SPED Contabil

Bom Dia Pessoal,

Tivemos uma transferencia de uma empresa do Lucro Real no mes 07/2010 para o nosso escritório e acontece que estamos a um ano esperando os dados da contabilidade do antigo escritório e sequer o numero do último livro diário repassaram. A empresa agora que resolveu entrar com um processo para solicitar judicialmente a documentação, isso porque o dono é contador e advogado. Pergunto a vocês. Como transmito o SPED de 07 a 12/2010 ? A responsabilidade até o mes 06/2010 é do antigo escritório?

Obrigado

Francinei:

Fazer o SPED/FCont/DIPJ de 07 a 12/2010 nem pensar.

Ou vai ter que fazer novamente a contabilidade até 06/2010, ou vai ter que aguardar o outro escritório apresentar-lhe os dados, e a empresa terá que pagar eventual multa de atraso. Essa multa acho que poderá cobrar do antigo escritório no processo judicial que está abrindo

A Receita Federal não reconhece esses casos para prorrogar prazo, ou isentar multa de atraso nas Obrigações. Apenas dá alternativa de tributar no Lucro Arbitrário, quando não tem documentos/apurações.

Agora eu que lhe pergunto: como fez a sequência Julho-Dez/2010, sem os saldos até 06/2010? Com base em algum balancete do antigo escritório? Complicada essa transferência heim? Boa Sorte!

Obrigado Marco pela resposta

Quando ao restante da contabilidade realmente não tenho nada fechado, apenas apurei oo lucros por redução/suspensão me embasando na documentação apresentada.

Boa tarde Francinei,

Não ter nada "fechado" e apurar os lucros com base em Balanços de Redução ou Suspensão é completamente desaconselhável, pois levantá-los sem o respaldo dos registros contábeis - principalmente quando se trata de pessoas juridicas tributadas pelo Lucro Real - significa aumentar consideravelmente o risco fiscal.

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Concordo plenamente com seu conceito SAULO, é uma situação delicada, a empresa simplesmente quer pagar os impostos mas não se prontifica a axigir sua documentação e o contador antigo se nega a entregar, e o pior que não é por falta de pagamento de honorários ou coisa parecida, mas sim por incompetencia que não ter nada. Só pra ter idéia o cara mandava as DIPJ(s) como sem moviemtno. Estou chegando a conclusão que o melhor seria mandar a empresa embora.

Já me convenci que ser honesto e correto neste país é sinônimo de ser trouxa, sentindo-me até isolado em determinadas situações. Vide em diversos momentos os descasos dos diversos Órgãos Públicos (Receita Federal, Secretarias das Fazendas Estaduais, INSS, etc..etc..) nas rotinas que nos são impostas sem o mínimo de condições para seu cumprimento.
A observação do colega Saulo é pertinente e extremamente provida do que deveria ser a conduta normal e ideal da profissão.
A tua conclusão (Francinei) de encerrar a Prestação de Serviço seria lógica e correta se fosse unanime. Mas na primeira esquina, a empresa teria outro "profissional" para atende-la, e talvez seja por isso que ela (empresa) não se emprenhe em resolver definitivamente a questão, "empurrando a situação com a barriga", ou transferindo o problema para o profissional responsável.
Eu faria uma comunicação escrita, informando detalhamente a situação e espondo todos os riscos envolvidos, para não ser responsabilizado futuramente, ouvindo aquele famoso "meu contador não me falou nada".
E vamos tocando a vida como se pode ou como nos deixam.
Abraços.

Boa noite Venâncio,

Sua lógica é absolutamente inquestionável e eu comungo plenamente de sua (se posso assim dizer) revolta!

Entretanto você há de comigo convir que se não fizermos nada, se preferirmos continuar responsáveis pela contabilidade daquela empresa que "teima em continuar errada porque lhe custa menos" estaremos - com vistas a não perdermos o cliente - fomentando aquilo que hoje condenamos. E então, a situação irá piorar com velocidade assustadora.

A despeito do indubitável descaso dos Órgãos arrecadadores mencionado por você, aos poucos, vagarosamente, este pessoal que hoje troca a quantidade pela qualidade, que se "encolhe" na teoria e prática do "não cobrar e não fazer" vai acabar restringindo sua carteira de clientes a poucos que atrasam ou não pagam os impostos e (pior) os honorários.

A exposição (por escrito) dos erros encontrados e a permanência neles serve de prova contra o contabilista que não poderá dizer que não sabia do ocorrido. Sabia, comunicou e ainda assim continuou fazendo errado, ou seja, só funciona se você comunicar e se negar a continuar os serviços se não forem atendidas as correções pleiteadas.

Afora tais considerações, repito, comungo plenamente de sua revolta que hoje (menos mal) não é só nossa

Nota
Nós dois sabemos que aos quarenta e oito anos, nada o convencerá "que ser honesto e correto neste país é sinônimo de ser trouxa," mesmo que não raro tenha prova disto. Você tem índole e a opinião formada, tudo não deve passar de válido, inevitável, compeensível e justificado desabafo.

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