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Governo paulista pretende qualificar estrangeiros

O governo vai fazer programas de qualificação profissional para trabalhadores estrangeiros considerados em situação vulnerável, como bolivianos e paraguaios,

12/08/2013 09:12

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Governo paulista pretende qualificar estrangeiros

O governo vai fazer programas de qualificação profissional para trabalhadores estrangeiros considerados em situação vulnerável, como bolivianos e paraguaios, resgatados frequentemente em fiscalizações de combate ao trabalho considerado análogo ao de escravo.

A iniciativa começa com um projeto-piloto que atenderá 250 latino-americanos que trabalham sem direitos e de maneira informal em confecções e na construção civil.

Representantes dos ministérios do Trabalho e da Indústria e Comércio, dos consulados da Bolívia e do Peru, da indústria têxtil, de associações do varejo e de entidades e sindicatos de trabalhadores discutiram na sexta-feira como serão os cursos e a inserção no mercado de trabalho dessas pessoas.

Os cursos serão parte do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), criado pelo governo em 2011.

"A ideia é em um primeiro momento encaixar trabalhadores resgatados pelas ações fiscais", diz Paulo Sérgio de Almeida, que preside o Conselho Nacional de Imigração, do Ministério do Trabalho.

Segundo representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a proposta é fazer com que trabalhadores do Mercosul tenham equiparação de direitos com brasileiros.

Só na região metropolitana de São Paulo vivem cerca de 250 mil a 300 mil bolivianos, de 40 mil a 50 mil paraguaios e 20 mil peruanos, segundo entidades ligadas a essas comunidades.

"Estimamos que de 80 mil a 100 mil trabalhadores sul-americanos trabalhem em condições irregulares", diz Renato Bignami, coordenador do Programa de Erradicação do Trabalho Escravo em São Paulo.

Para o costureiro M.G., 35, que recebeu indenização após uma fiscalização trabalhista, a iniciativa é importante. "Minha mulher e filhas voltaram para a Bolívia porque até bullying sofreram na escola. Ainda preciso trabalhar aqui, para ajudar a manter a família em La Paz. Mas quero trabalhar em condições melhores."

Fonte: Folha de São Paulo

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