São Paulo
LEI
13.402, DE 5-8-2002
(DO-MSP DE 6-8-2002)
OUTROS
ASSUNTOS MUNICIPAIS
IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS – ITBI
Alteração das Normas – Isenção – Parcelamento
Modifica
as normas relativas ao Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
(ITBI-IV), bem como isenta do imposto de transmissões que especifica
e determina o parcelamento dos débitos relativos aos lançamentos
efetuados de ofício e ainda não inscritos em dívida ativa,
nas condições que menciona, no Município de São
Paulo.
Alteração e acréscimo de dispositivos da Lei 11.154, de
30-12-91 (informativo 53/91).
MARTA SUPLICY,
PREFEITA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, no uso das atribuições
que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal,
em sessão de 17 de julho de 2002, decretou e eu promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º – Os artigos 2º, 8º, 11, 14, 19, 21, 23 e 24 da
Lei nº 11.154, de 30 de dezembro de 1991, alterada pela Lei nº 13.107,
de 29 de dezembro de 2000, passam a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2º – .................................................................................................................................................................................................................................
VI – o valor dos imóveis que, na divisão de patrimônio
comum ou na partilha, forem atribuídos a um dos cônjuges separados
ou divorciados, ao cônjuge supérstite ou a qualquer herdeiro, acima
da respectiva meação ou quinhão, considerando, em conjunto,
apenas os bens imóveis constantes do patrimônio comum ou monte-mor.”
“Art. 8º – Em nenhuma hipótese, o imposto será
calculado sobre valor inferior ao valor do bem, utilizado, no exercício,
para base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU).
§ 1º – Para os efeitos deste artigo, não serão
considerados os descontos eventualmente concedidos sobre o valor fiscal apurado
para efeito do cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU).
§ 2º – Na inexistência de lançamento do Imposto
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), os atos translativos
somente serão celebrados mediante apresentação de certidão
dessa circunstância, expedida pela unidade competente, conforme regulamento.
§ 3º – Em caso de incorreção do lançamento
do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), utilizado
para efeito de piso, o Fisco Municipal poderá rever, de ofício,
os valores recolhidos a título do Imposto sobre a Transmissão
de Bens Imóveis (ITBI-IV)."
“Art. 11 – .................................................................................................................................................................................................................................
Parágrafo único – Os notários, oficiais de Registro
de Imóveis, ou seus prepostos, ficam obrigados a verificar a exatidão
e a suprir as eventuais omissões dos elementos de identificação
do contribuinte e do imóvel transacionado no documento de arrecadação,
nos atos em que intervierem."
“Art. 14 – Nas transmissões realizadas por termo judicial,
em virtude de sentença judicial, o imposto será pago dentro de
10 (dez) dias, contados do trânsito em julgado da sentença ou da
data da homologação de seu cálculo, o que primeiro ocorrer.”
“Art. 19 – Não serão lavrados, registrados, inscritos
ou averbados pelos notários, oficiais de Registro de Imóveis,
ou seus prepostos, os atos e termos relacionados à transmissão
de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, sem a prova do pagamento
do imposto, observado o disposto no artigo 8º desta Lei, ou do reconhecimento
administrativo da não incidência, da imunidade ou da concessão
de isenção.”
“Art. 21 – Os notários, oficiais de Registro de Imóveis,
ou seus prepostos, que infringirem o disposto nesta Lei, ficam sujeitos à
multa de:
I – R$ 50,00 (cinqüenta reais), por item descumprido, pela infração
ao disposto no parágrafo único do artigo 11 desta Lei;
II – R$ 1.000,00 (mil reais), por item descumprido, pela infração
ao disposto nos artigos 19 e 20 desta Lei."
“Art. 23 – Apurada qualquer infração à legislação
relativa a este imposto, será efetuado lançamento complementar
do tributo e/ou lavrado Auto de Infração.
§ 1º – Poderá o contribuinte ou o autuado pagar a multa
fixada no lançamento complementar com desconto de:
I – 50% (cinqüenta por cento), dentro do prazo de 30 (trinta) dias,
contados de sua notificação;
II – 30% (trinta por cento), até 30 (trinta) dias, contados da
notificação da decisão de primeira instância;
III – 15% (quinze por cento), antes de sua inscrição da
Dívida Ativa.
§ 2º – O pagamento efetuado nos termos deste artigo implica
renúncia à defesa ou a recursos previstos na legislação,
e não dispensa, nem elide, a aplicação dos juros de mora
e atualização monetária devidos, nos termos da legislação
vigente.”
“Art. 24 – Não concordando o órgão fazendário
municipal com o valor declarado do bem transmitido, ou com os esclarecimentos,
declarações, documentos ou recolhimentos prestados, expedidos
ou efetuados pelo sujeito passivo ou por terceiro legalmente obrigado, instaurar-se-á
o respectivo procedimento administrativo de arbitramento da base de cálculo
e aplicação das demais cominações legais.
Parágrafo único – O contribuinte poderá oferecer
avaliação contraditória ao valor arbitrado, na forma, condições
e prazos regulamentares.”
Art. 2º – Os artigos 3º, 4º e 6º da Lei nº 11.154,
de 30 de dezembro de 1991, alterada pela Lei nº 13.107, de 29 de dezembro
de 2000, passam a vigorar acrescidos de incisos e parágrafo, com a seguinte
redação:
“Art. 3º – .................................................................................................................................................................................................................................
VI – sobre a constituição e a resolução da
propriedade fiduciária de coisa imóvel, prevista na Lei Federal
nº 9.514, de 20 de novembro de 1997."
“Art. 4º – .................................................................................................................................................................................................................................
§ 3º – Fica prejudicada a análise da atividade preponderante,
incidindo o imposto, quando a pessoa jurídica adquirente dos bens ou
direitos tiver existência em período inferior ao previsto nos parágrafos
1º e 2º deste artigo."
“Art. 6º – .................................................................................................................................................................................................................................
III – os transmitentes, nas transmissões exclusivamente de direitos
à aquisição de bens imóveis, quando o adquirente
tiver como atividade preponderante a compra e venda desses bens ou direitos,
a sua locação ou arrendamento mercantil."
Art. 3º – Ficam isentas do imposto as transmissões de bens
ou de direitos a eles relativos para imóveis de uso exclusivamente residencial,
cujo valor total seja igual ou inferior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) na
data do fato gerador, quando o contribuinte for pessoa física.
§ 1º – Ficam os notários, oficiais de Registro de Imóveis,
ou seus prepostos, dispensados de exigir documento ou certidão que comprove
a concessão da isenção estabelecida no caput deste artigo.
§ 2º – Ficam os notários, oficiais de Registro de Imóveis,
ou seus prepostos, obrigados a enviar mensalmente ao Departamento de Rendas
Imobiliárias, da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico,
relação com a qualificação dos contribuintes beneficiados
(nome, endereço, CPF), do imóvel (número do contribuinte
do IPTU) e da transmissão (data e valor), conforme regulamento.
§ 3º – Os notários, oficiais de Registro de Imóveis,
ou seus prepostos, que infringirem o disposto no parágrafo 2º ficam
sujeitos à multa de R$ 1.000,00 (mil reais), por transação
não relacionada.
Art. 4º – Ficam isentas do imposto as transmissões de bens
ou de direitos relativos a imóveis adquiridos pela Caixa Econômica
Federal por meio do Fundo de Arrendamento Residencial para o Programa de Arrendamento
Residencial.
Art. 5º – (VETADO)
Art. 6º – Os débitos relativos aos lançamentos deste
imposto, efetuados de ofício e ainda não inscritos na Dívida
Ativa, poderão ser parcelados em até 18 (dezoito) prestações
mensais e sucessivas, a exclusivo critério da autoridade fazendária,
na forma e condições estabelecidas nesta Lei.
§ 1º – O pedido de parcelamento constitui confissão irretratável
e irrevogável de dívida, para os fins do inciso IV do parágrafo
único do artigo 174 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, mas
a exatidão do valor dele constante poderá ser objeto de verificação.
§ 2º – O pedido de parcelamento deverá ser formalizado
por escrito pelo sujeito passivo ou seu representante legal, junto ao Departamento
de Rendas Imobiliárias, da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento
Econômico.
Art. 7º – Para fins de parcelamento, o débito resultará
da soma do principal, da multa aplicada, dos juros de mora e da atualização
monetária, calculada nos termos da legislação em vigor
na data da concessão, sendo o valor consolidado dividido pelo número
de parcelas concedidas.
§ 1º – O valor de cada prestação mensal, por ocasião
da concessão, será acrescido de juros equivalentes a 1% (um por
cento) ao mês.
§ 2º – As prestações vencidas e não pagas
dentro do prazo serão acrescidas de multa de 10% (dez por cento) e juros
de 1% (um por cento) ao mês ou fração de mês.
§ 3º – A falta de pagamento de duas prestações
consecutivas implicará a imediata rescisão do parcelamento e exigibilidade
do crédito remanescente, aplicando-se sobre o montante devido os acréscimos
legais, inclusive o pagamento integral das multas aplicadas, e remessa do débito
remanescente para inscrição na Dívida Ativa, sendo vedado
o reparcelamento e a restituição de quantias pagas.
Art. 8º – A Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico
expedirá portaria, regulamentando:
I – a competência para autorizar o parcelamento, com ou sem o estabelecimento
de alçadas de valor;
II – o valor mínimo de cada parcela;
III – os requisitos necessários à instrução
e ao deferimento dos pedidos de parcelamento.
Art. 9º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário. (Marta Suplicy –
Prefeita; Anna Emilia Cordelli Alves – Secretária dos Negócios
Jurídicos; João Sayad – Secretário de Finanças
e Desenvolvimento Econômico; Rui Goethe da Costa Falcão –
Secretário do Governo Municipal)
ESCLARECIMENTO:
Os dispositivos da Lei 11.154/91, mencionados no Ato ora transcrito, estabelecem
o que se segue:
– artigo 2º – relaciona os itens compreendidos na incidência
do imposto;
– artigo 3º – relaciona as hipóteses de não incidência
do imposto;
– artigo 6º – relaciona os cTTontribuintes do imposto.
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