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TRIBUTOS FEDERAIS

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Desoneração de Folha - Empresas de transporte de passageiros

Gabriel Siqueira

Gabriel Siqueira

Iniciante DIVISÃO 2, Escriturário(a)
há 5 anos Sexta-Feira | 1 março 2019 | 18:33

Boa tarde,

Sou tomador de um serviço de transporte de passageiros. Sabemos que quando é feito o cálculo de recolhimento de INSS para esse serviço, a base de cálculo é 11% sobre 30% do valor bruto da Nota Fiscal.

A minha dúvida é a seguinte, a Empresa prestadora se enquadra na Desoneração da Folha. Na Lei 12.456/2011 (Desoneração da Folha), no Art. 7, Inciso III, parágrafo 6º, a alíquota de 3,5% será sobre o valor integral da Nota Fiscal.

A empresa diz que tenho que utilizar 3,5% sobre 30% do valor bruto, porém a lei fala para utilizar sobre o valor integral.
Devo recolher 3,5% sobre o valor bruto ou sobre a base de cálculo de 30% da nota fiscal?

Douglas Jr.

Douglas Jr.

Prata DIVISÃO 4, Analista Fiscal
há 5 anos Domingo | 3 março 2019 | 16:03

As empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional, enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.2, enquadram-se na regra da desoneração por força do artigo 7º, inciso III, da Lei nº 12.546/2011, podendo optar pela regra a partir de 01.12.2015 até 31.12.2020, conforme limitou a Lei nº 13.670/2018), com o recolhimento de 2% sobre a receita bruta (artigo 7º da Lei nº 12.546/2011, com redação dada pela Lei nº 13.202/2015) em substituição ao percentual de 20% sobre a folha de pagamento.

Esta opção de tributação deverá ser manifestada mediante o pagamento da CPRB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta) relativa a janeiro de cada ano, e será irretratável para todo o ano-calendário. Para o ano de 2015, a opção será manifestada mediante recolhimento da CPRB relativa a dezembro/2015, conforme expresso no artigo 1º, § 6º, da IN RFB nº 1.436/2013.

A legislação enquadra esta atividade mencionando o código CNAE. As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento na CNAE deverão considerar apenas o código CNAE relativo à sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada, não lhes sendo aplicada a regra da proporcionalidade em caso de ter receita de mais de um CNAE. Assim, a base de cálculo da CPRB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta) será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades, conforme o artigo 9°, §§ 9º e 10, da Lei nº 12.546/2011, incluídos pela Lei nº 12.844/2013.

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