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Rio Grande do Sul

Estado introduz alterações no RICMS

Decreto 44911/2007

10/03/2007 20:49:35

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DECRETO 44.911, DE 28-2-2007
(DO-RS DE 1-3-2007)

REGULAMENTO
Alteração

Estado introduz alterações no RICMS
Foram alteradas as normas relativas à transferência e utilização de créditos fiscais, com efeitos a partir de 1-3-2007. Veja esclarecimento ao final deste Ato.

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado, DECRETA:
Art. 1º – Ficam introduzidas as seguintes alterações no Livro I do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699, de 26-8-97:
ALTERAÇÃO Nº 2.323 – No número 2 da alínea “d” do § 2º do artigo 37, é dada nova redação à nota 04, e fica acrescentada a nota 06, conforme segue:
“NOTA 04 – O excedente dos créditos fiscais recebidos por transferência, não utilizado por força dos limites de redução estabelecidos nas notas 01, 02 e 05, poderá ser apropriado nos períodos de apuração posteriores, desde que respeitados os mesmos limites estabelecidos nas referidas notas.”
“NOTA 06 – A Receita Estadual, com base no valor mensal que será autorizado para utilização pela totalidade dos recebedores dos créditos transferidos nos termos do artigo 58, informará ao contribuinte no documento de Autorização de Transferência de Saldo Credor o cronograma de utilização dos créditos recebidos por transferência, no qual constarão os períodos de apuração e os respectivos valores que poderão ser utilizados, para redução do imposto devido em cada período, devendo ser obedecido, cumulativamente, pelo contribuinte, o disposto nas demais notas deste número quanto aos valores máximos de utilização desses créditos naquele período.”
ALTERAÇÃO Nº 2.324 – É dada nova redação ao artigo 57, mantida a redação de seus parágrafos, conforme segue:
“Art. 57 – As transferências de saldo credor, exceto quando para estabelecimento do mesmo contribuinte, ficam condicionadas a que:
I – o contribuinte cedente do crédito fiscal e as empresas que com ele mantenham relação de interdependência ou sejam por ele controladas e, ainda, a empresa que seja sua controladora:
a) estejam em dia com o pagamento do imposto;
b) não tenham sido autuados nos últimos cinco anos por infração tributária material prevista no Capítulo II do Título I da Lei nº 6.537, de 27 de fevereiro de 1973, e nem tenham crédito tributário inscrito como Dívida Ativa, exceto, a partir de 1º de outubro de 1997, em ambas as hipóteses, se o crédito tributário correspondente estiver:
1. na hipótese de transferências nos termos do artigo 58, extinto ou parcelado;
2. na hipótese de transferências nos termos do artigo 59, o crédito tributário correspondente estiver extinto, parcelado, garantido na forma da lei ou com exigibilidade suspensa há, pelo menos, um ano;
II – o contribuinte cessionário do crédito fiscal não conste na listagem, divulgada pela Secretaria da Fazenda, de pessoas que tenham valores inscritos como Dívida Ativa tributária.”
ALTERAÇÃO Nº 2.325 – No caput do inciso II do artigo 58, é dada nova redação às alíneas “b” a “d” da nota 01 e fica acrescentada a nota 05, conforme segue:
“b) 70% (setenta por cento) do valor da aquisição nos casos em que o cedente do crédito fiscal tenha promovido, no ano-calendário anterior, saídas de mercadorias cujo valor total seja superior a 174.000 (cento e setenta e quatro mil) e não exceda 1.740.000 (um milhão setecentos e quarenta mil) UPF-RS;
c) 40% (quarenta por cento) do valor da aquisição nos casos em que o cedente do crédito fiscal tenha promovido, no ano-calendário anterior, saídas de mercadorias cujo valor total seja superior a 1.740.000 (um milhão setecentos e quarenta mil) e não exceda 3.480.000 (três milhões quatrocentos e oitenta mil) UPF-RS;
d) 30% (trinta por cento) do valor da aquisição nos casos em que o cedente do crédito fiscal tenha promovido, no ano-calendário anterior, saídas de mercadorias cujo valor total seja superior a 3.480.000 (três milhões quatrocentos e oitenta mil) e não exceda 6.960.000 (seis milhões novecentos e sessenta mil) UPF-RS;”
“NOTA 05 – O disposto nas alíneas “a” a “d” da nota 01 não se aplica a aquisições de estabelecimentos comerciais, aplicando-se, nessa hipótese, o disposto na alínea “e”.”
ALTERAÇÃO Nº 2.326 – No artigo 58, o inciso V passa a vigorar com a seguinte redação:
“V – havendo saldo remanescente, após as transferências previstas no inciso I, transferidos a outros contribuintes deste Estado, em outras hipóteses que não as previstas nos incisos anteriores, até o limite mensal de:
NOTA – Os limites de saídas de mercadorias referidos neste inciso serão proporcionais ao número de meses ou fração de mês de atividades da empresa cedente do crédito fiscal, transcorridos:
a) no ano-calendário anterior, se a empresa iniciou suas atividades no ano anterior;
b) no ano-calendário corrente, se a empresa iniciou suas atividades no ano corrente.
a) R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), nos casos em que o cedente do crédito fiscal tenha promovido, no ano-calendário anterior, saídas de mercadorias cujo valor total não seja superior a 348.000 (trezentos e quarenta e oito mil) UPF-RS;
b) R$ 30.000,00 (trinta mil reais), nos casos em que o cedente do crédito fiscal tenha promovido, no ano-calendário anterior, saídas de mercadorias cujo valor total seja superior a 348.000 (trezentos e quarenta e oito mil) e não exceda 3.480.000 (três milhões, quatrocentos e oitenta mil) UPF-RS;
c) R$ 20.000,00 (vinte mil reais), nos demais casos.”
ALTERAÇÃO Nº 2.327 – No artigo 60, ficam acrescentadas as notas 03 e 04 ao inciso II, conforme segue:
“NOTA 03 – Não se aplica, a partir de 1º de março de 2007, o disposto nas alíneas “a” e “b” da nota 01, relativamente ao saldo credor acumulado pelo contribuinte em decorrência de operações ou prestações destinadas ao exterior, ou a elas equiparadas, nos termos do artigo 11, parágrafo único.
NOTA 04 – O pedido de compensação de crédito tributário lançado em fase de cobrança judicial, após a autorização prevista no caput deste inciso, deverá ser formulado junto à Procuradoria-Geral do Estado, mediante prévio pagamento em espécie das custas processuais e dos honorários advocatícios relativos aos processos judiciais correspondentes.”
Art. 2º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de março de 2007.
Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário. (Yeda Rorato Crusius – Governadora do Estado; Ricardo Englert – Secretário de Estado da Fazenda, Substituto)

ESCLARECIMENTO:

  • O artigo 1º deste Decreto:
    a) relativamente à utilização de créditos fiscais recebidos por transferência:
    – faz ajuste técnico em dispositivo que permite o aproveitamento, em períodos posteriores, do crédito não aproveitado e recebido nas condições que especifica;
    – estabelece que a Receita Estadual, com base no valor mensal autorizado de utilização de créditos fiscais recebidos por transferência, pelo conjunto dos recebedores, com base no Lv. I, artigo 58, fará constar, para cada contribuinte, no documento que autoriza a transferência, cronograma com valores e correspondentes períodos de apuração em que esses créditos recebidos poderão ser utilizados, devendo ser obedecidas, ainda, as demais restrições a sua utilização.
    b) nas condicionantes às transferências de saldo credor para terceiros:
    – estabelece que o contribuinte cedente não mais poderá transferir saldo credor com base no artigo 58 se foi autuado, nos últimos 5 anos, por infração tributária material ou se tem crédito fiscal inscrito como Dívida Ativa e esses créditos tributários estiverem simplesmente garantidos na forma da lei ou com exigibilidade suspensa, podendo, porém, efetuar a transferência se esses créditos estiverem extintos ou parcelados;
    – estabelece que o contribuinte cessionário de crédito fiscal não poderá constar na listagem, divulgada pela Secretaria da Fazenda, de pessoas que tenham valores inscritos como Dívida Ativa tributária.
    c) relativamente aos limites de saldo credor acumulado em virtude de operações ou prestações destinadas ao exterior que podem ser transferidos por estabelecimentos industriais em favor de estabelecimentos fornecedores:
    – altera os percentuais do valor de aquisição que pode ser pago mediante transferência, os quais são função de faixas de valores das saídas do cedente no ano-calendário anterior;
    – estabelece que na hipótese de aquisições de estabelecimentos comerciais o valor da transferência fica limitado ao valor do imposto destacado na Nota Fiscal da compra.
    d) estabelece limites, de acordo com faixas de valores das saídas do contribuinte cedente no ano-calendário anterior, para a transferência, sem outras condicionantes, do saldo credor acumulado em virtude de operações de exportação.
    e) exclui a vedação à compensação de créditos tributários lançados decorrentes de infração tributária material qualificada, ou em fase de cobrança judicial, com o saldo credor acumulado em decorrência de operações ou prestações de exportação e prevê, no caso de créditos tributários em cobrança judicial, que o pedido de compensação deverá ser formulado, também, à Procuradoria-Geral do Estado.

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