No mês de julho, o valor da cesta básica caiu em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Diesse.
Um dos motivos da queda no mês de julho, foi devido a exclusão de itens como tomate e feijão, que tiveram seus preços elevados por conta da inflação.
Segundo o coordenador do Dieese, "há muita volatilidade nos preços desses alimentos, que dependem das condições de clima e safra".
Alimentos como hortaliças e frutas, sobe nos primeiros meses do ano, devido ao excesso de chuva, e caem na metade, beneficiados pelo clima.
"Julho deve ser o pico de queda para os preços dos alimentos ao consumidor", diz Adriana Molinari, analista da Tendências Consultoria.
Para o mês de agosto, estima-se a volta da inflação de alimentos para o terreno positivo.
Nos itens "in natura", os preços no atacado já mostram desaceleração da queda de preços e alta em alimentos como carne, leite e derivados do trigo, que apresentam restrições na oferta.
O impacto do câmbio na inflação só não é maior porque as matérias-primas caem no mercado internacional.
O relatório do economista-chefe do banco ABC do Brasil, Luis Otavio Leal, mostra que a dinâmica internacional das commodities mais do que está compensando a alta do dólar.
Para Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, o impacto do câmbio na inflação será limitado. A trajetória de convergência para a meta de 4,5% se inicia neste semestre.
Fonte: Folha de São Paulo