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Todo ouvidos para os comandantes dos BCs

Em meio a tantas manifestações pelo país, o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, será ouvido na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, nesta terça-feira.

17/06/2013 15:20

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Todo ouvidos para os comandantes dos BCs

Em meio a tantas manifestações pelo país, o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, será ouvido na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, nesta terça-feira.

Na lista de perguntas certamente estarão a inflação, a alta do dólar, a deterioração das contas externas, o baixo crescimento e por aí vai. Presidentes de BC têm mesmo esse papel: esclarecer o cenário e indicar rotas de saída para os imbróglios econômicos. Essa tarefa fica mais ou menos difícil dependendo do momento.

Desde a última decisão do Copom de elevar os juros para 8% ao ano, Tombini não parou mais de falar. Ele tem concedido pelo menos uma entrevista a cada dois ou três dias. Pelo o que tem dito, já dá para imaginar como será sua participação diante dos senadores essa semana.

Em entrevista ao “Valor Pro”, Tombini reiterou que “não há alívio nem trégua no combate à inflação”. E mais, que o BC “usará todos os instrumentos que dispõe” para segurar uma disparada do dólar. Mesmo repetindo a essência de seus recados, ele tem sido cada vez mais incisivo em suas declarações.

Por sorte ou não, Tombini vai ao Congresso um dia antes do BC dos Estados Unidos (FED) anunciar sua decisão sobre a taxa de juros americana – lá, os juros estão em 0,25% ao ano e devem continuar assim. O que o mercado financeiro do mundo todo quer saber é se, como e quando o FED vai iniciar uma redução do seu programa de estimulo ao crescimento– o chamado quantative easing (QE), que já injetou quase 3 trilhões de dólares na economia desde 2008.

As expectativas agora estão mais calmas, já que não se espera mais uma virada brusca da política do FED. Essa seria uma temeridade com o resto do mundo, porque provocaria uma debandada geral de investimentos para os títulos americanos, deixando a ver navios países emergentes como o nosso. Já foi possível sentir uma pitada desse movimento com o nervosismo vivido nos mercados nas últimas semanas.

Em sua audiência no Senado, Tombini pode até tentar explicar o que é possível fazer para proteger o Brasil de novos solavancos provocados pela instabilidade dos mercados internacionais – mas não vai poder assegurar seus efeitos na economia brasileira. Talvez ele deva se atentar à tarefa de salvar o Brasil dele próprio – não de Tombini, mas das decisões do governo e das lideranças políticas do país.

As manifestações populares que aconteceram nas principais cidades do país e as já marcadas para essa semana estão expondo uma “certa” insatisfação com o momento atual e indicam que baixíssimo desemprego e renda mais alta não são mais suficientes. Em tempo, o IBGE divulga essa semana a taxa de desemprego registrada em maio, que deve ficar em 5,8%.

Fonte: G1

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