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Dica: como se preparar p/ uma negociação salarial

Alan Nascimento

Alan Nascimento

Bronze DIVISÃO 3, Analista Financeiro
há 12 anos Sexta-Feira | 11 maio 2012 | 09:10

Encontrei este texto num site parceiro e acredito que seja interessante compartilha-lo.


A partir de meus estudos, observei que a negociação salarial não é um processo tão difícil, como muitos pensam, porém, é uma tarefa delicada, que exige do negociador, primeiramente, a certificação de que o mesmo merece o salário almejado e a devida preparação para o processo negocial.[/font][/color]
Segundo Clarissa Janini, Assessora de Comunicação no Museu da Imagem e do Som, (Fonte: Empregos.com.br) "Na hora de [...] solicitar um aumento da remuneração é importante saber se comunicar e administrar as emoções", completa com a citação de Sílvio Celestino, consultor e coach em marketing pessoal, "A pessoa deve transmitir firmeza e preparo. Para isso, deve estudar muito bem a situação antes de agir".

Mario Fagundes, gerente de pesquisa salarial da Catho (Fonte: Universia Brasil, 2011), considera a necessidade de estar preparado para receber uma resposta negativa. "Não há como forçar a chefia a te dar aumento. Se insistir muito, pode, inclusive, azedar o relacionamento com o gestor." O "NÃO" não deve ser aceito como sinal de desistência, o importante é ouvir os motivos que o trouxeram. É a hora de questionar o que é necessário que se faça para obter o aumento esperado e renovar as metas para uma próxima oportunidade. "Com a resposta, vá em busca dele".

É fundamental que, antes de pedir o aumento, você esteja preparado para o processo negocial, para que possa argumentar com ética o "NÃO" que lhe foi dado como resposta. Mas, para isso, é necessário que se planeje a negociação e se prepare para a mesma. Tentar aprender o estilo de negociação de seu chefe, antes do processo negocial, também contribui muito para bons resultados.
A primeira etapa do planejamento consiste em escolher o melhor momento para realizar a negociação. Normalmente, as empresas estabelecem um parâmetro de um ano para avaliar os casos. Você deve ser coerente e só requerer um aumento após o tempo mínimo de empresa ou após um ano do último aumento que lhe foi concedido.
Para Neusa Mendel, professora da pós-graduação de Gestão Estratégica de Pessoas da PUCRS - Pontifíca Universidade Católica do Rio Grande do Sul - (Fonte: Universia Brasil, 2011), é primordial observar a
situação econômica e financeira da empresa. O 'não' já estará garantido se o profissional ignorar os déficits do semestre ou a perda de um grande projeto. O melhor momento para bater na porta do chefe é quando a equipe atingiu as metas ou quando o setor está planejando o orçamento do anual. Levar em consideração o humor do empregador também pode ser uma sábia decisão.
Antes que bata na porta do seu gestor para pedir um aumento, é necessário que defina o quanto espera receber a mais. Seja coerente, também, no valor do aumento. Realize uma pesquisa salarial no mercado. É importante que as empresas pesquisadas sejam compatíveis (segmento, ramo de atividade, porte, localização etc.) com a empresa em que trabalha. Vale ressaltar que, de acordo com o art. 457 da CLT, salário: "é a contraprestação dos serviços prestados pelo empregado, devida e paga diretamente pelo empregador. De uma forma concisa, salário é todo valor pago ao empregado, pelo empregador, por exemplo: salário básico, percentagens, comissões, gratificações, abonos etc.".
Para que a negociação seja bem sucedida, é preciso que você venda, adequadamente, sua força de trabalho. Aumentar seu salário deve ser um bom negócio também para a empresa. É a hora de descobrir qual a maneira de fazer com que sua proposta gere valor agregado para a organização e investir no marketing pessoal. "Negociar por negociar pode não te levar a lugar algum. Precisa haver vantagens para a empresa, também", aponta CELESTINO, citado por JANINI (Fonte: Empregos.com.br).
Muitos cuidados devem ser tomados antes, durante e após o processo negocial, atitudes equivocadas podem eliminar as chances do aumento.
Sônia Helena, professora de Administração de Recursos Humanos da Faculdade de Administração da FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado – (Fonte: Universia Brasil, 2011), aponta a importância de não propagar a intenção (pedido e resultado da negociação) aos colegas de trabalho. "Propagar sua intenção pela empresa só tende a diminuir as chances da conquista do tão esperado aumento. A reivindicação deve ser feita única e exclusivamente ao profissional que tem o poder de decisão. Caso contrário, sua história pode fazer parte de um grande telefone sem fio terminando com uma versão distorcida nos ouvidos do gestor que se armará para negar o pedido".
Além do que, se a notícia do aumento se espalhar pela organização poderá mobilizar os demais colegas de trabalho e colocar em risco suas conquistas salariais.
O mercado de trabalho está mais favorável a quem contrata, que a quem procura. Enquanto um indivíduo ocupa uma vaga, outros dez aguardam por ela. Ultimatos, ameaças, pressão ao gestor não facilitam a negociação, pelo contrário, só tende a atrapalhá-la. Devemos ser éticos. Jorge Pinho, professor de Administração da Universidade de Brasília (Fonte: Universia Brasil, 2011), salienta a importância dessa conduta, "o blefe na hora da negociação pode colocar tudo a perder: o aumento e, inclusive, o emprego. Ao dizer que recebeu uma proposta bem melhor em outra empresa, você se arrisca a ouvir 'boa sorte' [...] ouça para ser ouvido".
"Responsabilidade e qualidade são fundamentais, independentes do cargo ocupado e do salário recebido." (AMAD, professor de Recursos Humanos da FGVSP - Fundação Getúlio Vargas de São Paulo - Fonte: Universia Brasil, 2011). Esses elementos não são diferenciais, são condições, regras básicas para jogar e não para ganhar. Abomine argumentos superficiais, pois os mesmos comprometem sua imagem diante do gestor.
"Não serão suas necessidades financeiras pessoais que irão convencer seu chefe a te dar um aumento salarial. [...] Não é o que você precisa que vai determinar o aumento e sim o que você, como profissional, merece." (ALVES, professora de Gestão de Pessoas e coordenadora do CBA, Curso de Pós-graduação Lato Sensu para jovens profissionais e empreendedores, do IBMEC-Rio - Fonte: Universia Brasil, 2011).
Lílian Graziano, coordenadora do MBA em Gestão de Pessoas da Trevisan Escola de Negócios, aconselha não basear o argumento do aumento salarial na remuneração dos colegas de trabalho. Além de ser uma conduta antiética, os salários devem ser sigilosos. Essa postura, nada profissional, faz com que o pedido se transforme em fofoca ou queixa. "Mas se o seu salário está defasado em relação aos demais profissionais que ocupam o mesmo cargo e desempenham as mesmas atividades que você, o ideal é informar o seu superior, sem citar nomes", completa.
"Há apenas dois fatores para justificar um aumento salarial: mérito ou promoção. Conheça as políticas internas da sua empresa, verifique quais são suas oportunidades e busque alcançá-las." (DOMINGUES, diretor de Recursos Humanos da International Paper - Fonte: Universia Brasil, 2011).
Pode ser que o aumento esperado seja impossível de ser concedido, mas, talvez haja vantagens, como jornada de trabalho reduzida, um período extra de férias, pagamento de determinadas despesas etc., que também valem dinheiro. Essas vantagens são mais baratas para o empregador e, por isso, mais fáceis de serem concedidas.
Se ainda assim nenhuma mudança ocorrer, aceite as razões do seu chefe. Ao terminar a conversa, evidencie, de forma discreta, seu desapontamento, demonstre a sua insatisfação e deixe que seu chefe pense no quanto você fará falta dentro da organização caso perca o estímulo ou procure outro emprego. Se você é, realmente, o bom funcionário que acredita ser, ele ponderará sua reivindicação e, talvez, até o chame para uma nova negociação. E, dessa vez, a iniciativa será dele.
"Maleabilidade é uma qualidade importante, e quem sabe recuar pode vencer mais adiante" (CASE e BOTELHO, trecho retirado do livro "Gerenciamento da carreira do executivo brasileiro: uma ciência exata", Fonte: Negociação Salarial / Portal Carreira & Sucesso / catho.com.br).
Por: Lidiane Márcia Pires Leopoldino
Retirado do site: www.administradores.com.br (acesso 11.05.2012)

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