Mais cedo nesta semana, outras autoridades do governo haviam dito à Reuters que a administração da presidente Dilma Rousseff planejava cortes entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões.
O governo acredita agora que um corte adicional inferior a R$ 15 bilhões é mais viável, mas admite a possibilidade de realizar um novo contingenciamento durante o ano, caso seja necessário para atingir a principal meta fiscal, disse a autoridade.
"Nós planejamos cortar a grande parte dos gastos atuais e manter o investimento inalterado", disse a autoridade. "Não há planos de elevar impostos."
O governo espera que os cortes de orçamento irão convencer os investidores de que a atual administração está decidida a controlar os gastos em um momento no qual a inflação está acima da meta oficial e pode ter atingido o maior valor em 20 meses em junho.
O Banco Central deve elevar as taxas novamente em 10 de julho. O mercado, no entanto, está dividido sobre se o ritmo de aperto monetário será acelerado ou não para conter a alta nos preços.
O governo da presidente Dilma Rousseff prometeu restringir os gastos para alcançar uma meta de superavit primário já reduzida, equivalente a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Originalmente, o governo havia estabelecido meta de 3,1% do PIB.
O superavit primário equivale à receita do setor público subtraindo as despesas antes dos pagamentos de dívida.
Embora os economistas comemorem o tom mais austero do governo, eles dizem que Dilma precisa de um plano fiscal agressivo para recuperar a confiança dos investidores.
Fonte: Reuters