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Brasil culpa banco central dos EUA por turbulência econômica

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, acusou o FED (banco central dos Estados Unidos) de desestabilizar a economia mundial e causar uma turbulência financeira em vários mercados, inclusive o brasileiro.

02/07/2013 09:32

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Brasil culpa banco central dos EUA por turbulência econômica

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, acusou o FED (banco central dos Estados Unidos) de desestabilizar a economia mundial e causar uma "turbulência financeira" em vários mercados, inclusive o brasileiro. Em discurso na noite desta segunda-feira, em São Paulo, Holland afirmou ainda que o Brasil teve apresentou um crescimento "razoável" nos primeiros meses do ano, e tem conseguido manter os índices de inflação sob controle.

 "Há cerca de um mês o FED, banco central dos Estados Unidos, desencadeou mais uma nova onda de turbulência mundial, provocando a desvalorização de várias moedas e solavancando vários mercados internacionais. E todo esse tumulto aconteceu porque a economia americana estaria se recuperando. Imagine se estivesse piorando. (...) Mas entendo que essa turbulência financeira é passageira. Infelizmente, ela veio atrapalhar, mesmo que momentaneamente, a boa trajetória da economia brasileira em 2013", disse o secretário, durante evento promovido pela revista Exame, no qual representou o ministro Guido Mantega (Fazenda).

 Para Holland, apesar dos recentes "abalos" na economia sofridos nos últimos meses, o Brasil vem "colhendo os frutos" das medidas implantadas em 2011 e 2012, e já apresenta sinais de recuperação no crescimento. Citando várias medidas adotadas pelo governo, ele destacou as desonerações recentes. "Só em 2012, retiramos 1% do PIB em tributos, com destaque para desoneração da folha de pagamento", disse o secretário.

 Manifestações

O secretário evitou avaliar os impactos que a recente onda de manifestações nas ruas teriam causado sobre a economia do País, mas demonstrou cautela ao abordar o tema. Em uma referência às reivindicações populares, ele afirmou que "infelizmente não é possível fazer tudo ao mesmo tempo", e elogiou a postura da presidente Dilma Rousseff.

 "Não podemos deixar que as movimentações exageradas recentes do mercado financeiro, provocadas pelas especulações em torno de políticas de estímulo do banco central norte-americano contaminem a avaliação e perspectivas para a economia brasileira. Nem tampouco que as manifestações recentes abalem o humor da economia. Manifestações fazem parte da democracia, e a presidente Dilma Rousseff já deu uma resposta adequada às vozes da rua", afirmou.

 "Ser otimista com o Brasil não significa ignorar os problemas. Mas saber que temos as condições para superar as dificuldades. Infelizmente, não podemos fazer tudo ao mesmo tempo", completou.

 Ranking da Exame

Holland discursou durante a cerimônia de premiação das empresas que se destacaram no ranking promovido pela revista Exame (editoria Abril), na 40ª edição de "Melhores e Maiores". No evento, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) foi eleita a "empresa do ano" de 2013.

Outros nomes que se destacaram em 18 setores da econmia foram: Voith Hydro (destaque no setor de bens de capital); Cargill (bens de consumo); Ipiranga Produtos (Atacado); Whirpool (Eletrônico); CPFL Brasil (Energia); Roche (setor Farmacêutico); Intercement (indústria da construção); Dataprev (indústria digital); 3 Corações (agronegócio); Cielo (serviços); Samarco (Mineração); Klabin (papel e celulose); Bayer (química e petroquímica); CBMM (siderurgia e metalurgia); Telefônica-Vivo (telecomunicações): Arezzo (têxtil); ALL (transporte); e Lojas Americanas (varejo).

Fonte: Terra

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