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IPI/Importação e Exportação

Instrução Normativa SRF 680/2006

09/10/2006 08:45:28

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 680 SRF, DE 2-10-2006
(DO-U DE 5-10-2006)

IMPORTAÇÃO
ADMISSÃO TEMPORÁRIA
Bem de Caráter Cultural
DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO
Registro
DEPÓSITO AFIANÇADO – REGIME ADUANEIRO
ESPECIAL DE ENTREPOSTO INDUSTRIAL SOB
CONTROLE INFORMATIZADO – REC
Alteração
DESPACHO ADUANEIRO
Expresso – Normas – Sem Descarregar
GRANÉIS
Despacho Aduaneiro sem Descarregar
SISTEMA INTEGRADO DO COMÉRCIO
EXTERIOR – SISCOMEX
Taxa de Utilização – Utilização
TRÂNSITO ADUANEIRO
Responsabilidade do Transportador

Consolida normas para Despacho Aduaneiro de mercadoria importada a título definitivo ou não, através do SISCOMEX.
Revogação de diversas Instruções Normativas SRF.

DESTAQUES

• Pode ser autorizado o despacho aduaneiro de importação de granéis e de mercadorias das posições 8701, 8702, 8703, 8704, 8705 e 8706 da NCM, sem que haja a sua descarga, desde que transportados por via marítima fluvial ou lacustre
• DI deve ser formulada pelo importador através do SISCOMEX
• Serão anexados à DI o Conhecimento de Carga, Fatura Comercial e o Romaneio de Carga, com exceção das hipóteses mencionadas no artigo 18
• A verificação da mercadoria, no despacho de importação, será realizada mediante agendamento na SRF
• O desembaraço aduaneiro sem conferência física poderá ocorrer nas hipóteses mencionadas no artigo 38
• Na entrega da mercadoria ao importador será verificado o pagamento ou exoneração do AFRMM
• O importador deve apresentar através do SISCOMEX declaração de pagamento ou exoneração do ICMS, quando então será efetivado o registro da DI
• DI poderá ser cancelada nas hipóteses mencionadas no artigo 63
• Devolução de mercadoria só será possível antes do registro da DI
• Taxa do SISCOMEX deve ser recolhida no ato do registro da DI e valores previstos no artigo 13 vigorarão a partir de 1-1-2007

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do artigo 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e considerando o disposto na Decisão MERCOSUL/CMC/DEC nº 50, de 16 de dezembro de 2004; no artigo 41 da Medida Provisória nº 320, de 24 de agosto de 2006; no Decreto nº 1.765, de 28 de dezembro de 1995; nos artigos 73, 482 a 485, 491 a 496, 502 a 506 e 508 a 518 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002; e no artigo 392 do Decreto nº 4.544, de 26 de dezembro de 2002, RESOLVE:
Art. 1º – A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não, sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que será processado com base em declaração formulada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), salvo exceções previstas nesta Instrução Normativa ou em normas específicas.
§ 1º – O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, à mercadoria que, após ter sido submetida a despacho aduaneiro de exportação:
I – retorne ao País; ou
II – permaneça no País, em caráter definitivo ou temporário, nos termos da legislação específica.
§ 2º – Sujeitam-se, ainda, ao despacho aduaneiro de importação, independentemente do despacho a que foram submetidas por ocasião do seu ingresso no País, as mercadorias de origem estrangeira que venham a ser transferidas para outro regime aduaneiro especial ou despachadas para consumo.
Art. 2º – O despacho aduaneiro de importação compreende:
I – despacho para consumo, inclusive da mercadoria:
a) ingressada no País com o benefício de drawback;
b) destinada à ZFM, à Amazônia Ocidental ou a ALC;
c) contida em remessa postal internacional ou expressa ou, ainda, conduzida por viajante, se aplicado o regime de importação comum; e
d) admitida em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, na forma do disposto no inciso II, que venha a ser submetida ao regime comum de importação; e
II – despacho para admissão em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, de mercadoria que ingresse no País nessa condição.
Art. 3º – O chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) de jurisdição poderá autorizar o despacho aduaneiro de importação de granéis e de mercadorias classificadas nas posições 8701, 8702, 8703, 8704, 8705 e 8706, da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), sem a sua prévia descarga, quando forem transportados por via marítima fluvial ou lacustre e for possível sua identificação e quantificação a bordo da embarcação que as transporte.
§ 1º – As mercadorias desembaraçadas na forma deste artigo deverão ser totalmente descarregadas em território brasileiro ou na zona econômica exclusiva brasileira, cabendo ao importador comprovar, junto à unidade da SRF de despacho, posteriormente ao desembaraço das mercadorias, o seu efetivo descarregamento.
§ 2º – O procedimento previsto nesse artigo não será autorizado a pessoa inadimplente em relação a casos anteriores.

Declaração de Importação

Art. 4º – A Declaração de Importação (DI) será formulada pelo importador no SISCOMEX e consistirá na prestação das informações constantes do Anexo Único, de acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro.
§ 1º – Não será admitido agrupar, numa mesma declaração, mercadoria que proceda diretamente do exterior e mercadoria que se encontre no País submetida a regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais.
§ 2º – Será admitida a formulação de uma única declaração para o despacho de mercadorias que, procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada a consumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária ou a ser reimportada.
§ 3º – Não será permitido agrupar, numa mesma adição, mercadorias cujos preços efetivamente pagos ou a pagar devam ser ajustados de forma diversa, em decorrência das regras estabelecidas pelo Acordo de Valoração Aduaneira.

CONTROLES PRÉVIOS AO REGISTRO DA DI
Disponibilidade da Carga Importada

Art. 5º – O depositário de mercadoria sob controle aduaneiro, na importação, deverá informar à SRF, de forma imediata, sobre a disponibilidade da carga recolhida sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primária ou secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador da Carga (NIC).
§ 1º – A constatação de falta ou acréscimo de mercadoria também deve ser informada pelo depositário à fiscalização aduaneira.
§ 2º – O NIC informado pelo depositário nos termos do caput deverá ser utilizado pelo importador para fins de preenchimento e registro da DI.
§ 3º – O procedimento estabelecido no caput e no § 2º não se aplica à carga:
I – ingressada no País por unidade da SRF usuária do Sistema de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (MANTRA), onde se processe o despacho aduaneiro de importação da mercadoria, hipótese em que deverá ser observada a norma especifica;
II – introduzida no País por meio de ductos, esteiras ou cabos;
III – cujo despacho aduaneiro tenha sido autorizado com dispensa de seu descarregamento; e
IV – transportada pelo serviço postal ou despachada como remessa expressa.
§ 4º – A Coordenação-Geral de Tecnologia e Segurança da Informação (COTEC) ou a Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (COANA) poderão expedir instruções complementares necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo.
§ 5º – A disponibilidade da carga em unidade da SRF localizada em ponto de fronteira alfandegado, onde inexista depositário, será informada no SISCOMEX pela fiscalização aduaneira.

Controles de Outros Órgãos e Agências da Administração Pública Federal

Art. 6º – A verificação do cumprimento das condições e exigências específicas a que se refere o artigo 512 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, inclusive daquelas que exijam inspeção da mercadoria, conforme estabelecido pelos competentes órgãos e agências da administração pública federal, será realizada exclusivamente na fase do licenciamento da importação.
Parágrafo único – O chefe da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro poderá determinar o acompanhamento, pela fiscalização aduaneira, da inspeção a que se refere o caput.
Art. 7º – O chefe da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro regulamentará o credenciamento para acesso ao recinto ou local de depósito da mercadoria importada, dos servidores dos órgãos e agências responsáveis pela inspeção a que se refere o artigo 6º.
Parágrafo único – Nos recintos sob responsabilidade de depositário, a expedição de credencial de acesso deverá ser executada por esse.
Art. 8º – A retirada de amostra para realização da inspeção referida no artigo 6º deverá ser averbada em termo próprio com as assinaturas do importador ou de seu representante, do servidor responsável pela inspeção e do depositário e, havendo acompanhamento fiscal, do representante da SRF.
§ 1º – O termo a que se refere este artigo será mantido em poder do depositário para apresentação à SRF quando solicitada.
§ 2º – As mercadorias retiradas a título de amostra devem ser incluídas na DI.
Art. 9º – Os relatórios ou termos de verificação de mercadoria lavrados por servidores dos órgãos e agências da administração pública federal a que se refere o artigo 6º poderão servir como elemento comprobatório da identificação e quantificação das mercadorias inspecionadas, para os fins da fiscalização aduaneira.

Verificação de Mercadoria pelo Importador

Art. 10 – O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.
§ 1º – O requerimento deverá ser instruído com o conhecimento de carga correspondente e dirigido ao chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro, o qual poderá ainda decidir pela necessidade de acompanhamento do ato pela fiscalização aduaneira.
§ 2º – A verificação da mercadoria pelo importador nos termos deste artigo, ainda que realizada sob acompanhamento da fiscalização aduaneira, não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, por ocasião do despacho de importação, se for o caso.

Pagamento dos Tributos

Art. 11 – O pagamento dos tributos e contribuições federais devidos na importação de mercadorias, bem assim dos demais valores exigidos em decorrência da aplicação de direitos antidumping, compensatórios ou de salvaguarda, será efetuado no ato do registro da respectiva DI ou da sua retificação, se efetuada no curso do despacho aduaneiro, por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) eletrônico, mediante débito automático em conta corrente bancária, em agência habilitada de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais.
§ 1º – Para a efetivação do débito, o declarante deverá informar, no ato da solicitação do registro da DI, os códigos do banco e da agência e o número da conta corrente.
§ 2º – Após o recebimento, via SISCOMEX, dos dados referidos no § 1º, e de outros necessários à efetivação do débito na conta corrente indicada, o banco adotará os procedimentos necessários à operação, retornando ao SISCOMEX o diagnóstico da transação.
§ 3º – Para efeito do disposto neste artigo, o banco integrante da rede arrecadadora interessado deverá apresentar carta de adesão e formalizar termo aditivo ao contrato de prestação de serviços de arrecadação de receitas federais mantido com a SRF.
§ 4º – A Coordenação-Geral de Administração Tributária (CORAT) e a COTEC poderão expedir normas complementares para a implementação do disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo.
§ 5º – O DARF apresentado após o desembaraço da mercadoria, para pagamento dos créditos tributários exigidos pela autoridade aduaneira, será confirmado na forma estabelecida em ato da COANA.
Art. 12 – Os depósitos administrativos efetuados no curso do despacho aduaneiro, para liberação de mercadorias, deverão ser objeto de confirmação no Sistema de Informações da Arrecadação Federal (SINAL).
Art. 13 – A Taxa de Utilização do SISCOMEX será devida no ato do registro da DI, ou da sua retificação, realizada no curso do despacho aduaneiro ou, a pedido do importador, depois do desembaraço da mercadoria importada, à razão de:
I – R$ 30,00 (trinta reais) por DI;
II – R$ 10,00 (dez reais) para cada adição de mercadoria à DI, observados os seguintes limites:
a) até a 2ª adição – R$ 10,00;
b) da 3ª a 5ª – R$ 8,00;
c) da 6ª a 10ª – R$ 6,00;
d) da 11ª a 20ª – R$ 4,00;
e) da 21ª a 50ª – R$ 2,00; e
f) a partir da 51ª – R$ 1,00.
Parágrafo único – A taxa a que se refere este artigo:
I – é devida, independentemente da ocorrência de tributo a recolher, do número de adições efetivamente retificadas ou da aceitação da retificação solicitada, e será paga:
a) na forma do artigo 11; ou
b) por meio de DARF, no caso de retificação solicitada após o desembaraço aduaneiro da mercadoria.
II – não será devida, na hipótese de alteração de dados cambiais, realizada pelo próprio importador, com dispensa de análise pela autoridade aduaneira.

REGISTRO DA DECLARAÇÃO

Art. 14 – A DI será registrada no SISCOMEX, por solicitação do importador, mediante a sua numeração automática única, seqüencial e nacional, reiniciada a cada ano.
Art. 15 – O registro da DI caracteriza o início do despacho aduaneiro de importação, e somente será efetivado:
I – se verificada a regularidade cadastral do importador;
II – após o licenciamento da operação de importação, quando exigível, e a verificação do atendimento às normas cambiais, conforme estabelecido pelos órgãos e agências da administração pública federal competentes;
III – após a chegada da carga, exceto na modalidade de registro antecipado da DI, previsto no artigo 17;
IV – após a confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos tributos, contribuições e direitos devidos, inclusive da Taxa de Utilização do SISCOMEX;
V – se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro.
§ 1º – Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da declaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o seu fornecimento com erro, bem assim a que decorra de impossibilidade legal absoluta.
§ 2º – Considera-se não chegada a carga que, no MANTRA, esteja em situação que impeça a vinculação da DI ao conhecimento de carga correspondente.
Art. 16 – Efetivado o registro da DI, o SISCOMEX emitirá, a pedido do importador, o extrato correspondente.
Parágrafo único – O extrato será emitido em duas vias, sendo a primeira destinada à unidade da SRF de despacho e a segunda ao importador.

Registro Antecipado da DI

Art. 17 – A DI relativa a mercadoria que proceda diretamente do exterior poderá ser registrada antes da sua descarga na unidade da SRF de despacho, quando se tratar de:
I – mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar diretamente para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos apropriados;
II – mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características de periculosidade;
III – plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes exteriores;
IV – papel para impressão de livros, jornais e periódicos;
V – órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas; e
VI – mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre.
Parágrafo único – O registro antecipado de que trata este artigo poderá ser realizado também em outras situações ou para outros produtos, conforme estabelecido em normas específicas, ou, em casos justificados, mediante prévia autorização do chefe da unidade da SRF de despacho.

DOCUMENTOS DE INSTRUÇÃO DA DI

Art. 18 – A DI será instruída com os seguintes documentos:
I – via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;
II – via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;
III – romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e
IV – outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.
§ 1º – Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à SRF quando sua apresentação for solicitada, devendo ser mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação.
§ 2º – Não será exigida a apresentação:
I – de conhecimento de carga:
a) nos despachos para consumo de mercadoria desnacionalizada ou estrangeira, nas situações a que se referem os §§ 1º, inciso II, e 2º do artigo 1º;
b) na hipótese de a mercadoria ingressar no País:
1. por seus próprios meios;
2. transportada em mãos;
3. em condição ou finalidade para a qual a legislação não obrigue sua emissão; e
4. em outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA; e
II – de fatura comercial, na hipótese de a mercadoria ingressar no País:
a) em condição ou finalidade para a qual a legislação não obrigue sua emissão; e
b) em outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA.
§ 3º – Os documentos de instrução da DI poderão ser apresentados em meio eletrônico ou digital, na forma estabelecida em ato da COANA, observado o disposto na Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.
§ 4º – A transferência de titularidade de mercadoria de procedência estrangeira por endosso no conhecimento de carga somente será admitida mediante a comprovação documental da respectiva transação comercial.
§ 5º – A obrigação prevista no § 4º será dispensada no caso de endosso bancário ou em outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA.
Art. 19 – O extrato da DI selecionada para conferência aduaneira e os documentos que a instruem, se já não tiverem sido apresentados na forma estabelecida no § 3º do artigo 18, deverão ser entregues pelo importador na unidade da SRF de despacho, em envelope, contendo a indicação do número atribuído à declaração.
§ 1º – É vedado o recebimento dos documentos quando o representante do importador não estiver credenciado junto à SRF, nos termos da norma específica.
§ 2º – No caso de registro antecipado da DI, o conhecimento de carga original deverá ser entregue antes do desembaraço aduaneiro.
§ 3º – Nas importações de produtos a granel ou perecíveis originários dos demais países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), o Certificado de Origem poderá ser apresentado pelo importador à unidade da SRF de despacho até quinze dias após o registro DI no SISCOMEX, desde que o importador apresente Termo de Responsabilidade em que se constituam as obrigações fiscais decorrentes da falta de entrega do Certificado de Origem no prazo estabelecido.
§ 4º – Após a conferência aduaneira, os documentos entregues serão devolvidos ao importador ou seu representante, mediante recibo no extrato da declaração, que deverá mantê-los sob sua guarda, para fins de apresentação à SRF, quando solicitada, pelo prazo previsto na legislação.
Art. 20 – Não será aceita carta de correção de conhecimento de carga, que produza efeitos fiscais, apresentada após o registro da respectiva DI ou depois de decorridos trinta dias da formalização da entrada do veículo transportador da mercadoria cujo conhecimento se pretende corrigir.
Parágrafo único – O cumprimento do prazo estabelecido no caput não elide o exame de mérito do pleito, para fins de aceitação, pela autoridade aduaneira, da referida carta de correção.

SELEÇÃO PARA CONFERÊNCIA ADUANEIRA

Art. 21 – Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:
I – verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria;
II – amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
III – vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria; e
IV – cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica.
§ 1º – A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio do SISCOMEX, com base em análise fiscal que levará em consideração, entre outros, os seguintes elementos:
I – regularidade fiscal do importador;
II – habitualidade do importador;
III – natureza, volume ou valor da importação;
IV – valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação;
V – origem, procedência e destinação da mercadoria;
VI – tratamento tributário;
VII – características da mercadoria;
VIII – capacidade operacional e econômico-financeira do importador; e
IX – ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo importador.
§ 2º – A DI selecionada para canal verde, no SISCOMEX, poderá ser objeto de conferência física ou documental, quando forem identificados elementos indiciários de irregularidade na importação, por servidor designado para essa atividade pelo chefe da unidade da SRF de despacho aduaneiro.
Art. 22 – As declarações de importação selecionadas para conferência aduaneira serão distribuídas para os Auditores-Fiscais da Receita Federal (AFRF) responsáveis, por meio de função própria do SISCOMEX.
Art. 23 – Na hipótese de constatação de indícios de fraude na importação, independentemente do início ou término do despacho aduaneiro ou, ainda, do canal de conferência atribuído à DI, o servidor deverá encaminhar os elementos verificados ao setor competente, para avaliação da pertinência de aplicação de procedimento especial de controle.

CONFERÊNCIA ADUANEIRA

Art. 24 – A conferência aduaneira será iniciada após o recebimento do extrato da declaração selecionada e dos documentos que a instruem.
Parágrafo único – No caso de regimes aduaneiros especiais com previsão para realização de despacho para consumo posteriormente à admissão da mercadoria no regime, poderão ser dispensados os procedimentos referidos nos incisos II e III do caput do artigo 21.

Exame documental

Art. 25 – O exame documental das declarações selecionadas para conferência nos termos do artigo 21 consiste no procedimento fiscal destinado a verificar:
I – a integridade dos documentos apresentados;
II – a exatidão e correspondência das informações prestadas na declaração em relação àquelas constantes dos documentos que a instruem, inclusive no que se refere à origem e ao valor aduaneiro da mercadoria;
III – o cumprimento dos requisitos de ordem legal ou regulamentar correspondentes aos regimes aduaneiros e de tributação solicitados;
IV – o mérito de benefício fiscal pleiteado; e
V – a descrição da mercadoria na declaração, com vistas a verificar se estão presentes os elementos necessários à confirmação de sua correta classificação fiscal.
Parágrafo único – Na hipótese de descrição incompleta da mercadoria na DI, que exija verificação física para sua perfeita identificação, com vistas a confirmar a correção da classificação fiscal ou da origem declarada, o AFRF responsável pelo exame poderá condicionar a conclusão da etapa à verificação da mercadoria.

Agendamento da Verificação da Mercadoria

Art. 26 – A verificação da mercadoria, no despacho de importação, será realizada mediante agendamento, que será realizado de conformidade com as regras gerais estabelecidas pelo chefe da unidade da SRF com jurisdição sobre o recinto alfandegado em que esta se encontre.
§ 1º – Alternativamente ao estabelecimento de regras gerais de agendamento das verificações físicas, poderá ser adotado o critério de escalonamento, por recinto alfandegado, das DI cujas mercadorias serão objeto de conferência.
§ 2º – O depositário das mercadorias será informado sobre o agendamento das verificações, devendo providenciar, com até uma hora de antecedência, o posicionamento das correspondentes mercadorias para a realização da verificação física.
§ 3º – As regras de agendamento para verificação física das mercadorias, ou os escalonamentos, conforme o caso, deverão ser afixados em local de fácil acesso aos importadores, exportadores e seus representantes.

Posicionamento da Mercadoria para Verificação

Art. 27 – A mercadoria objeto de declaração selecionada para verificação deverá ser completamente retirada da unidade de carga ou descarregada do veículo de transporte.
§ 1º – No caso de mercadorias idênticas ou acondicionadas em volumes e embalagens semelhantes, a retirada total da unidade de carga ou a descarga completa do veículo poderá ser dispensada pelo servidor designado para a verificação física, desde que o procedimento não impeça a inspeção de mercadorias dispostas no fundo do contêiner, vagão, carroceria ou baú.
§ 2º – A desova completa da unidade de carga ou a descarga da mercadoria do veículo de transporte poderá ser dispensada nos recintos em que esteja disponível, para apoio à fiscalização aduaneira, equipamento de inspeção não-invasiva por imagem, se a correspondente imagem obtida for compatível com a que se espera, com base nas informações contidas nos pertinentes documentos, observadas as orientações emitidas pela COANA e as normas complementares estabelecidas pelo chefe da unidade da SRF jurisdicionante.
Art. 28 – No caso de mercadorias acondicionadas em mais de um veículo ou unidade de carga, o servidor designado para a verificação física poderá escolher aleatoriamente apenas alguns veículos ou unidades de carga para descarga ou retirada da mercadoria, desde que:
I – os veículos ou unidades de carga contenham arranjos idênticos de mercadorias;
II – o conhecimento de transporte identifique completamente as mercadorias e o seu consignatário;
III – seja apresentado packing-list detalhado da carga, para cada unidade de carga relacionada no conhecimento;
IV – não haja discrepância superior a cinco por cento do peso informado no conhecimento e o apurado em cada unidade de carga ou veículo; e
V – a relação peso/quantidade nas unidades de carga ou veículos seja compatível com a verificada nas unidades de carga desunitizadas ou veículos descarregados.
Parágrafo único – Na hipótese deste artigo, o servidor poderá dispensar a descarga ou a retirada da mercadoria contida em até dois terços dos veículos ou das unidades de carga objeto da verificação.

Verificação da Mercadoria

Art. 29 – A verificação física é o procedimento fiscal destinado a identificar e quantificar a mercadoria submetida a despacho aduaneiro, a obter elementos para confirmar sua classificação fiscal, origem e seu estado de novo ou usado, bem assim para verificar sua adequação às normas técnicas aplicáveis.
§ 1º – O importador prestará à fiscalização aduaneira as informações e a assistência necessárias à identificação da mercadoria.
§ 2º – A fiscalização aduaneira, caso entenda necessário, poderá solicitar a assistência técnica para a identificação e quantificação da mercadoria.
§ 3º – Para os fins a que se refere o caput, poderão ser utilizados:
I – relatório ou termo de verificação lavrado pela autoridade aduaneira do País exportador;
II – relatórios e termos de verificação lavrados por outras autoridades, na fase de licenciamento das importações;
III – registros de imagens das mercadorias, obtidos:
a) por câmeras; ou
b) por meio de equipamentos de inspeção não-invasiva; ou
IV – relatório ou laudo de quantificação e identificação de mercadoria, lavrado pelo responsável por local ou recinto alfandegado, ou seus prepostos.
§ 4º – Nas hipóteses referidas no § 3º, a verificação física direta só deverá ser realizada pela fiscalização aduaneira se as informações ou as imagens disponíveis forem insuficientes para os propósitos referidos no caput.
§ 5º – A COANA poderá editar disposições complementares ao estabelecido neste artigo.
Art. 30 – A verificação física será realizada exclusivamente por AFRF ou por Técnico da Receita Federal (TRF), sob a supervisão do AFRF responsável pelo procedimento fiscal.
Parágrafo único – A manipulação e abertura de volumes e embalagens, a pesagem, a retirada de amostras e outros procedimentos similares, necessários à perfeita identificação e quantificação da mercadoria, poderão ser realizados por terceiro.
Art. 31 – A verificação da mercadoria deverá ser realizada na presença do importador ou de seu representante.
§ 1º – O importador, ou seu representante, deverá comparecer ao recinto em que se encontre a mercadoria a ser verificada, na data e horário previstos, conforme a regra de agendamento ou escalonamento estabelecida.
§ 2º – Na ausência do importador ou de seu representante na data e horário previstos para a conferência, a mercadoria depositada em recinto alfandegado poderá ser submetida a verificação física na presença do depositário ou de seu preposto que, nesse caso, representará o importador, inclusive para firmar termo que verse sobre a quantificação, a descrição e a identificação da mercadoria.
§ 3º – Quando for necessária a extração de amostra, a fiscalização aduaneira emitirá termo descrevendo a quantidade e a qualidade da mercadoria retirada, do qual será fornecida uma via ao importador ou seu representante.
Art. 32 – Independentemente do agendamento ou escalonamento, a verificação da mercadoria poderá ocorrer:
I – na presença do importador ou de seu representante, sempre que:
a) a continuidade do despacho aduaneiro dependa unicamente de sua realização; e
b) a mercadoria a ser verificada se encontre devidamente posicionada; ou
II – por decisão do chefe da unidade da SRF, na presença do depositário ou de seus prepostos, dispensada a exigência da presença do importador ou de seu representante, sempre que se tratar de mercadoria:
a) com indícios ou constatação de infração punível com a penalidade de perdimento;
b) objeto de ação judicial, cuja conferência fiscal seja necessária à prestação de informações à autoridade judiciária ou ao órgão do Ministério Público; ou
c) com indícios de se tratar de produtos inflamáveis, radioativos, explosivos, armas, munições, substâncias entorpecentes, agentes químicos ou biológicos, ou quaisquer outros nocivos à saúde ou à segurança pública, observada, quando couber, a presença do órgão ou agência da administração pública federal responsável pelo controle específico.
Art. 33 – As mercadorias retiradas a título de amostra não são dedutíveis da quantidade declarada.
§ 1º – As amostras retiradas serão devolvidas ao declarante, salvo quando inutilizadas durante a análise ou quando sua retenção, pela autoridade aduaneira, resulte necessária.
§ 2º – As amostras colocadas à disposição do declarante e não retiradas no prazo de sessenta dias da ciência serão consideradas abandonadas em favor do Erário.
Art. 34 – As despesas decorrentes da aplicação do disposto no artigo 33 correrão por conta do importador.
Art. 35 – A verificação de mercadoria poderá ser realizada, total ou parcialmente, no estabelecimento do importador ou em outro local adequado, por decisão do chefe da unidade da SRF de despacho, de ofício ou a requerimento do interessado, quando:
I – o recinto ou instalação aduaneira não dispuser de condições técnicas, de segurança ou de capacidade de armazenagem e manipulação adequadas para a realização da conferência;
II – se tratar de bens de caráter cultural; ou
III – se tratar de bem cuja identificação dependa de sua montagem.
Art. 36 – A verificação física poderá ser realizada por amostragem de volumes e embalagens, na forma disciplinada em ato da COANA.
Art. 37 – No caso de mercadorias idênticas ou acondicionadas em volumes e embalagens semelhantes, a quantidade poderá ser determinada por métodos indiretos, a partir do peso ou do volume da carga, em substituição à contagem direta.

Dispensa de Conferência Física

Art. 38 – Poderão ser desembaraçados sem conferência física:
I – os bens de caráter cultural submetidos a despacho por:
a) museu, teatro, biblioteca ou cinemateca;
b) entidade promotora de evento apoiado pelo poder público;
c) entidade promotora de evento notoriamente reconhecido; ou
d) missão diplomática ou repartição consular de caráter permanente; e
II – bens destinados às atividades relacionadas com a intercomparação de padrões metrológicos.
§ 1º – Na hipótese de que trata o inciso I, a dispensa de conferência física será autorizada, a requerimento do interessado, pelo chefe da unidade da SRF de despacho, aplicando-se especialmente aos bens que, pela natureza, antiguidade, raridade ou fragilidade, exijam condições especiais de manuseio ou de conservação.
§ 2º – A autorização a que se refere o § 1º somente será concedida a instituição que:
I – esteja inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) há mais de três anos; e
II – preencha as condições para o fornecimento da certidão a que se refere o artigo 2º ou o artigo 3º da Instrução Normativa SRF nº 574, de 23 de novembro de 2005.
§ 3º – Na hipótese de que trata o inciso II do caput, a autorização fica condicionada à observância das disposições normativas do Mercosul aplicáveis ao caso.

Registro e Documentação da Verificação da Mercadoria

Art. 39 – A verificação física deverá ser objeto de lavratura de Relatório de Verificação Física (RVF), quando realizada:
I – por servidor que não seja o AFRF responsável pela etapa de verificação da mercadoria; ou
II – por amostragem.
Parágrafo único – A inobservância do disposto no caput, na hipótese do inciso II, presume a verificação física total da mercadoria, inclusive para os efeitos de apuração de irregularidade em processo administrativo disciplinar.
Art. 40 – A COANA estabelecerá o modelo do RVF, enquanto não for implementada função específica no SISCOMEX.
Parágrafo único – A COANA poderá disciplinar outras formas de registro e documentação da verificação física.
Art. 41 – O chefe da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro poderá:
I – editar ato, subsidiária ou complementarmente à norma da COANA, prevista no § 5º do artigo 29, para estabelecer:
a) métodos para quantificação e verificação física de mercadorias, considerando os riscos aduaneiros envolvidos, as condições logísticas e os recursos tecnológicos e humanos disponíveis;
b) nível de amostragem, de acordo com os previstos na norma NBR 5426, de 1985, da ABNT, considerando a natureza, a quantidade e a freqüência das mercadorias objeto de conferência e os riscos existentes nas operações;
II – tratamento diferenciado no que se refere à retirada de mercadoria de unidades de carga ou descarga de veículos, em situações ou casos devidamente justificados; e
III – normas complementares a esta Instrução Normativa para disciplinar o tratamento prioritário a ser conferido a:
a) órgão ou tecido para aplicação médica;
b) mercadoria perecível;
c) jornais, revistas e outras publicações periódicas;
d) carga perigosa;
e) bens destinados a defesa civil ou a ajuda humanitária;
f) urna funerária;
g) mala postal;
h) mercadoria destinada ao consumo de bordo ou ao processamento de alimentos para consumo de bordo de aeronaves ou embarcações;
i) partes e peças para manutenção de aeronaves, em especial aquelas que se encontrem na condição aircraft on the ground (AOG), e de embarcações;
j) partes e peças de reposição, instrumentos e equipamentos destinados a plataformas marítimas de exploração e produção de petróleo e gás natural; e
l) bagagem desacompanhada.
Parágrafo único – Na hipótese deste artigo, cópia do ato e as correspondentes justificativas deverão ser enviadas à COANA por intermédio da respectiva Superintendência Regional.

Formalização de Exigências e Retificação da DI

Art. 42 – As exigências formalizadas pela fiscalização aduaneira e o seu atendimento pelo importador, no curso do despacho aduaneiro, deverão ser registrados no SISCOMEX.
§ 1º – Sem prejuízo do disposto no caput, na hipótese de a exigência referir-se a crédito tributário ou direito comercial, o importador poderá efetuar o pagamento correspondente, independentemente de formalização de processo administrativo fiscal.
§ 2º – Havendo manifestação de inconformidade, por parte do importador, em relação à exigência de que trata o § 1º, o crédito tributário ou direito comercial será constituído mediante lançamento em auto de infração.
Art. 43 – Interrompido o despacho, para o atendimento de exigência, inicia-se a contagem do prazo a que se refere o parágrafo único do artigo 574 do Decreto nº 4.543, de 2002, para caracterização do abandono da mercadoria.
Art. 44 – A retificação de informações prestadas na declaração, ou a inclusão de outras, no curso do despacho aduaneiro, ainda que por exigência da fiscalização aduaneira, será feita, pelo importador, no SISCOMEX.
§ 1º – A retificação da declaração somente será efetivada após a sua aceitação, no SISCOMEX, pela fiscalização aduaneira, exceto no que se refere aos dados relativos à operação cambial.
§ 2º – Quando da retificação resultar importação sujeita a licenciamento, o despacho ficará interrompido até a sua obtenção, pelo importador.
§ 3º – Em qualquer caso, a retificação da declaração não elide a aplicação das penalidades fiscais e sanções administrativas cabíveis.
Art. 45 – A retificação da declaração após o desembaraço aduaneiro, qualquer que tenha sido o canal de conferência aduaneira ou o regime tributário pleiteado, será realizada:
I – de ofício, na unidade da SRF onde for apurada, em ato de procedimento fiscal, a incorreção; ou
II – mediante solicitação do importador, formalizada em processo e instruída com provas de suas alegações e, se for o caso, do pagamento dos tributos, direitos comerciais, acréscimos moratórios e multas, inclusive as relativas a infrações administrativas ao controle das importações, devidos, e do atendimento de eventuais controles específicos sobre a mercadoria, de competência de outros órgãos ou agências da administração pública federal.
§ 1º – Na hipótese a que se refere o inciso II, quando a retificação pleiteada implicar recolhimento complementar do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o processo deverá ser instruído também com o comprovante do recolhimento ou de exoneração do pagamento da diferença desse imposto.
§ 2º – Na análise de pedidos de retificação que se refiram à quantidade ou à natureza da mercadoria importada deverão ser observados, no mínimo, os seguintes aspectos:
I – a compatibilidade com o peso e a quantidade de volumes informados nos documentos de transporte; e
II – o pleito deve ser instruído com a Nota Fiscal de entrada no estabelecimento importador da mercadoria a que se refere, emitida ou corrigida, nos termos da legislação de regência, com a quantidade e a natureza corretas.
§ 3º – Na situação prevista no § 2º, poderá ser aceito como elemento de convicção, pela autoridade fiscal, documento emitido por terceiro que tenha manuseado ou conferido a mercadoria, no exercício de atribuição ou responsabilidade que lhe foi conferida pela legislação, no País ou no exterior.
§ 4º – Do indeferimento do pleito de retificação caberá recurso, interposto no prazo de trinta dias, dirigido ao chefe da unidade da SRF onde foi proferida a decisão, nos termos dos artigos 56 a 65 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
§ 5º – Ressalvadas as diferenças decorrentes de erro de expedição, as faltas ou acréscimos de mercadoria e as divergências que não tenham sido objeto de solicitação de retificação da declaração pelo importador, que venham a ser apurados em procedimento fiscal serão objeto, conforme o caso, de lançamento de ofício dos tributos incidentes e penalidades cabíveis ou de aplicação da pena de perdimento.
§ 6º – As divergências constatadas pelo importador, entre as mercadorias efetivamente recebidas e as desembaraçadas, deverão ser registradas por esse no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6, nos termos do artigo 392 do Decreto nº 4.544, de 26 de dezembro de 2002.
§ 7º – A retificação a que se refere o caput independe do procedimento de revisão aduaneira de toda a declaração de importação que, caso necessário, poderá ser proposta à unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos incidentes no comércio exterior, sobre o domicílio do importador.
§ 8º – A COANA ou a Coordenação-Geral de Tributação (COSIT) poderão editar instruções complementares ao disposto neste artigo.
Art. 46 – A retificação, por solicitação do importador, será efetuada:
I – na unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos incidentes no comércio exterior, sobre o domicílio do importador, quando decorrentes de:
a) qualquer alteração no regime tributário inicialmente pleiteado para a mercadoria;
b) correção da quantidade ou da natureza de mercadoria admitida no Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (RECOF);
c) transferência de propriedade de automóvel importado com isenção; ou
d) outras hipóteses estabelecidas em ato da COANA; ou
II – na unidade da SRF onde foi efetuado o despacho aduaneiro da mercadoria, nos demais casos.

Autorização para Entrega Antecipada

Art. 47 – A entrega da mercadoria ao importador poderá ser autorizada pelo chefe da unidade da SRF de despacho antes de totalmente realizada a conferência aduaneira, em situações de comprovada impossibilidade de sua armazenagem em local alfandegado ou, ainda, em outras situações justificadas, tendo em vista a natureza da mercadoria ou circunstâncias específicas da importação.
§ 1º – A autorização para entrega antecipada da mercadoria poderá ser condicionada à sua verificação total ou parcial.
§ 2º – Na hipótese de a entrega antecipada da mercadoria representar qualquer risco para o controle aduaneiro da operação, e ser inviável a sua verificação no local alfandegado, por razões de segurança ou outras, a sua entrega poderá ser condicionada à assinatura, pelo importador, de termo de fiel depositário, no qual se comprometerá, ainda, a não utilizar a mercadoria até o seu desembaraço aduaneiro.
§ 3º – A entrega antecipada da mercadoria não será autorizada a pessoa inadimplente em relação a casos anteriores.

Desembaraço Aduaneiro

Art. 48 – Concluída a conferência aduaneira a mercadoria será imediatamente desembaraçada.
§ 1º – A mercadoria objeto de exigência fiscal de qualquer natureza, formulada no curso do despacho aduaneiro, somente será desembaraçada após o respectivo cumprimento ou, quando for o caso, mediante a apresentação de garantia, conforme estabelecido na Portaria MF nº 389, de 13 de outubro de 1976.
§ 2º – O desembaraço da mercadoria será realizado pelo AFRF responsável pela última etapa da conferência aduaneira, no SISCOMEX.
§ 3º – A mercadoria cuja declaração receba o canal verde será desembaraçada automaticamente pelo SISCOMEX.
§ 4º – A mercadoria poderá ser desembaraçada, ainda, quando a conclusão da conferência aduaneira dependa unicamente do resultado de análise laboratorial, mediante assinatura de Termo de Entrega de Mercadoria Objeto de Ação Fiscal, pelo qual o importador será informado que a importação se encontra sob procedimento fiscal de revisão interna.
§ 5º – Nos casos em que, comprovadamente, se tiver conhecimento de processo administrativo fiscal formalizado para exigência de crédito tributário, com base em laudo laboratorial emitido para importação anterior de mercadoria de mesma origem e fabricante, com igual denominação, marca e especificação, o desembaraço na forma do § 4º ficará condicionado à prestação de garantia do crédito tributário anteriormente constituído, em uma das formas estabelecidas no parágrafo único do artigo 675 do Decreto nº 4.543, de 2002, ou à sua extinção.
§ 6º – O disposto no § 4º não se aplica quando houver indícios que permitam presumir tratar-se de mercadoria cuja importação esteja sujeita a restrição ou proibição de permanência ou consumo no País.
Art. 49 – A seleção da declaração para quaisquer dos canais de conferência aduaneira não impede que o chefe da unidade da SRF de despacho, a qualquer tempo, determine que se proceda à ação fiscal pertinente, se tiver conhecimento de fato ou da existência de indícios que requeiram a necessidade de verificação da mercadoria, ou de aplicação de procedimento aduaneiro especial.
Art. 50 – No caso de registro antecipado da DI, o desembaraço aduaneiro somente será realizado após a complementação ou retificação dos dados da declaração, no SISCOMEX, e o pagamento de eventual diferença de crédito tributário relativo à declaração, aplicando-se a legislação vigente na data do registro da declaração, em cumprimento ao disposto no artigo 73 do Decreto nº 4.543, de 2002.

ENTREGA DA MERCADORIA AO IMPORTADOR
Verificação de Regularidade do AFRMM

Art. 51 – A verificação da regularidade do pagamento ou exoneração do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), para fins de autorização de entrega ao importador, pela SRF, de mercadoria importada por via marítima, fluvial ou lacustre, será realizada mediante consulta eletrônica do SISCOMEX ao sistema Mercante, do Departamento do Fundo da Marinha Mercante (DEFMM).
Parágrafo único – A autorização de entrega da mercadoria, nos termos deste artigo, fica condicionada à vinculação no sistema Mercante, pelo importador, do NIC indicado na DI ao correspondente Conhecimento de Embarque (CE), e à respectiva liberação da carga naquele sistema.

Declaração de Pagamento ou de Exoneração do ICMS

Art. 52 – O importador deverá apresentar, por meio de transação própria no SISCOMEX, declaração sobre o ICMS devido no desembaraço aduaneiro da mercadoria submetida a despacho de importação.
§ 1º – A declaração de que trata o caput deverá ser efetivada após o registro da DI e constitui condição para a autorização de entrega da mercadoria desembaraçada ao importador.
§ 2º – Na hipótese de exoneração do pagamento do ICMS, nos termos da legislação estadual aplicável, o importador deverá indicar essa condição na declaração.
§ 3º – Entende-se por exoneração do pagamento do ICMS, referida no § 2º, qualquer hipótese de dispensa do recolhimento do imposto no momento do desembaraço da mercadoria, compreendendo os casos de exoneração, compensação, diferimento, sistema especial de pagamento, ou de qualquer outra situação estabelecida na respectiva legislação estadual.
§ 4º – Os dados da declaração de que trata este artigo serão fornecidos pela SRF à Secretaria de Estado da Unidade da Federação indicada na declaração, pelo importador, com base no respectivo convênio para intercâmbio de informações de interesse fiscal.
Art. 53 – Em virtude de convênio específico firmado entre a SRF e a Secretaria de Estado da Unidade da Federação responsável pela administração do ICMS, o pagamento desse imposto poderá ser feito mediante débito automático em conta bancária indicada pelo importador, em conformidade com a declaração a que se refere o artigo 52.

Condições e Requisitos para a Entrega

Art. 54 – Para retirar as mercadorias do recinto alfandegado, o importador deverá apresentar ao depositário os seguintes documentos:
I – via original do conhecimento de carga, ou de documento equivalente, como prova de posse ou propriedade da mercadoria;
II – comprovante do recolhimento do ICMS ou, se for o caso, comprovante de exoneração do pagamento do imposto, exceto no caso de Unidade da Federação com a qual tenha sido celebrado o convênio referido no artigo 53 para o pagamento mediante débito automático em conta bancária, por meio do SISCOMEX;
III – Nota Fiscal de Entrada emitida em seu nome, ou documento equivalente, ressalvados os casos de dispensa previstos na legislação estadual; e
IV – documentos de identificação da pessoa responsável pela retirada das mercadorias.
Art. 55 – O depositário do recinto alfandegado, para proceder à entrega da mercadoria, fica obrigado a:
I – confirmar, mediante consulta ao SISCOMEX, a autorização da SRF para a entrega da mercadoria;
II – verificar a apresentação, pelo importador, dos documentos referidos no artigo 54; e
III – registrar as seguintes informações:
a) data e hora da entrega das mercadorias, por DI;
b) nome, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e respectivo documento de identificação, com dados do órgão emitente e data de emissão, do responsável pela retirada das mercadorias;
c) nome empresarial e respectivo número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da pessoa jurídica que efetue o transporte das mercadorias em sua retirada do recinto alfandegado; e
d) placas dos veículos e número da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos condutores dos veículos que efetuarem o transporte referido na alínea “c”.
§ 1º – Será dispensada a apresentação, pelo importador, do documento de que trata o inciso II do caput do artigo 54, sempre que a consulta ao SISCOMEX, prevista no inciso I do caput deste artigo não indicar a necessidade de sua apresentação ou retenção.
§ 2º – Fica vedada a exigência de apresentação do Comprovante de Importação ou de qualquer outro documento, diverso daqueles previstos no artigo 54 ou necessário ao cumprimento dos requisitos estabelecidos neste artigo, como condição para a entrega da mercadoria ao importador.
§ 3º – Na hipótese de constatação de indícios de irregularidade, conforme estabelecido em ato da COANA ou do chefe da respectiva unidade da SRF de despacho, o depositário deverá comunicar o fato imediatamente à autoridade aduaneira.
§ 4º – Na hipótese do § 3º e quando a entrega tiver sido autorizada pela SRF no SISCOMEX, esta ficará automaticamente suspensa, devendo a fiscalização aduaneira, nesse caso, no prazo de dois dias úteis, apurar a ocorrência e manifestar-se por escrito, confirmando, ao depositário, a autorização de entrega ou lavrando o termo de retenção da mercadoria, observado o disposto na legislação específica.
§ 5º – A ausência da manifestação prevista no § 4º, no prazo estabelecido, equivale à confirmação da autorização para entrega da mercadoria pelo depositário.
Art. 56 – Autorizada a entrega pela SRF e cumpridos os demais requisitos previstos no artigo 55, o depositário não poderá obstar a retirada da mercadoria pelo importador.
Parágrafo único – O disposto neste artigo não prejudica:
I – a observância de controles específicos, de competência de outros órgãos; e
II – o cumprimento de eventuais obrigações contratuais relativas aos serviços de movimentação e armazenagem prestados.
Art. 57 – O depositário deverá arquivar, em boa guarda e ordem, pelo prazo de cinco anos, contado do primeiro dia útil do ano seguinte àquele em que tenha sido realizada a entrega da mercadoria ao importador:
I – a via original do conhecimento de carga;
II – as cópias dos demais documentos referidos no artigo 54, quando exigida sua retenção;
III – os registros de que trata o inciso III do artigo 55; e
IV – a autorização expressa da autoridade aduaneira para entrega da mercadoria, nas hipóteses previstas nesta Instrução Normativa.
§ 1º – A organização dos arquivos deverá permitir a localização dos documentos e a recuperação das informações mediante a indicação do número da declaração aduaneira ou do conhecimento de carga.
§ 2º – As cópias dos documentos referidos nos incisos II e III do artigo 54, quando exigida sua retenção, deverão ser firmadas pelo depositário e pelo importador ou seu representante, declarando igualdade em relação ao original apresentado.
Art. 58 – Aplica-se ao depositário a multa prevista no inciso IV, alíneas “b”, “c” e “f”, do artigo 107 do Decreto-Lei nº 37, de 1966, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, na hipótese de descumprimento das obrigações estabelecidas nos artigos 55 a 57.
Parágrafo único – O disposto neste artigo não elide o lançamento de tributos, outras multas e demais acréscimos cabíveis ou a aplicação de sanções administrativas, previstos na legislação tributária e aduaneira.
Art. 59 – A entrega antecipada de mercadoria, conforme estabelecido no artigo 47, será realizada pelo depositário com base em autorização expressa da autoridade aduaneira competente.
Parágrafo único – Na hipótese referida no caput, o desembaraço aduaneiro das mercadorias somente será realizado após a apresentação à autoridade aduaneira dos documentos referidos no artigo 54, para que sejam verificados.
Art. 60 – Nas importações realizadas por pontos de fronteira alfandegados em que não exista depositário, a liberação da mercadoria será realizada pela autoridade aduaneira que, neste caso, deverá exigir os documentos previstos no artigo 54 para as correspondentes verificações.
Parágrafo único – Na hipótese deste artigo, fica dispensado o arquivamento previsto no artigo 57.

Entrega Fracionada

Art. 61 – Nas importações por via terrestre será permitida a entrega fracionada da mercadoria que, em razão do seu volume ou peso, não possa ser transportada em apenas um veículo ou partida, e quando for efetuado o registro de uma única declaração para o despacho aduaneiro, correspondente a uma só importação e a um único conhecimento de carga.
§ 1º – O desembaraço aduaneiro e o controle da entrega fracionada, enquanto não houver função específica no SISCOMEX, será realizado manualmente, no extrato da declaração, pelo AFRF.
§ 2º – A entrada no território aduaneiro de toda a mercadoria declarada deverá ocorrer dentro dos quinze dias úteis subseqüentes ao do registro da declaração.
§ 3º – No caso de descumprimento do prazo a que se refere o § 2º, será exigida a retificação da declaração no SISCOMEX, tendo por base a quantidade efetivamente entregue, devendo, o saldo remanescente, ser objeto de nova declaração.
§ 4º – Por ocasião do despacho do último lote relativo à DI o desembaraço aduaneiro será registrado no SISCOMEX.
§ 5º – Na hipótese de o importador não promover a retificação a que se refere o § 3º, em até 60 dias a partir do fim do prazo a que se refere o § 2º, a fiscalização deverá efetuar o desembaraço da DI e, em seguida, a sua retificação de ofício, sem prejuízo do disposto no artigo 107, inciso IV, alínea “c”, do Decreto-Lei nº 37, de 1966, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833, de 2003.
Art. 62 – A entrega de lote de mercadoria desembaraçada mediante fracionamento, nos termos do artigo 61, será realizada pelo depositário com base em autorização expressa da autoridade aduaneira competente.
§ 1º – Na hipótese deste artigo, o importador deverá apresentar à autoridade aduaneira os documentos referidos no artigo 54, relativos ao lote, para que sejam verificados.
§ 2º – A declaração do ICMS no SISCOMEX deverá ser registrada conforme disciplinado pela COANA.
§ 3º – Na hipótese do artigo 61, o importador deverá comprovar o recolhimento ou a exoneração do pagamento do ICMS ou, se for o caso, efetuar o débito automático desse imposto, relativo a cada lote de mercadoria a ser entregue.

CANCELAMENTO DA DECLARAÇÃO

Art. 63 – O cancelamento de DI poderá ser autorizado pelo chefe da unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro com base em requerimento fundamentado do importador, ou de ofício, por meio de função própria, no SISCOMEX, quando:
I – ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou no País;
II – no caso de despacho antecipado, a mercadoria não ingressou no País ou tenha sido descarregada em recinto alfandegado diverso daquele indicado na DI;
III – for determinada a devolução da mercadoria ao exterior ou a sua destruição, por não atender à legislação de proteção ao meio ambiente, saúde ou segurança pública e controles sanitários, fitossanitários e zoossanitários;
IV – a importação não atender aos requisitos para a utilização do tipo de declaração registrada e não for possível a sua retificação;
V – ficar comprovado erro de expedição;
VI – a declaração for registrada com erro relativamente:
a) ao número de inscrição do importador no CPF ou no CNPJ, exceto quando se tratar de erro de identificação de estabelecimentos da mesma empresa, passível de retificação no sistema; ou
b) à unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro.
VII – for registrada, equivocadamente, mais de uma DI, para a mesma carga.
§ 1º – O cancelamento de que trata este artigo fica condicionado à apresentação da mercadoria para despacho ou devolução ao exterior, excetuadas as hipóteses dos incisos I, II e VII do caput.
§ 2º – Não será autorizado o cancelamento de declaração, quando:
I – houver indícios de infração aduaneira, enquanto não for concluída a respectiva apuração;
II – se tratar de mercadoria objeto de pena de perdimento.
§ 3º – O cancelamento da declaração, nos termos deste artigo, não exime o importador da responsabilidade por eventuais delitos ou infrações que venham a ser apurados pela fiscalização, inclusive após a efetivação do cancelamento.
§ 4º – A competência de que trata o caput somente poderá ser delegada quando se tratar de cancelamento a ser realizado no curso do despacho aduaneiro ou de DI desembaraçada em canal verde.
Art. 64 – O Superintendente da Receita Federal da respectiva Região Fiscal poderá autorizar o cancelamento de DI em hipótese não prevista nesta Instrução Normativa, com base em proposta devidamente justificada pela unidade da SRF de despacho aduaneiro sobre a necessidade e a conveniência do cancelamento.
Parágrafo único – Na hipótese deste artigo, a Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF) informará à COANA sobre a autorização concedida, no prazo máximo de trinta dias, contado da data da concessão da autorização.

DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA AO EXTERIOR

Art. 65 – A devolução ao exterior de mercadoria estrangeira importada poderá ser autorizada pelo chefe da unidade da SRF com jurisdição sobre o recinto alfandegado em que esta se encontre, desde que o pedido seja apresentado antes do registro da DI e não tenha sido iniciado o processo de que trata o artigo 27 do Decreto-Lei nº 1.455, de 1976, ou na hipótese de ser autorizado o cancelamento da DI.
§ 1º – O pedido de que trata este artigo deverá ser instruído com os documentos originais relativos à importação, quando couber.
§ 2º – A autorização poderá ser condicionada à verificação total ou parcial da mercadoria a ser devolvida.
§ 3º – Não será autorizada a devolução de mercadoria chegada ao País com falsa declaração de conteúdo ou com qualquer outra irregularidade que a sujeite à aplicação da pena de perdimento.

COMPROVANTE DE IMPORTAÇÃO

Art. 66 – O Comprovante de Importação será emitido pelo importador mediante transação específica do SISCOMEX.
Parágrafo único – Para efeito de circulação da mercadoria no território nacional, o Comprovante de Importação não substitui a documentação fiscal exigida nos termos da legislação específica.

UTILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO DE CARGA NO DESPACHO ADUANEIRO

Art. 67 – Poderá ser efetuado registro de mais de uma declaração para o mesmo conhecimento de carga:
I – na importação de petróleo bruto e seus derivados, a granel; ou
II – na hipótese de ser necessária a inclusão de nova adição à DI, cuja retificação não possa ser realizada no SISCOMEX.
Parágrafo único – A unidade da SRF de despacho poderá, excepcionalmente, adotar o procedimento estabelecido neste artigo em outros casos, desde que previamente autorizado pela SRRF da respectiva região fiscal.
Art. 68 – Poderá ser autorizado o registro de uma única declaração para mais de um conhecimento de carga nas importações destinadas a um único importador quando:
I – as mercadorias corresponderem a uma só operação comercial e:
a) em razão do seu volume ou peso, o transporte for realizado por vários veículos ou partidas; ou
b) formarem, em associação, um corpo único ou unidade funcional, completo, com classificação fiscal própria, equivalente à da mercadoria indicada na declaração e nos documentos comerciais que a instruem; e
II – por razões comerciais ou técnicas, as mercadorias correspondentes aos diversos conhecimentos de carga formarem, em associação, sistema integrado, reconhecido como tal em Resolução da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), completo, cujos componentes tenham sido contemplados com ex-tarifário.
Parágrafo único – A totalidade da mercadoria ou sistema integrado de que trata este artigo deverá chegar ao País dentro do prazo de vigência do benefício fiscal ou ex-tarifário pleiteado, se for o caso.
Art. 69 – Enquanto não estiver disponível função própria no SISCOMEX, a autorização para utilizar o procedimento de que trata o artigo 68 deverá ser requerida ao chefe da unidade da SRF onde será realizado o despacho aduaneiro da mercadoria, previamente ao registro da declaração.
§ 1º – Na hipótese deste artigo, ao formular a declaração o importador deverá indicar, nos campos próprios, os números dos conhecimentos de carga utilizados no despacho aduaneiro e os valores totais do frete e do seguro a eles correspondentes.
§ 2º – Na hipótese de embarque fracionado, quando os dados a que se refere o § 1º não estiverem disponíveis no momento do registro da DI, o importador deverá efetuar retificação de todos os campos da declaração que se fizerem necessários, em razão da chegada de cada fração importada.
§ 3º – Na hipótese do § 2º, aplica-se a legislação vigente na data do registro da DI e fica preservada a espontaneidade do contribuinte, com base no Artigo 13 do Acordo sobre a Implementação do artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 1994 (AVAGATT), observado o disposto no artigo 22 da Instrução Normativa SRF nº 327, de 9 de maio de 2003.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 70 – Os equipamentos referidos no § 2º do artigo 27 poderão ser disponibilizados à SRF pela autoridade portuária ou administrador do recinto.
§ 1º – Na hipótese de que trata o caput, o equipamento deverá ser disponibilizado para a SRF gratuitamente.
§ 2º – A utilização, pela SRF, dos equipamentos de que trata este artigo não será, em qualquer hipótese, cobrada dos importadores.
Art. 71 – A taxa referida no artigo 13, na hipótese de retificação da DI, será devida a partir de 1º de janeiro de 2007.
Art. 72 – Ficam formalmente revogados, sem interrupção de sua força normativa, a Instrução Normativa DpRF nº 113/91, de 4 de dezembro de 1991; e as Instruções Normativas SRF nº 19/81, de 24 de março de 1981; nº 74/87, de 20 de maio de 1987; nº 39/95, de 1º de agosto de 1995; nº 54/95, de 24 de novembro de 1995; nº 18/98, de 16 de fevereiro de 1998; nº 39/98, de 8 de abril de 1998; nº 1, de 2 de fevereiro de 2001; nº 406, de 15 de março de 2004; o artigo 19 da Instrução Normativa SRF nº 40, de 9 de abril de 1999; os artigos 1 a 64 e 70 a 80 e os anexos I, II e III da Instrução Normativa SRF nº 206, de 25 de setembro de 2002; o artigo 18 da Instrução Normativa SRF nº 386, de 14 de janeiro de 2004; o artigo 15 da Instrução Normativa SRF nº 409, de 19 de março de 2004; o artigo 26 da Instrução Normativa SRF nº 417, de 20 de abril de 2004; o artigo 22 da Instrução Normativa SRF nº 476, de 13 de dezembro de 2004; e o artigo 55 da Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006.
Art. 73 – Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. (Jorge Antonio Deher Rachid)

ANEXO ÚNICO
INFORMAÇÕES A SEREM PRESTADAS PELO IMPORTADOR

1 – Tipo de Declaração
Conjunto de informações que caracterizam a declaração a ser elaborada, de acordo com o tratamento aduaneiro a ser dado à mercadoria objeto do despacho, conforme a tabela “Tipos de Declaração”, administrada pela SRF.
2 – Tipo de Importador
Identificação do tipo de importador: pessoa jurídica, pessoa física ou missão diplomática ou representação de organismo internacional.
3 – Importador
Identificação da pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.
4 – Caracterização da Operação
Indica se a importação é própria ou por conta e ordem de terceiros.
5 – Adquirente da Mercadoria
Identificação do adquirente da mercadoria no caso de importação por conta e ordem de terceiros.
6 – Operação FUNDAP
Indicativo de operação de importação efetuada por empresa integrante do sistema FUNDAP – Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias.
7 – Representante Legal
Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda, da pessoa habilitada a representar o importador nas atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.
8 – Processo
Tipo e identificação do processo formalizado na esfera administrativa ou judicial que trate de pendência, consulta ou autorização relacionada à importação objeto do despacho.
9 – Modalidade do Despacho
Modalidade de despacho aduaneiro da mercadoria.
Fl. 2 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.
10 – URF de Despacho
Unidade da Receita Federal responsável pela execução dos procedimentos necessários ao desembaraço aduaneiro da mercadoria importada, de acordo com a tabela “Órgãos da SRF”, administrada pela SRF.
11 – URF de Entrada no País
Unidade da Receita Federal que jurisdiciona o local de entrada da mercadoria no País, de acordo com a tabela “Órgãos da SRF” administrada pela SRF.
12 – Outros Documentos de Instrução do Despacho
Documentos necessários para o despacho aduaneiro, além daqueles informados em campo próprio da declaração.
13 – País de Procedência
País onde a mercadoria se encontrava no momento de sua aquisição e de onde saiu para o Brasil, independentemente do país de origem ou do ponto de embarque final, de acordo com a tabela “Países” administrada pelo BACEN.
14 – Via de Transporte
Via utilizada no transporte internacional da carga.
14.1 – Indicativo de Multimodal
Indicativo da utilização de mais de uma via, de acordo com o conhecimento de transporte internacional.
15 – Veículo Transportador
Identificação do veículo que realizou o transporte internacional da carga.
16 – Transportador
Razão Social da pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, que realizou o transporte internacional e emitiu o conhecimento de transporte (único ou master).
16.1 – Bandeira
Identificação da nacionalidade do transportador, utilizando o código do país do transportador, conforme a tabela “Países”, administrada pelo BACEN.
Fl. 3 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.
16.2 – Agente do Transportador
Número de inscrição no CNPJ/MF, da pessoa jurídica nacional que representa o transportador da carga.
17 – Documento da Chegada da Carga
Documento que comprova a chegada da carga no recinto alfandegado sob a jurisdição da URF de despacho, de acordo com a via de transporte internacional utilizada.
18 – Conhecimento de Transporte
Documento emitido pelo transportador ou consolidador, constitutivo do contrato de transporte internacional e prova de propriedade da mercadoria para o importador.
18.1 – Identificação
Indicação do tipo e número de documento, conforme a via de transporte internacional.
18.2 – Indicativo de Utilização do Conhecimento
Indicativo de utilização do conhecimento no despacho aduaneiro.
18.3 – Identificação do Conhecimento de Transporte Master
Identificação do documento de transporte da carga consolidada (master), que inclua conhecimento house informado.
19 – Embarque
Local e data do embarque da carga.
19.1 – Local de Embarque
Denominação da localidade onde a carga foi embarcada, de acordo com o conhecimento de transporte. Local de postagem ou de partida da carga, nos demais casos.
19.2 – Data de Embarque
Data de emissão do conhecimento de transporte, da postagem da mercadoria ou da partida da mercadoria do local de embarque.
20 – Volumes
Características dos volumes objeto do despacho.
Fl. 4 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.
20.1 – Tipo de Embalagem.
Espécie ou tipo de embalagem utilizada no transporte da mercadoria submetida a despacho, conforme a tabela “Embalagens”, administrada pela SRF.
20.1.1 – Quantidade
Número de volumes objeto do despacho, exceto para mercadoria a granel.
21 – Peso Bruto
Somatório dos pesos brutos dos volumes objeto do despacho, expresso em Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais.
22 – Peso Líquido
Somatório dos pesos líquidos das mercadorias objeto do despacho, expresso em Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais.
23 – Data da Chegada
Data da formalização da entrada do veículo transportador no porto, no aeroporto ou na Unidade da SRF que jurisdicione o ponto de fronteira alfandegado.
24 – Local de Armazenamento
Local alfandegado, em zona primária ou secundária, onde se encontre a mercadoria, ou, no caso de despacho antecipado, onde a mesma deverá ficar à disposição da fiscalização aduaneira para verificação.
24.1 – Recinto Alfandegado
Código do recinto alfandegado conforme a tabela “Recintos Alfandegados”, administrada pela SRF.

24.2 – Setor
Código do setor que controla o local de armazenagem da mercadoria, conforme tabela administrada pela URF de despacho.
24.3 – Identificação do Armazém
Código do armazém, quando a informação constar de tabela administrada pela URF de despacho.
Fl. 5 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
25 – Custo do Transporte Internacional
Custo do transporte internacional das mercadorias objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela “Moedas”, administrada pelo BACEN. As despesas de carga, descarga e manuseio associadas a esse trecho devem ser incluídas no valor do frete.
25.1 – Valor Prepaid na Moeda Negociada
Valor do frete constante do conhecimento de transporte, pago no exterior antecipadamente ao embarque, inclusive “valor em território nacional”, se for o caso.
25.2 – Valor Collect na Moeda Negociada
Valor do frete constante do conhecimento de transporte, a ser pago no Brasil, inclusive “valor em território nacional”, se for o caso.
25.3 – Valor em Território Nacional na Moeda Negociada
Valor da parcela do frete destacada no conhecimento, correspondente ao transporte dentro do território nacional.
26 – Seguro Internacional
Valor do prêmio de seguro internacional relativo às mercadorias objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela “Moedas”, administrada pelo BACEN.
27 – Valor Total da Mercadoria no Local de Embarque (VTMLE)
Valor total das mercadorias objeto do despacho no local de embarque, na moeda negociada, conforme a tabela “Moedas”, administrada pelo BACEN. Quando as mercadorias objeto da declaração tiverem sido negociadas em moedas diversas, esse valor deve ser informado em real. Somatório das adições.
28 – Compensação de Tributos
Valor reconhecido a título de crédito, correspondente a tributo recolhido a maior ou indevidamente, utilizado pelo importador para reduzir os tributos a recolher apurados na declaração. Preenchimento completo do quadro quando houver compensação de tributo na declaração.
28.1 – Código de Receita
Código da receita tributária conforme a “Tabela Orçamentária”, administrada pela SRF.
Fl. 6 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
28.2 – Valor a compensar
Valor do crédito a compensar.
28.3 – Referência
Tipo e número do documento comprobatório do crédito a ser considerado para compensação.
29 – DARF
Transcrição dos dados constantes do DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais. Informação obrigatória nas declarações que apuraram impostos a recolher.
29.1 – Código de Receita
Código de receita tributária conforme a “Tabela Orçamentária”, administrada pela SRF.
29.2 – Código do Banco, da Agência e da Conta Corrente
Código do banco, da agência e da conta corrente arrecadadora do tributo constantes da autenticação mecânica.
29.3 – Valor do Pagamento
Valor do tributo pago constante da autenticação mecânica.
29.4 – Data do Pagamento
Data do pagamento do tributo constante da autenticação mecânica.
30 – Informações Complementares
Informações adicionais e esclarecimentos sobre a declaração ou sobre o despacho aduaneiro.
31 – Documento Vinculado
Identificação do tipo e número do documento de despacho aduaneiro anterior (DI ou RE), que justifica o tratamento requerido no despacho atual.
32 – Licenciamento de Importação
Número de identificação da Licença de Importação (LI).
Fl. 7 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
33 – Exportador
Identificação da pessoa que promoveu a venda da mercadoria e emitente da fatura comercial.
34 – Fabricante ou Produtor
Identificação da pessoa que fabricou ou produziu a mercadoria e sua relação com o exportador.
35 – Classificação Fiscal da Mercadoria
Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), conforme tabelas administradas pela SRF.
35.1 – Destaque para Anuência
Destaque da mercadoria dentro do código NCM para fins de licenciamento da importação, conforme tabela “Destaque para Anuência”, administrada pela SECEX. Informação obrigatória quando NCM sujeita a anuência.
35.2 – “Ex” para o Imposto de Importação
Destaque da mercadoria dentro do código NCM, para o Imposto de Importação.
35.2.1 – Ato Legal
Ato legal que instituiu o “ex” na NCM.
35.3 – “Ex” para o Imposto sobre Produtos Industrializados
Destaque da mercadoria dentro do código NBM, para o Imposto sobre Produtos Industrializados.
35.3.1 – Ato Legal
Ato legal que instituiu o “ex” na NBM.
36 – Classificação da Mercadoria na NALADI/SH ou NALADI/NCCA
Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração (NALADI) com base no Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias (SH) ou na Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira (NCCA). Informação obrigatória quando o país de procedência for membro da ALADI.
Fl. 8 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
37 – Peso Líquido das Mercadorias da Adição
Peso líquido das mercadorias constantes da adição, expresso em quilograma e fração de cinco casas decimais.
38 – Destaque NCM Anuência/CIDE
Destaque NCM Anuência/CIDE.
39 – Aplicação da Mercadoria
Destino da mercadoria: consumo ou revenda.
40 – Indicativos da Condição da Mercadoria
Assinalar o(s) indicativo(s) abaixo, se adequado(s) à condição da mercadoria objeto da adição:
1 – Material usado
2 – Bem sob encomenda
41 – Condição de Negócio da Mercadoria
Cláusula contratual que define as obrigações e direitos do comprador e do vendedor, em um contrato internacional de compra e venda de mercadoria, de acordo com a tabela INCOTERMS, administrada pela SECEX.
41.1 – Local da Condição
Ponto ou local até onde o vendedor é responsável pelos custos dos elementos próprios da condição.
42 – Descrição Detalhada da Mercadoria
Descrição completa da mercadoria de modo a permitir sua perfeita identificação e caracterização.
42.1 – Nomenclatura de Valor e Estatística (NVE)
Nomenclatura de classificação da mercadoria, para fins de valoração aduaneira e estatística, por marca comercial e código, conforme a tabela “NVE”, administrada pela SRF.
Fl. 9 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
42.2 – Especificação
Espécie, tipo, marca, número, série, referência, medida, nome científico e/ou comercial, etc. da mercadoria.
42.3 – Unidade Comercializada
Unidade de medida utilizada na comercialização da mercadoria, conforme fatura comercial.
42.4 – Quantidade na Unidade Comercializada
Número de unidades da mercadoria, na unidade de medida comercializada.
42.5 – Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda Valor da mercadoria por unidade comercializada, na condição de venda (INCOTERMS) e na moeda negociada, de acordo com a fatura comercial.
43 – Informações Estatísticas
Informações para fins estatísticos.
43.1 – Quantidade
Quantidade da mercadoria expressa na unidade estatística, exceto quando esta for quilograma.
43.2 – Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda
Valor da mercadoria por unidade estatística, na condição de venda e na moeda negociada.
44 – Valoração Aduaneira
Método, acréscimos, deduções e informações complementares para composição do valor aduaneiro, base de cálculo do imposto de importação.
44.1 – Método de Valoração
Método utilizado para valoração da mercadoria, conforme a tabela “Método de Valoração”, administrada pela SRF, e indicativo de vinculação entre o comprador e o vendedor.
Fl. 10 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
44.2 – Acréscimos
Valores a serem adicionados ao preço efetivamente pago ou a pagar, para composição do valor aduaneiro, conforme a tabela “Acréscimos”, administrada pela SRF.
44.3 – Deduções
Valores a serem excluídos do preço efetivamente pago ou a pagar, para composição do valor aduaneiro, conforme a tabela “Acréscimos”, administrada pela SRF.
44.4 – Complemento
Informações complementares que justifiquem a composição do valor aduaneiro.
45 – Acordo Tarifário
Tipo de Acordo que concede preferência tarifária para a mercadoria.
45.1 – Acordo ALADI
Preenchimento obrigatório do código do Acordo ALADI, conforme a tabela “Acordos ALADI”, administrada pela SRF, quando a mercadoria for procedente de país membro da ALADI, mesmo quando não negociada.
45.1.1 – Ato Legal
Ato do Executivo que deu vigência ao Acordo no País.
No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.
45.1.2 – “Ex” ou “Observação”
Destaque da mercadoria negociada no Acordo, na NALADI (SH ou NCCA).
45.1.3 – Alíquota do Acordo
Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de preferência, deverá ser informada alíquota residual.
45.2 – Acordo OMC/GATT
45.2.1 – Ato Legal
Ato que promulga o Acordo no País.
No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.
Fl. 11 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
45.2.2 – “Ex” OMC/GATT
Destaque de mercadoria negociada no Acordo.
45.2.3 – Alíquota do Acordo OMC
Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de preferência, deverá ser informada alíquota residual.
45.3 – Acordo SGPC
45.3.1 – Ato Legal
Ato que promulga o Acordo no País.
No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.
45.3.2 – “Ex”
Destaque de mercadoria negociada no Acordo.
45.3.3 – Alíquota do Acordo
Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de preferência, deverá ser informada alíquota residual.
46 – Regime de Tributação para o Imposto de Importação
Regime de tributação pretendido, conforme a tabela “Regimes de Tributação do I.I.”, administrada pela SRF.
46.1 – Enquadramento Legal
Enquadramento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o I.I., conforme a tabela “Fundamentação Legal”, administrada pela SRF.
46.2 – Redução
Benefício aplicável ao I.I. quando o regime de tributação for “redução”. Pode ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.
46.2.1 – Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
Fl. 12 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
46.2.2 – Percentual de Redução do Imposto
Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.
47 – Regime de Tributação para o Imposto sobre Produtos Industrializados
Regime de tributação pretendido, conforme a tabela “Regimes de Tributação do I.P.I.”, administrada pela SRF.
47.1 – Fundamento Legal
Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o I.P.I., conforme a tabela “Fundamentação Legal”, administrada pela SRF.
47.2 – Redução
Benefício aplicável ao I.P.I. quando o regime de tributação for “redução”. Pode ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.
47.2.1 – Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
47.2.2 – Percentual de Redução do Imposto
Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.
48 – Imposto de Importação
Cálculo do imposto de importação em real.
48.1 – Tipo de Alíquota
Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária.
48.2 – Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.
48.3 – Unidade de Medida para Alíquota Unitária
Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.
48.4 – Alíquota ad valorem
Alíquota vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).
Fl. 13 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
48.5 – Alíquota Unitária
Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso em real.
49 – PIS/COFINS
49.1 – Alíquota do ICMS
Valor da alíquota do ICMS.
49.2 – Redução da Base de Cálculo
49.2.1 – Fundamento Legal
Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o PIS/COFINS.
49.2.2 – Percentual de Redução
Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.
50 – Regime de Tributação
Código do regime de tributação pretendido e fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido.
51 – Alíquota PIS/PASEP
51.1 – Alíquota PIS/PASEP ad valorem
Tipo de alíquota aplicável ad valorem.
51.1.1 – Alíquota ad valorem
Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).
51.1.2 – Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
51.2 – Alíquota PIS/PASEP Unitária
Tipo de alíquota aplicável específica.
51.2.1 – Alíquota Unitária
Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso em real.
Fl. 14 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
51.3 – Unidade de Medida para Alíquota Unitária
Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.
51.4 – Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.
52 – Alíquota COFINS
52.1 – Alíquota COFINS ad valorem
Tipo de alíquota aplicável ad valorem.
52.1.1 – Alíquota ad valorem
Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).
52.1.2 – Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
52.2 – Alíquota COFINS Unitária
Tipo de alíquota aplicável específica.
52.2.1 – Alíquota Unitária
Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso em real.
52.3 – Unidade de Medida para Alíquota Unitária
Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.
52.4 – Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.
53 – Direitos Antidumping e Compensatórios
Cálculo do direito Antidumping ou do direito compensatório, em real.
53.1 – “Ex”
Destaque da mercadoria dentro do código NCM, se houver.
Fl. 15 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
53.2 – Ato legal
Instrumento jurídico que ampara o direito exigível, conforme a tabela “Atos Legais”, administrada pela SRF.
53.3 – Tipo de Alíquota
Tipo de alíquota aplicável.
53.4 – Base de Cálculo para Aplicação da Alíquota
Valor tributável ou quantidade da mercadoria na unidade de medida, conforme estabelecido em ato legal.
53.5 – Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota
Unidade de medida estabelecida no ato legal para a mercadoria.
53.6 – Alíquota Aplicável
Alíquota aplicável sobre a base de cálculo.
54 – Imposto sobre Produtos Industrializados
Cálculo do IPI vinculado à importação, em real.
54.1 – Tipo de Alíquota
Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária.
54.2 – Nota Complementar TIPI
Número da Nota Complementar (NC) prevista na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) relativa à alíquota ad valorem do IPI, quando houver.
54.3 – Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em ato legal.
54.4 – Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota Unitária
Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.
54.5 – Alíquota ad valorem
Alíquota do imposto vigente, conforme previsto na TIPI.
Fl. 16 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
54.6 – Alíquota Unitária
Valor, em real, por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo.
55 – Internação de ZFM-PI
Cálculo do imposto de importação relativo aos insumos/componentes importados para a ZFM e utilizados na industrialização de mercadoria destinada à internação no restante do País, conforme Demonstrativo do Coeficiente de Redução-Eletrônico (DCR-E).
55.1 – Identificação do Demonstrativo do Coeficiente de Redução-Eletrônico (DCR-E)
Número identificador constante do Demonstrativo do Coeficiente de Redução.
55.2 – Coeficiente de Redução
Percentual de redução incidente sobre a alíquota ad valorem, conforme DCR-E.
55.3 – Imposto de Importação Calculado em Dólar
Valor do imposto unitário devido na aquisição de insumos/ componentes importados, conforme DCR-E, expresso em dólar dos EUA.

ESCLARECIMENTO: As Instruções Normativas revogadas ou com dispositivos revogados pela IN 680/2006 dispunham sobre o que se segue:
• 113 DRF (Informativo 49/91) fixava em 5% o limite para exclusão da responsabilidade do transportador, nas hipóteses de falta de mercadoria importada a granel;
• 19 SRF (Informativo 13/81) fixava as normas para utilização de chancela mecânica na assinatura dos documentos fiscais utilizados no processo de despacho aduaneiro de mercadorias;;
• 74 SRF (Informativo 21/87) dispensava a apresentação de documento comprobatório de doação, no despacho aduaneiro de importação de bens;
• 39 SRF (Informativo 31/95) dispunha sobre a possibilidade da concessão do registro de mais de uma DI para o mesmo Conhecimento de Carga no desembaraço aduaneiro, na importação de veículos;
• 54 SRF (Informativo 49/95) fixava a obrigatoriedade de comprovação da isenção, não-incidência ou pagamento do ICMS, no despacho aduaneiro de Mercadorias importadas;
• 18 SRF Dispunha sobre a impressão dos formulários aprovados pela IN 16/98 (Informativo 07/98);
• 39 SRF (Informativo 15/98) possibilitava que os veículos e os granéis fossem submetidos a despacho aduaneiro de importação, sem que fossem descarregados, desde que parte destes necessitassem seguir em percurso interno para outro porto nacional;
• 1 SRF Revogou as IN 1/69, 31/73 e 34/74;
• 406 SRF (Informativo 11/2004) determinava que nos casos de importação em que por razões comerciais ou técnicas o transporte, por via aérea ou marítima, de mercadoria destinada a um único importador, numa só operação comercial, não poderia ser realizada em um único embarque;
• 40 SRF (Informativo 15/99) revogou o artigo 19, que determinava que seriam desembaraçados sem conferência física os bens de caráter cultura;
• 206 SRF (Informativo 39/2002) revogou os artigos 1 a 64 e 70 a 80 e os Anexos I, II e III, que consolidavam os procedimentos a serem observados para o despacho aduaneiro de importação, através do SISCOMEX;
• 386 SRF (Informativo 02/2004) revogou o artigo 18 que determinava que a retificação da declaração de admissão para registrar faltas, acréscimos e divergências quanto à natureza da mercadoria, desde que verificados no exame da carga pelo beneficiário do regime, decorrentes de erro comprovado na expedição, seria realizada pela unidade da SRF, mediante solicitação do beneficiário;
• 409 SRF (Informativo 12/2004) ) revogou o artigo 15 que determinava que a retificação da declaração de admissão para registrar faltas, acréscimos e divergências quanto à natureza da mercadoria, desde que verificados no exame da carga pelo beneficiário do regime, decorrentes de erro na expedição, seria realizada pela unidade da SRF, mediante solicitação do beneficiário;
• 417 SRF (Informativo 17/2004) revogou o artigo 26 que determinava que a retificação da declaração de admissão para registrar acréscimos e divergências quanto à natureza da mercadoria, desde que verificados no curso do exame da carga pelo importador, decorrentes de erro na expedição, seria realizada pela unidade da SRF, mediante solicitação do importador;
• 476 SRF (Informativo 50/2004) revogou o artigo 22 que determinava que a retificação de DI para registrar faltas, acréscimos e divergências quanto à natureza ou quantidade da mercadoria, decorrente de erro de expedição verificado no curso da conferência realizada pelo habilitado ao programa após o desembaraço aduaneiro, seria realizada pela unidade de despacho da SRF, mediante solicitação do importador;
• 611 SRF (Informativo 05/2006) revogou o artigo 55 que alterou a redação do artigo 74 da IN 206/2002.

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