar os clientes do escritório onde se trabalha e essa é materialidade que, salvo melhor juízo, falta nessa decisão do TST. Moramos em um País livre e democrático e os modelos de parcerias citadas aqui, além de salutares, tornam letra morta a alínea C do artigo 482. Se for para um contador impedir um outro de explorar a atividade ou ramificações da ativide é melhor que se jogue o Código de Ética do Contablista e a CLT no lixo.





Visitante não registrado

Iniciante DIVISÃO 1
há 12 anos Terça-Feira | 22 maio 2012 | 10:58

Olá,

Se me permite uma sugestão: eu faria umas declarações e pegaria uns clientes novos, principalmente amigos, ou indicados por amigos, assim não teria problemas com o empregador, a partir disso, se você sentir necessidade de abrir um escritório e se desvincular do emprego, será algo natural, faz parte da evolução do profissional, como alguns colegas citaram, tem espaço pra todo mundo, sendo bom então, não faltará com certeza.

Boa sorte,
abraço!

Marcos Vinicius Araujo Moura Silva

Marcos Vinicius Araujo Moura Silva

Ouro DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 22 maio 2012 | 11:02

Concordo plenamente com o Celso, um empregado que adquira clientes indenpendes do escritorio não tem problema algum, é claro que desde que os "serviços extras" não interfiram na produção do escritorios.

VALDEIR FERREIRA REZENDE

Valdeir Ferreira Rezende

Iniciante DIVISÃO 5, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 22 maio 2012 | 11:40

Se você trabalha em um escritório de contabilidade (tem o registro no CRC) e está conseguindo angariar clientes, o ideal é sair e abrir o seu próprio escritório ou também, aproveitar de sua experiência e influência junto ao seu empregador e propor uma parceria.

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