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FÓRUM CONTÁBEIS

LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS

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Peço humildemente orientação a respeito do melhor modelo empresarial para mim

Lucas

Lucas

Iniciante DIVISÃO 1, Administrador(a)
há 3 anos Quarta-Feira | 19 agosto 2020 | 17:10

Uma boa tarde a todos os membros deste fórum. Sou um jovem de 23 anos formado em Administração e gostaria de saber a visão sobre vocês sobre qual é a melhor opção para mim. A minha situação é a seguinte:

Atualmente estou contratado via CLT como Auxiliar Administrativo em uma empresa.
Eu pretendo (e já estou em negociação com a empresa) a partir do ano que vem mudar a minha forma de "contratação". Eu gostaria de ter um CNPJ e ser contatado pela empresa simplesmente como alguém que presta "serviços administrativos" para essa empresa. Minhas funções e responsabilidades seriam essencialmente as mesmas que já exerço hoje.  Dessa forma, eu poderia ter mais flexibilidade de horários, poderia receber um valor mensal líquido maior do que pela CLT e poder também ter a liberdade de dentro desse mesmo CNPJ, ministrar cursos/dar aulas de forma geral.

Tenho pesquisado a respeito das possibilidades. Foi sugerido a mim o MEI, mas pelo que vi não teria algo abrangente nesse nível. Existe a categoria de Professor Particular Independente (CNAE 8599-6/99) que serviria para a parte dos cursos, mas não para o meu atual emprego. Então até onde eu sei não daria certo por MEI, correto?

Além disso, vi também sobre ser um "EI" (Empreendedor Individual). O que aumentaria minhas possibilidades de "categorizar" a empresa. Eu poderia usar, por exemplo, o CNAE 7020-4/00 (Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica) ou o CNAE 8211-3/00 (Serviços combinados de escritório e apoio administrativo). Creio que ambos poderiam englobar o que eu faço no meu emprego CLT hoje e aí eu poderia juntar com o CNAE de professor e então ter uma empresa que englobe tudo. Está correto esse meu raciocínio?

Apenas umas informações adicionais:
-Nesse novo modelo de contratação no meu atual emprego, eu estaria recebendo anualmente de R$36.000 a R$42.000 aproximadamente. (Digo isso pelas questões de limite de receita para cada modalidade. Vocês sabem isso melhor do que eu. Nos cursos, a receita não deve ser maior do que essa.)
-Minha ideia é a partir disso, arrumar um lugar para morar de aluguel (atualmente moro com meus pais) e então colocar despesas de vida (como aluguel, energia, água, internet, celular) como despesas da empresa (que sou apenas eu), de forma a manter o lucro final da empresa baixo e pagar menos impostos. Faz sentido isso?
-Eu também retiraria para minha conta bancária de pessoa física um "pró-labore" para eventuais despesas pessoais e para investimentos.

Dentro desse quebra-cabeça todo, gostaria de saber qual é a melhor modalidade para mim. Agradeço a todos que lerem e puderem me ajudar de alguma forma.

P.S. Pesquisei também sobre o RPA.. Seria uma opção viável?

DIEGO RUDEK

Diego Rudek

Prata DIVISÃO 4, Contador(a)
há 3 anos Quinta-Feira | 20 agosto 2020 | 15:22

Jovem, fica tranquilo! Vou lhe ajudar a entender.

Na forma do MEI, poderia ser enquadrado como:
CNAE - DIGITADOR(A) INDEPENDENTE 8219-9/99;
Descrição: PREPARAÇÃO DE DOCUMENTOS E SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO ADMINISTRATIVO NÃO ESPECIFICADOS  ANTERIORMENTE, más recomendo uma consulta via concla para maiores esclarecimentos visto que eles fazem o enquadramento jurídico das atividades, por meio do @Oculto.

Más aqui há de se cuidar com três elementos, sendo: Subordinação, Habitualidade e Pessoalidade. Os três elementos configuram vinculo empregatício quando olhamos a regras previdenciárias. Existe uma breche que são para os profissionais como cabeleireiros e manicures, conhecidos como salão parceiro. Más é uma exceção a regra.

Veja, quando falamos de um empresario individual, poderá pedir já que você tem o intuito bacana de sair de casa, fazer a coisa certa! encaminhar e-mail ao concla para enquadrar esse suporte administrativo que você fara e assim termos um direcionamento para tributação e constituição da pj.

Mas antecipo que deverá cuidar com a atividade de serviço pois algumas delas estarão sujeitas ao fator r que coloca a sua alíquota la em cima por conta de não ter uma folha de salários alta, e um critério inversamente proporcional que a legislação trouxe consigo.
Então eu ponderaria simplesmente o que irei fazer de forma a não onerar a tributação. Conselho pessoal.

Nisto entraríamos numa esfera que todo empreendedor tem dificuldade em entender, que é o principio da entidade, ou seja, o que é da pessoa física é restrito a ela e o que é da jurídica é exclusivamente dela.
O patrimônio não deve se misturar assim como as despesas, isto pode implicar na recomposição do lucro por parte do sócio uma vez que a contabilidade tem o péssimo habito de martelar esse erro, gerando erro em cima erro.

A forma disto dar certo é fazer contabilidade regular para que o todo o lucro contábil seja distribuído de forma isenta a você quando encerrado o exercício social, ou ainda apos fazer um balanco intermediário mensalmente levantando lucro, conceder o resultado positivo a você de forma isenta. 

Quanto ao pro labore, não há que se falar, esta é uma opção facultada a você!

Qualquer coisa me chama inbox e te ajudo!



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