Venda de Bens socio x Bens empresa

Bom dia amigos!Preciso de ajuda para solucionar a seguinte situação:
Uma entidade religiosa utilizou durante 05 anos o veículo comprado por ela porém que esta em nome do dirigente, não tendo sido transferido para o nome da entidade. Ocorre q por muitos problemas com o veiculo a entidade vendeu a terceiros este veículo e comprou um semi-novo do próprio dirigente da entidade e o pagamento sera feito da seguinte forma: entrada R$ 27.000,00 (venda do veiculo antigo) + R$ 20.000,00 (saque da c/c da entidade) + 12 parcelas de R$ 1.500,00. Como a transação foi feita entre a entidade e seu dirigente não há nota fiscal. No livro diario do tesoureiro só foram lançadas as despesas com o veiculo. Não foi integralizado o bem, nem houve depreciação do mesmo. Pode ser feito um recibo descrevendo esta situação? Ele terá efeito legal e contábil? E o lancamentos? Podem ser feitos lancamentos na data atual para corrigir o que já aconteceu?

Bom dia,

Angelita o principio da entidade não permite isso.

Então vamos lá:

O veiculo tinha que constar na entidade e sofrer as depreciações devidas mensalmente, para apuracão de valor de mercado como para essa finalidade da venda, onde apuraria o ganho ou a perda de capital.

Vc terá que pegar a NF de compra do primeiro veiculo, gerar a depreciação ate a data da venda e apurar o valor de mercado, se der mais de 27.000,00 q foi o valor vendido terá que pagar IR sobre a diferença, pois houve ganho de capital, se der menor não ha necessidade de pagar o IR pois deu perda de capital.

Quando a documentação legal sera a transferência do documento feito junto ao Detran, podendo ser contabilizado por ele.

Depois disso feito fazer os lancamentos devido de acordo o recibo dando entrada no imobilizado e gerando mensalmente as depreciações.

Espero ter ajudado qualquer duvida pensaremos juntos.

Sds.

Boa tarde Angelita.

Como o amigo Patrick citou isso não pode ser feito pois o carro poderia estar sendo usado pela igreja, mas era do dono.

Pelo que entendi, corrija se estiver errado, a igreja comprou um carro no nome do dirigente e pagou com o dinheiro da mesma e vendeu o carro do dono da igreja e recebeu este valor em seu caixa.

Sendo assim o que teriamos:

Pela venda do 1º veículo:

D - Banco (AC)
C - Empréstimo de sócio (PNC)
Vr - 27.000,00

Pela compra do veiculo

D - Empréstimo a sócio (ANC)
C - Banco
Vr - 47.000,00 (27.000,00 + 20.000)

Baixa do empréstimo

D - Empréstimo de Sócio (PNC)
C - Empréstimo a sócio (ANC)
Vr - 27.000,00

Pelos pagamentos das parcelas (mês a mês)

D - Empréstimo a sócio (ANC)
C - Banco
Vr - 1500,00

Nota-se que ao final é obrigação do sócio restituir a igreja a diferença deste valor caso contrário pode-se dar impressão que o mesmo está retirando dinheiro da entidade que como é sem fins lucrativos não pode distribuir lucros.

Eu sugiro aumentar o valor que o mesmo recebe de pro labore ( o valor que geralmente o sócio nas empresas comerciais ganham, desconheço o nome nas entidades sfl) e ir abatendo mês a mes este valor. logicamente deve ser feita a provisão na folha e o recolhimento dos impostos.

Vamos supor que ele recebia R$ 1000,00 e vosces aumentaram para R$ 2000,00 para poder ir pagando:

D - pro labore (ou o nome que se usa nas entidades sfl)
C - Pro labore a receber
Vr - 2000,00

D - INSS (CR)
C - INSS a recolher (PC)
Vr - % sobre a folha

D - Pro labore a receber
C - Inss a recolher
Vr - % da folha vamos supor que seja 220,00

D - Pro labore a receber
C - IRRF a recolher
Vr - % da folha vamos supor que seja 50,00

Então você terá o liquido a pagar de R$ 1730,00

Vamos colocar um desconto de R$ 500,00 por mês

D - Pro labore a receber
C - Empréstimo a sócio
Vr - 500,00

Saudações

Patrick / Paulo, desde já agradeço pelas orientações fornecidas.
Paulo, realmente o veículo foi comprado com o dinheiro da entidade mas não foi transferido para ela. Recentemente foi vendido e o dinheiro depositado na conta do dono (o dirigente). Agora a entidade vai comprar um outro veículo, sendo que deste o dirigente também é proprietário, e como o dinheiro que será utilizado na compra já está na conta do vendedor (dirigente) este valor já seria utilizado nesta aquisição sem ter que ser transferido para a conta da entidade.