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São Paulo

Decreto 46555/2002

04/06/2005 20:09:42

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DECRETO 46.555, DE 20-2-2002
(DO-SP DE 21-2-2002)

OUTROS ASSUNTOS ESTADUAIS
TELEFONE CELULAR
Cadastro

Regulamenta a Lei 11.058, de 18-2-2002 (Neste Informativo), que determina a obrigatoriedade do cadastramento de usuários de telefones celulares pré-pagos.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais, DECRETA:
Art. 1º – Incumbe aos prestadores de serviço de telecomunicações na modalidade pré-paga, em operação no território do Estado, manter cadastro atualizado de usuários.
§ 1º – O cadastro referido no caput, além do nome e endereço completos, deverá conter:
1. no caso de pessoa física, o número do documento de identidade ou o número de registro no respectivo cadastro do Ministério da Fazenda;
2. no caso de pessoa jurídica, o número de registro no respectivo cadastro do Ministério da Fazenda;
3. o registro das informações a que se refere o artigo 4º, inciso II, deste Decreto.
§ 2º – Os dados constantes do cadastro deverão ser imediatamente disponibilizados quando requisitados pela autoridade judicial.
Art. 2º – Para o atendimento do disposto no artigo anterior, ficam os prestadores de serviço de telecomunicações na modalidade pré-paga obrigados a:
I – convocar os atuais usuários para fornecimento dos dados necessários ao preenchimento do cadastro, no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da publicação da Lei nº 11.058, de 18 de fevereiro de 2002;
II – elaborar e manter o referido cadastro, a partir das informações prestadas pelos usuários e pelos estabelecimentos e pontos de comercialização de aparelhos de telefonia na modalidade pré-paga;
III – atualizar as informações cadastrais sempre que o usuário comunicar a ocorrência de qualquer das hipóteses previstas no artigo 4º, inciso II, deste Decreto;
IV – disponibilizar meios simplificados e de fácil acesso, inclusive à distância, para que os usuários de serviços pré-pagos façam seu cadastro e a respectiva atualização.
Art. 3º – Incumbe aos estabelecimentos e pontos de comercialização de aparelhos de telefonia, na modalidade pré-paga, informar aos respectivos prestadores de serviços, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas após executada a venda, os dados cadastrais do adquirente.
Art. 4º – Incumbe aos usuários de aparelhos de telefonia, na modalidade pré-paga:
I – atender à convocação a que se refere o inciso I do artigo 2º deste Decreto, para a formalização do cadastro;
II – comunicar imediatamente ao prestador de serviço ou seus credenciados:
a) o roubo, furto ou extravio de aparelhos;
b) a transferência de titularidade do aparelho;
c) qualquer alteração das informações cadastrais.
Parágrafo único – A não observância do disposto nos incisos I e II, alíneas “a” e “b”, caracteriza má utilização do aparelho.
Art. 5º – Pelo descumprimento das obrigações previstas neste Decreto, ficarão os estabelecimentos e pontos de comercialização de aparelhos de telefonia, na modalidade pré-paga, bem como os prestadores desse serviço de telecomunicações sujeitos a multa, a ser aplicada na seguinte conformidade:
I – Grupo I: 100 (cem) a 500 (quinhentas) UFESP quando:
a) deixarem de observar o prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após a venda de aparelho, para informar os dados cadastrais do adquirente ao respectivo prestador do serviço de telecomunicações;
b) repassarem incorretamente aos prestadores de serviço de telecomunicações os dados cadastrais de adquirentes de aparelhos de telefonia, na modalidade pré-paga;
II – Grupo II: 501 (quinhentas e uma) a 5.000 (cinco mil) UFESP quando:
a) registrarem incorretamente as informações prestadas pelo usuário;
b) deixarem de efetuar o imediato bloqueio do serviço nas hipóteses de má utilização do aparelho;
c) deixarem de proceder à atualização das alterações cadastrais informadas pelos usuários;
d) dificultarem ou criarem embaraços ao usuário para a formalização do cadastro;
III – Grupo III: 5.001 (cinco mil e uma) a 10.000 (dez mil) UFESP quando:
a) deixarem de efetuar a convocação dos usuários para a elaboração do cadastro;
b) deixarem de elaborar o cadastro inicial de usuários;
c) retardarem ou impedirem, após a apresentação da ordem judicial, a imediata disponibilização dos dados constantes do cadastro, ou omitirem qualquer informação do mesmo constante;
d) deixarem de informar aos prestadores de serviço de telecomunicações os dados cadastrais de adquirentes de aparelho de telefonia, na modalidade pré-paga.
Art. 6º – Pelo descumprimento das obrigações previstas no artigo 4º, o usuário de aparelho de telefonia, na modalidade pré-paga, ficará sujeito às seguintes penalidades:
I – Grupo I: multa de 1 (uma) a 5 (cinco) UFESP, quando deixar de comunicar a alteração de endereço;
II – Grupo II: multa de 6 (seis) a 10 (dez) UFESP, quando prestar informações incorretas para a formalização do cadastro;
III – Grupo III: bloqueio parcial ou total do serviço, quando caracterizada a má utilização do aparelho.
Parágrafo único – O bloqueio parcial do serviço consiste no impedimento de originar chamadas, exceto para os centros de atendimento do prestador de serviços.
Art. 7º – Para o cálculo das multas, deverá ser considerado o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (UFESP) vigente no dia em que se constatar a infração.
Parágrafo único – Se ocorrer a substituição da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (UFESP), o valor nominal da multa deverá corresponder à quantia equivalente no novo índice adotado.
Art. 8º – Na aplicação das penalidades, será considerada como circunstância atenuante a boa-fé dos infratores.
Art. 9º – As multas serão agravadas até o valor máximo fixado em lei, nos casos em que se verificar manifesta má-fé, simulação, fraude ou embaraço à investigação criminal.
Art. 10 – Em caso de reincidência, o valor das multas será aplicado em dobro, respeitados os limites estabelecidos em lei.
Art. 11 – Para aplicação das penalidades previstas neste Decreto, são competentes:
I – o Secretário da Segurança Pública;
II – o Delegado-Geral de Polícia, até as penas de multa de 5.000 (cinco mil) UFESP e solicitação de bloqueio do serviço de telefonia pré-paga;
III – Delegados Diretores de Departamento de Polícia Judiciária, até as penas de multa de 500 (quinhentas) UFESP .
Art. 12 – Verificada qualquer violação às normas previstas neste Decreto, será lavrado o competente Auto de Infração, observando-se no procedimento sancionatório as regras previstas na Lei nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998.
Art. 13 – Nos termos estabelecidos pelo artigo 5º da Lei nº 11.058, de 18 de fevereiro de 2002, o produto da arrecadação das multas previstas neste Decreto constituirá receita do Fundo de Incentivo à Segurança Pública (FISP), de que trata a Lei nº 10.328, de 15 de junho de 1999.
Art. 14 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. (Geraldo Alckmin; Saulo de Castro Abreu Filho – Secretário da Segurança Pública; Rubens Lara – Secretário-Chefe da Casa Civil; Dalmo Nogueira Filho – Secretário do Governo e Gestão Estratégica)

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