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Instrução Normativa SRF 246/2002

04/06/2005 20:09:29

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 246 SRF, DE 20-11-2002
(DO-U DE 21-11-2002)

PESSOAS FÍSICAS
OMISSÃO DE RENDIMENTOS
Tributação

Normas relativas à tributação dos valores creditados em conta de depósito
ou de investimento mantida em instituição financeira, em relação aos quais o
contribuinte pessoa física, regularmente intimado, não comprove a origem dos recursos.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto no artigo 3º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, no artigo 2º da Lei nº 8.134, de 27 de dezembro de 1990, no artigo 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, com a redação dada pelo artigo 2º da Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, no artigo 42 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, com a redação dada pelo artigo 4º da Lei nº 9.481, de 13 de agosto de 1997, e no artigo 58 da Medida Provisória nº 66, de 29 de agosto de 2002, RESOLVE:
Art. 1º – Considera-se omissão de rendimentos os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida em instituição financeira, cuja origem dos recursos o contribuinte, regularmente intimado, não comprove mediante documentação hábil e idônea.
§ 1º – Quando comprovado que os valores creditados em conta de depósito ou de investimento pertencem a terceiro, evidenciando interposição de pessoa, a determinação dos rendimentos é efetuada em relação ao terceiro, na condição de efetivo titular da conta de depósito ou de investimento.
§ 2º – Caracterizada a omissão de rendimentos decorrente de créditos em contas de depósito ou de investimento mantidas em conjunto, cuja declaração de rendimentos dos titulares tenha sido apresentada em separado, o valor dos rendimentos é imputado a cada titular mediante divisão do total dos rendimentos pela quantidade de titulares.
Art. 2º – Os rendimentos omitidos serão considerados recebidos no mês em que for efetuado o crédito pela instituição financeira.
Art. 3º – Para efeito de determinação dos rendimentos omitidos, os créditos serão analisados individualizadamente.
§ 1º – Para efeito de determinação do valor dos rendimentos omitidos, não será considerado o crédito de valor individual igual ou inferior a R$ 12.000,00 (doze mil reais), desde que o somatório desses créditos não ultrapasse o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), dentro do ano-calendário.
§ 2º – Os créditos decorrentes de transferência entre contas de mesmo titular não serão considerados para efeito de determinação dos rendimentos omitidos.
§ 3º – O valor creditado em contas de depósito ou de investimento mantidas em instituição financeira no exterior será convertido em reais pela cotação de câmbio fixada, para compra, pelo Banco Central do Brasil, em vigor na data do depósito ou do investimento.
§ 4º – Na inexistência da cotação de câmbio de que trata o § 3º, o valor do depósito deve ser convertido em dólares dos Estados Unidos da América pelo valor fixado pela autoridade monetária do país emissor da moeda para a data do depósito e, em seguida, em reais, pela cotação de câmbio fixada, para compra, pelo Banco Central do Brasil, em vigor na data do depósito.
Art. 4º – Os rendimentos omitidos, de origem não comprovada, serão apurados no mês em que forem recebidos e estarão sujeitos a tributação na declaração de ajuste anual, conforme tabela progressiva vigente à época.
§ 1º – Ao imposto suplementar apurado na forma do caput será aplicada a multa de que tratam os incisos I ou II do caput do artigo 44 da Lei nº 9.430, de 1996.
§ 2º – Na hipótese de comprovação da origem, os rendimentos omitidos serão apurados no mês em que forem recebidos e tributados segundo sua natureza, aplicando-se a multa de que trata o § 1º, e, se for o caso, a multa do inciso III do § 1º do mesmo dispositivo legal.
Art. 5º – Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. (Everardo Maciel)

ESCLARECIMENTO: O artigo 44 da Lei 9.430, de 27-12-96 (Informativo 53/96), estabelece que, nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição:
a) 75%, nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, pagamento ou recolhimento após o vencimento do prazo, sem o acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e nos de declaração inexata, excetuada a hipótese prevista na letra “b” a seguir;
b) 150%, nos casos de evidente intuito de fraude, definidos na legislação pertinente, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.
O inciso III do § 1º do artigo 44 da Lei 9.430/96 estabelece que as multas mencionadas anteriormente serão exigidas isoladamente, no caso de pessoa física sujeita ao pagamento mensal do imposto (carnê-leão), que deixar de fazê-lo, ainda que não tenha apurado imposto a pagar na declaração de ajuste.

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