Renata Monteiro
Bom dia
Há interpretações para lançar em Ativo Intangivel mas essa decisão vai depender muito de como a empresa atua, segue um exemplo bem simples postado em no Fórum Concurceiros.
A resposta é: DEPENDE.
Vamos a um exemplo:
Suponha que uma pequena editora de livros didáticos (digamos, livros para concursos) começe a fazer propaganda em cursinhos, em sites especializados e a vender os seus livros por email.
Depois de algum tempo, a Editora tem uma carteira de clientes com 30.000 emails de concurseiros e pessoas interessadas em seus livros.
Ao lançar um novo livro, ela manda um email para a sua carteira e gera uma demanda razoável.
Sem dúvida, a lista de clientes aumenta o potencial de lucro da emrpesa.
Mas o goodwill gerado internamente não pode ser reconhecido, portanto, a carteira de clientes (a lista de emails) não gera nenhuma contabilização.
Eventuais gastos com a lista vão para despesa.
Os emails estão todos numa relação, sem nenhum tratamento.
Aí, a empresa contrata um programador, que põe em ordem os emails, cria um programa para classificá-los, e a editora passa a alugar a sua lista de emails para interessados.
Vamos supor que o custo para por em ordem a lista seja de 10.000. Este valor será contabilizado como ativo intangível.
E se a lista valer, digamos, 50.000? Fica contabilizada por 10.000, que foi o custo para organizá-la. O goodwill gerado internamente não deve ser reconhecido.
(Lembra do exemplo da marca da coca-cola? A marca vale milhões, mas vai para o intangível só o valor gasto com a renovação do registro).
Quando a empresa passa a alugar a lista, e a obter renda com isso, ela atende a condição de ser separável.
E a amortização? No caso, a vida útil é indefinida (alguns concurseiros são aprovados e abandonam a doce vida de estudante, outros começam a estudar), portanto a carteira de clientes vai se renovando e não tem prazo definido para acabar.
Assim, não deve ser amortizada.
Mas deverá ser submetido ao teste de recuperabilidade anualmente. Se o valor de uso ou o valor de mercado ficar menor que o valor contábil, a empresa deverá reconhecer uma perda.
O exemplo acima, aplicado à carteira de cliente, vale para os outros itens também.
Heloisa Motoki