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Conab vê menor pressão dos alimentos sobre a inflação nos próximos meses

O feijão, que chegou a ser apontado como um dos vilões da inflação no 1.º semestre, deve ter safra próxima do ciclo de produção normal

09/08/2013 08:42

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Conab vê menor pressão dos alimentos sobre a inflação nos próximos meses

BRASÍLIA - O diretor de Política Agrícola e Informação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, prevê nos próximos meses pressão menor dos alimentos sobre os índices inflacionários, a exemplo do que mostrou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. Porto observa que a geada que ocorreu no Paraná não atingiu regiões produtoras de hortifrutigranjeiros. "Não houve mudança em termos de preços nas centrais de abastecimento, o que dá para inferir que não há tendência de reversão da tendência de queda", diz ele.

Em relação ao feijão, que chegou a ser apontado como um dos vilões da inflação no primeiro semestre, Silvio Porto comenta que a safra de inverno está estimada em 733,1 mil toneladas, volume próximo de ciclos de produção normal, quando oscila entre 750 mil e 800 mil toneladas. Ele relata que o aumento da oferta de feijão de inverno se deve ao crescimento do plantio (+5,8%) e à produtividade (11,9%), principalmente na Bahia, onde a seca provocou forte queda na safra passada. No cômputo das três safras de feijão colhidas ao longo do ano agrícola, a Conab prevê produção de 2,83 milhões de toneladas, volume 3,1% abaixo do colhido na safra passada.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, destaca o crescimento da produção de feijão irrigado, com uso de alta tecnologia, como Mato Grosso, onde a área cresceu 33%. Segundo ele, a expansão do plantio de feijão é uma resposta dos produtores aos estímulos do governo, que concedeu limite de crédito adicional de R$ 1 milhão para incentivar o plantio. "Acredito que no próximo levantamento teremos surpresas mais positivas", afirma Geller.

Sílvio Porto observou que o governo continua monitorando o mercado de arroz e realizará leilões dos estoques oficiais com base nos preços de intervenção de R$ 33,30/saca de 50 kg do produto beneficiado. Ele afirmou que na próxima semana o Conselho Interministerial de Estoques Públicos (Ciep) vai se reunir para definir a realização de um novo leilão. Na terça-feira (6) a Conab realizou dois leilões de estoques oficiais de arroz depositados no Rio Grande do Sul, quando foram comercializadas 32.486 mil toneladas do cereal, que correspondem a 64,78% das 50.147 toneladas ofertadas. "Vamos dar tranquilidade ao abastecimento, garantindo renda ao produtor sem permitir que o preço suba muito e tenha impacto inflacionário", disse ele.

Fonte: Agência Estado

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