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São Paulo

Decreto 46676/2002

04/06/2005 20:09:42

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DECRETO 46.676, DE 9-4-2002
(DO-SP DE 10-4-2002)

ICMS
PROCESSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO
Normas
REGULAMENTO
Alteração

Modifica o Regulamento do ICMS-SP, relativamente ao processo administrativo tributário, com efeitos a partir da data que especifica.
Alteração, acréscimo e revogação de dispositivos do Decreto 45.490, de 30-1-2000 (DO-SP de 1-12-2000).

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.941, de 25 de outubro de 2001, que dispõe sobre o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício, DECRETA:
Art. 1º – Passa a vigorar com a redação que se segue o Título IV do Livro IV do Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000:

“TÍTULO IV
Do Processo Fiscal

CAPÍTULO I
Do Início do Procedimento

Art. 532 – O processo administrativo tributário referente ao imposto será regulado em ato normativo específico (Lei 10.941/2001, artigo 1º).
Art. 533 – Para efeito de excluir a espontaneidade do infrator, considera-se iniciado o procedimento fiscal (Lei 6.374/89, art. 88, § 2º):
I – com a notificação, a intimação, ou a lavratura de termo de início de fiscalização ou de auto de infração;
II – com a lavratura de termo de apreensão de mercadoria, documento ou livro, ou de notificação para a sua apresentação.
§ 1º – O início do procedimento alcança todo aquele que estiver envolvido na infração apurada pela ação fiscal.
§ 2º – O ato excludente da espontaneidade, exceto a lavratura de auto de infração, valerá pelo prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável, sucessivamente, por período igual ou menor, pelo Chefe da repartição fiscal a que o estabelecimento fiscalizado estiver vinculado.

CAPÍTULO II
Do Auto de Infração e Imposição de Multa

Artigo 534 – Verificada qualquer infração à legislação tributária, será lavrado auto de infração, observado o seguinte (Lei 6.374/89, artigo 72):
I – a sua lavratura compete privativamente ao Agente Fiscal de Rendas;
II – uma das vias do auto de infração será entregue ou remetida ao contribuinte autuado;
III – não invalida a ação fiscal a recusa do contribuinte em receber uma das vias do auto de infração ou o seu recebimento na ausência de testemunhas.

CAPÍTULO III
Do Procedimento Administrativo Não Contencioso

Art. 535 – Notificações, intimações e avisos sobre matéria fiscal serão feitos ao interessado por um dos seguintes modos:
I – em processo ou expediente administrativo, mediante “ciente”, com a aposição de data e assinatura do interessado, seu representante ou preposto;
II – em livro fiscal ou em impresso de documento fiscal, na presença do interessado ou de seu representante, preposto ou empregado;
III – mediante comunicação expedida sob registro postal ou entregue pessoalmente, contra-recibo, ao interessado, seu representante, preposto ou empregado;
IV – por publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 1º – A comunicação será expedida para o endereço indicado pelo interessado à repartição.
§ 2º – A comunicação expedida para o endereço do representante, quando solicitado expressamente pelo interessado, dispensa a expedição para endereço deste.
§ 3º – Presume-se entregue a comunicação remetida para o endereço indicado pelo interessado.
§ 4º – O prazo para interposição recurso em procedimento administrativo não decorrente da lavratura de auto de infração, ou para cumprimento de exigência em relação à qual não caiba recurso, contar-se-á, conforme o caso, da data:
1 – da assinatura do interessado ou de seu representante, preposto ou empregado, no processo ou expediente;
2 – da lavratura do respectivo termo no livro ou no impresso de documento fiscal;
3 – da entrega pessoal da comunicação ao interessado, seu representante, preposto ou empregado;
4 – do terceiro dia útil posterior ao do registro postal;
5 – da publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 5º – Quando a notificação, intimação ou aviso for feito por publicação no Diário Oficial, o interessado será cientificado da publicação mediante comunicação expedida sob registro postal, salvo se ele não houver indicado o endereço à repartição; os prazos serão contados, sempre, conforme o disposto no item 5 do parágrafo anterior.
§ 6º – A falta de entrega da comunicação referida no parágrafo anterior ou sua devolução pelo serviço postal não invalida a intimação, a notificação ou o aviso.
Artigo 536 – Da decisão proferida por autoridade administrativa em matéria fiscal estranha à competência dos órgãos de julgamento previstos na Lei nº 10.941, de 25-10-2001, caberá recurso, uma única vez, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da notificação do despacho, para a autoridade imediatamente superior à que houver proferido a decisão (Lei 10.941/2001, artigo 70).
Art. 537 – O despacho ou decisão, proferidos por autoridade administrativa, em matéria fiscal estranha à competência dos órgãos de julgamento previstos na Lei nº 10.941, de 25-10-2001, favoráveis ao contribuinte, que importarem no reconhecimento de direito equivalente, monetariamente, a valor superior a 500 (quinhentas) UFESP, ficam sujeitos, para sua validade e cumprimento, à ratificação pela autoridade imediatamente superior.
§ 1º – A autoridade ratificadora deverá ter, na hierarquia funcional, no mínimo, o nível de Delegado Regional Tributário.
§ 2º – O disposto neste artigo não se aplica ao despacho ou decisão proferidos pela própria autoridade administrativa superior, em decorrência de avocação da matéria ou de provimento de extensão de competência.” (NR)
Art. 2° – Ficam acrescentados os dispositivos adiante enumerados ao Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação:
I – o artigo 527-A:
“Art. 527-A – A multa aplicada nos termos do artigo 527 poderá ser reduzida ou relevada por órgão julgador administrativo, desde que a infração tenha sido praticada sem dolo, fraude ou simulação, e não implique falta de pagamento do imposto (Lei 6.374/89, art. 92 e § 2º, na redação da Lei 10.619/2000, artigo 1º, XXXI, e Lei 10.941/2001, artigo 44).
§ 1º – Na hipótese de redução, observar-se-á o disposto no § 7º do artigo 527.
§ 2º – Não poderão ser relevadas, na reincidência, as penalidades previstas na alínea “a” do inciso VII e na alínea “x” do inciso VIII do artigo 527.
§ 3º – Para aplicação deste artigo, serão levados em consideração, também, o porte econômico e os antecedentes fiscais do contribuinte";
II – ao artigo 564, o § 3º:
“§ 3º – Após transitada em julgado a decisão em processo contencioso administrativo, terá o contribuinte prazo de 15 (quinze) dias para, sob pena de inscrição na dívida ativa, efetuar o recolhimento do débito fiscal, com a aplicação da redução prevista no inciso III.”
Art. 3° – Ficam revogados os artigos 538 a 563 do Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000.
Art. 4º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir da vigência do decreto que regulamentar a Lei nº 10.941, de 25 de outubro de 2001. (Geraldo Alckmin; Fernando Dall’Acqua – Secretário da Fazenda; Rubens Lara – Secretário-Chefe da Casa Civil; Dalmo Nogueira Filho –Secretário do Governo e Gestão Estratégica)

ESCLARECIMENTO: A seguir, transcrevemos o Ofício 307 GS-CAT/2002, publicado ao final do presente Decreto, que esclarece a respeito das modificações que estão sendo introduzidas no RICMS-SP, bem como informamos que a Lei 10.941, de 25-10-2001 foi regulamentada pelo Decreto 46.674, de 9-4-2002 (Neste Informativo):
“Senhor Governador:
Tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência a inclusa minuta de decreto que introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS), aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30-11-2000, para fins de adaptá-lo à Lei nº 10.941, de 25-10-2001, que dispõe sobre o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício, a ser regulamentada por meio de decreto específico.
O processo contencioso administrativo para solução de litígios relacionados com os tributos estaduais era disciplinado até então pela Lei nº 10.081, de 25-4-1968, e sua regulamentação encontrava-se inserta no Regulamento do ICMS, aplicando-se aos demais tributos estaduais por meio de normas legais de vinculação.
Com a edição da nova lei, essa matéria procedimental passa a ser disciplinada em decreto autônomo aplicável a todos os tributos estaduais, havendo, em conseqüência, necessidade de efetuar alterações de cunho técnico no texto do Regulamento do ICMS, para excluir dele as disposições de cunho processual até então vigentes.
Com essas justificativas e propondo a edição de decreto conforme a minuta, aproveito o ensejo para reiterar-lhe meus protestos de estima e alta consideração.” (Fernando Dall’Acqua – Secretário da Fazenda)

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