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O que fazer com cliente picareta?

Erich José Ribeiro Santos

Erich José Ribeiro Santos

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 10 anos Terça-Feira | 4 fevereiro 2014 | 15:50

Boa tarde,

Antes de expôr a minha dúvida, venho dizer que não sei se a sala está correta, então pus nesta por achar a mais adequada, me desculpem administradores se eu estiver errado...

Caros colegas,

Venho expôr uma situação que venho passando e gostaria de saber o que vocês fazem/fariam se ocorresse com vocês. A cerca de um mês estou fazendo os procedimentos de transformação de MEI para ME (Simples Nacional) para um empresário que desde o início aparentou ser suspeito, ele veio com os documentos da MEI, no caso o CCMEI e CNPJ, e reparei que ele trabalhava com cerca de 10 ramos de atividade, todos do ramo de comércio de materiais de construção (como em geral, elétrico, hidráulico, tintas, vidros, madeira, ferragens...), por bom senso se imaginaria uma loja no mínimo de pequeno porte e impossível de ser movimentada no MEI, mas até ai tudo bem, fizemos o procedimento todo de migração MEI para ME, Junta Comercial, Receita Federal, assim vai, e recebemos pelo serviço, logo ele veio pedindo vários tipos de comprovantes de renda, antes de movimentar a empresa, pois disse que precisava abrir conta em banco, lojas, e todos em valores de cerca de R$ 1700,00 - 2500,00. Outra coisa é que eles vieram de outra cidade, o empresário no caso é natural de MG (bem longe daqui) e um amigo dele veio de Franca - SP. Sobre o amigo dele, um dia veio dizendo que traria a contabilidade de uma "empresa" que ele possui em Franca - SP para nossa responsabilidade, e nessa ele estava com alguns documentos em mãos, como o Requerimento de Empresário desta empresa, e vi que ele possuía dois CPF, um com um nome e numeração e o outro com numeração e nome diferente, sendo isso legalmente impossível, ficou confirmado que os dois seriam possíveis "picaretas" que vieram a nossa cidade (pequena, no interior do Paraná), e estão de passagem para fazer empréstimos e compras a prazo em lojas, tudo em nome da empresa (que era MEI e passamos para o Simples) e em seguida sumir daqui e ir para outra onde provavelmente irão repetir o esquema.

Concluindo, eu gostaria de saber se isso pode acarretar algum problema para nós aqui do escritório, e aproveitar para saber o que fariam se identificassem possíveis clientes picaretas, se vocês possuem algum procedimento para selecionar e não pegar algum novo cliente que venha lhe dar dores de cabeça.

Aguardo a opinião de todos que visitarem o tópico, desde já agradeço a paciência em ler o texto todo e as respectivas respostas.

Atenciosamente, Erich José.

Luiz Carlos Behnke Junior

Luiz Carlos Behnke Junior

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 10 anos Terça-Feira | 4 fevereiro 2014 | 16:08

Melhor abrir um alerta na sua cidade e região contra esses cidadãos. Aqui na minha cidade um cidadão aplicou um golpe de aproximadamente 10 milhões de reais, onde vendia apartamentos e sequer conseguir alvará para inicio das obras, e possuia lojas de materiais de construção com preço muito abaixo do mercado, onde aceitava qualquer tipo de negociação (carro, quantia em dinheiro, como entrada de pagamento) e fugiu da cidade, após uns dias foi preso no interior de SP.

Tem também uma nova lei contra a corrupção e lavagem de dinheiro nº LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013 , segue o link. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm

Luiz Behnke

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O Sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo - Churchill
Erich José Ribeiro Santos

Erich José Ribeiro Santos

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 10 anos Terça-Feira | 4 fevereiro 2014 | 16:54

Boa tarde Luiz Carlos Behnke Junior,

Vou fazer uma leitura desta Lei, eu vi comentários sobre ela na TV semana passada, porém nada que fosse esclarecer meu caso kkk. Gostaria de saber se você tem algum método para "avaliar" um possível cliente para ver se ele realmente tem intenções ruins com a abertura da empresa.

E vou aproveitar para relatar um caso que ocorreu ano passado, onde passamos por algo parecido, um homem veio para abrir uma empresa individual porém no nome de sua mãe, que estava presente também, os dois diziam ser para comercializar embalagens em geral se não me falha a memória, desde o início desconfiamos deles, porém como não é ético recusar trabalho e não tem como saber a verdadeira intenção do empresário, fizemos a abertura e depois disso o sujeito não apareceu mais no escritório, passou alguns meses na cidade e até foram vistos andando de Amarok zero kkk e não se passou um ano os dois saíram da cidade.

Na minha opinião deveria existir algum tipo de banco de dados onde pudéssemos avaliar possíveis picaretas.

Atenciosamente.

Luiz Carlos Behnke Junior

Luiz Carlos Behnke Junior

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)
há 10 anos Terça-Feira | 4 fevereiro 2014 | 17:07

Pois é, complicado identificar quais são os clientes suspeitos.

Na situação descrita acima, favor buscar orientações com advogados, CRC, órgãos fiscalizadores para isentar a sua contabilidade de culpa.

Falow.

Luiz Behnke

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PETERSON

Peterson

Ouro DIVISÃO 2, Contador(a)
há 10 anos Terça-Feira | 4 fevereiro 2014 | 17:23

Erich José Ribeiro Santos

Boa tarde

Realmente a nossa situação é complicada em relação à postura dos "maus clientes".

Como a grande maioria de nossos clientes vem por indicação, isso de certa forma minimiza o risco, então o que eu recomendo a você é realmente buscar o histórico de cada cliente.

Recusar trabalho é ético sim, a propósito, é muito mais ético que executar um trabalho colocando-se em risco.

Att

Erich José Ribeiro Santos

Erich José Ribeiro Santos

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 10 anos Terça-Feira | 4 fevereiro 2014 | 19:47

Peterson de Souza Dal Col Luiz Carlos Behnke Junior,

Muito obrigado pela resposta de vocês e por terem exposto a opinião de cada um, cada vez mais vejo o potencial deste fórum para discutir assuntos e tirar dúvidas, que continuemos assim para cada vez mais melhorarmos em relação ao nosso trabalho.

Vou tentar buscar algumas respostas em umas destas fontes e vou alertar o contador com relação a buscarmos um histórico e referências de futuros clientes.

Tenham uma boa semana, abraço.

Atenciosamente, Erich José.

Phillipe Gambôa
Consultor Especial

Phillipe Gambôa

Consultor Especial , Gestor(a)
há 10 anos Quarta-Feira | 5 fevereiro 2014 | 09:18

Outro detalhe é não assine nenhum documento de comprovante de renda pra eles sem que eles provem a origem, nem relações de faturamento nem nada.

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Abertura, alterações e baixas em PE
Revisão de processos
Implantação de padronização em escritórios contábeis
Consultoria e assessoria empresarial
Auditoria para escritórios e gestão de processos internos
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Erich José Ribeiro Santos

Erich José Ribeiro Santos

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 10 anos Quarta-Feira | 5 fevereiro 2014 | 10:25

Phillipe Gambôa,

Sim, eles chegaram a pedir DECORE, DIRPF e holerite de retirada pró labore, porém não providenciamos nenhum por não haver comprovação da origem dos rendimentos.

Mesmo assim, muito obrigado pelo aviso.

PEDRO MICAEL DA SILVA ARAUJO

Pedro Micael da Silva Araujo

Prata DIVISÃO 1, Auxiliar Contabilidade
há 10 anos Quinta-Feira | 6 fevereiro 2014 | 11:44

Já passei por isso, estávamos colocando em ordem um CNPJ de quase 10 anos sem movimentação quando descobrimos, foi então que paramos o processo de regularização e entregamos a documentação para quem nos passou, é difícil identificar mais nós hoje em dia devemos desconfiar de muitos clientes, aparecem muitos casos de clientes que acertam a situação e somem no mundo, é preciso ter cuidado. Fizeram bem não ter dados o DECORE aos indivíduos.

Boa Sorte.

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